Flamengo rebate Agenersa e diz que agência não pode impedir estádio no Gasômetro | OneFootball

O Flamengo enviou resposta para a Agência Reguladora de Energia e Saneamento Básico do Rio de Janeiro (Agenersa) no debate sobre a construção do clube na região do Gasômetro. O clube enviou ofício para rebater manifestações feitas pelo órgão em dezembro, que solicitou o diálogo entre o Fla e a Naturgy para solucionar a retirada de estruturas de fornecimento de gás e debater segurança e impactos da construção do estádio.

O parecer da Agenersa no fim do ano passado apontou que, para iniciar a construção do estádio, o Flamengo precisa solucionar a retirada dos galpões, depósitos, laboratórios, gasoduto e a estação de regularem e medicação da Naturgy, antiga Companhia Distribuidora de Gás (CEG). Em resposta, o Rubro-Negro afirma que é uma associação civil de direito privado e não está sujeito a qualquer intervenção ou recomendação feita pela Agenersa. O documento enviado pelo Flamengo foi divulgado pela 'CNN'

Em trecho do ofício, o Flamengo destaca que está em contato com o Município e se não se opõe de incluir a CEG nas discussões. Mas garante que "não acatará e nem tampouco tolerará qualquer tentativa de intervenção ou de imposição de obrigações ao uso do imóvel". O clube argumenta mais de uma vez que o Edital de Leilão do terreno prevê a obrigatoriedade da construção de um equipamento esportivo para no mínimo 70 mil pessoas e, dessa forma, "não cabe à Agenersa pretender impedir que o Flamengo cumpra a obrigação.

O Mais Querido cita também um Termo de Compromisso entre a CEG e o Estado do Rio de Janeiro firmado em janeiro de 2012. A companhia aceitou desocupar a área em três etapas, no prazo de quatro anos, e o Fla acusa a empresa de estar com esse acordo atrasado desde 2016 sem justificativa.

A Naturgy afirma que as operações em funcionamento no terreno são responsáveis pelo fornecimento de gás para aproximadamente 400 mil consumidores das regiões da região da grande Tijuca, Zona Sul e Centro da cidade. Portanto, não só a retirada do equipamento do local precisa ser solucionada, mas também como fazer a operação sem interromper o abastecimento de gás aos cidadãos.

O Edital diz que o Flamengo, como vencedor, é o responsável financeiro pela retirada das instalações. No entanto, a Prefeitura do Rio de Janeiro afirmou que arcará com parte dos custos da transferência. A justificativa é que a adequação da área é necessária pelo processo de expansão urbana feito na área.

Resposta da Naturgy

"Os temas relacionados à construção do estádio na área do Gasômetro são de ordem técnica, passíveis de solução e estão em tratativa entre as partes. O remanejamento da estação de gás existente no local já estava previsto e ocorrerá com segurança e tranquilidade, dentro de um planejamento acordado entre as partes. Trata-se de uma estação de regulagem que ocupa apenas 1% da área do terreno de 86 mil m2 e cuja operação de remanejamento já se encontra em fase de entendimento entre Naturgy, Prefeitura do Rio e Flamengo", afirmou em nota à CNN.