Zerozero
·27 April 2025
Leão rima com imune a pressão

Zerozero
·27 April 2025
O Benfica venceu pouco tempo antes, mas o Sporting não sentiu qualquer tipo de pressão por jogar depois. Muito pelo contrário. Os leões viajaram até ao norte de Portugal para derrotar o Boavista tranquilamente (0-5) e continuarem 'colocados' ao seu rival da segunda circular. Que noite para Viktor Gyökeres, envolvido em todos os golos da equipa.
Relativamente ao triunfo em Faro, Stuart Baxter mudou apenas uma peça, uma vez que Moussa Koné ocupou a vaga deixada por Sebastián Pérez, que não deu o seu contributo devido à acumulação de cartões amarelos. Do outro lado, Rui Borges apostou em Pedro Gonçalves para o lugar de Geovany Quenda, desta vez no banco de suplentes.
Antes de passarmos para o jogo propriamente dito, é necessários darmos o devido destaque ao ambiente vivido fora dos relvados. Milhares de adeptos das duas equipas, muitos cânticos de apoio e vozes afinadas para tentar ajudar os respetivos emblemas a chegarem à vitória. Ambiente digno de jogo grande com todos os ingredientes reunidos.
Passemos para o relvado. Os primeiros minutos do encontro ilustraram na perfeição o que vinha a seguir. O Sporting - com poucos toques - conseguia ultrapassar a pressão boavisteira com relativa facilidade, de modo a criar oportunidades junto da baliza contrária. A primeira surgiu logo num dos primeiros ataques. Vaclík respondeu com uma boa intervenção.
Pouco tempo depois, o golo, pois claro. Maxi Araújo cruzou para o primeiro poste e Viktor Gyökeres, mais rápido que o seu adversário, finalizou de forma certeira para o primeiro momento de explosão dos adeptos leoninos, espalhados um pouco por todo o lado num Estádio do Bessa muito bem composto. Que entrada da turma pintada de verde e branco.
A partir daqui, momentos mais calmos, apesar das oportunidades de perigo continuarem a surgir com alguma frequência. O Boavista tentou, aos poucos, criar jogadas para chegar à área adversária, enquanto o Sporting demonstrava outro tipo de tranquilidade para aproveitar as qualidades de um trio atacante (Gyökeres, Pedro Gonçalves e Trincão) inspirado para abrir espaços e desenhar oportunidades.
Essa inspiração ainda resultou no 2-0 antes da ida para os balneários. O protagonista? Viktor Gyökeres. Quem mais? O sueco foi lançado na profundidade por Trincão, puxou a bola para o meio e rematou com força para dilatar a diferença entre as duas equipas. Não parece existir maneira de o travar e, desta vez, foram os defesas axadrezados a provar «desse veneno». 50 golos em 2024/2025.
Não é fácil escrever estatísticas relativamente ao avançado sueco. Numa questão de minutos, acrescenta mais golos à sua contagem pessoal. Aos 50' voltou a fazer das suas, novamente a passe de Francisco Trincão. Com tranquilidade, encostou para o 0-3, que «afundou» ainda mais o conjunto axadrezado, incapaz de dar uma resposta à altura do adversário que tinham pela frente.
Se dúvidas existissem, ficaram dissipadas numa das jogadas seguintes. Gyökeres rematou, Vaclík defendeu e Maxi Araújo finalizou de cabeça. Tudo parecia fácil perante uma turma com um ritmo claramente abaixo do Sporting, um aspeto evidente desde os primeiros instantes no relvado do Estádio do Bessa.
A partir daqui, as equipas mexeram com as peças que tinham no banco de suplentes e o ritmo desceu. Ainda assim, Gyökeres - sempre ele -ainda foi a tempo do poker para colocar um ponto final no resultado final de 5-0. Que noite para o Sporting, que continua a acreditar com tudo no título de campeão nacional.