Zerozero
·25 Januari 2025
Zerozero
·25 Januari 2025
Mau de mais. Na tarde de campeonato no Minho, FC Famalicão e Estrela da Amadora empataram a zeros num jogo com pouca qualidade e ainda menos oportunidades.
A primeira parte foi apenas disputada a meio campo, com duelos intermináveis e sem as balizas visíveis a quem esteve com os olhos na bola. A segunda, idem, mas com o Famalicão a mostrar mais fome de vencer na parte final. Fome essa que foi insuficiente e não mascarou a falta de qualidade e discernimento da equipa
A urgência pela vitória era clara em Famalicão. Os da casa tinham vontade de contrariar a espiral negativa que já dura deste novembro - nove jogos sem vencer -, enquanto o Estrela teme pela despromoção, estando apenas um ponto acima da linha de água.
Porém, essa vontade e necessidade não saiu da teoria. O primeiro tempo começou morno e acabou como começou. Sem oportunidades, sem caudal ofensivo de nenhuma das equipas e com muitos erros básicos de parte a parte.
O Famalicão manteve a lentidão de processos que vem sendo apanágio no passado recente. Hugo Oliveira não venceu nenhum dos cinco jogos iniciais na sua estreia como técnico principal e os assobios e constante contestação nas bancadas indicam que pode estar com a cabeça a prémio nos azuis e brancos.
Já os forasteiros primaram pela organização defensiva, no habitual 5-2-3 de José Faria e tiveram as duas melhores ocasiões de golo, provenientes de remates de fora de área que, a bem da verdade, não foram assim tão perigosas.
Uma primeira parte cheia de nada, das piores amostras da Liga Portuguesa nesta temporada.
No segundo tempo esperava-se (pelo menos todos os que assistiam a este jogo paupérrimo) duas equipas de cara lavada, mas a toada do jogo manteve-se. Muitas paragens e duelos, poucas oportunidades e bom futebol.
O Estrela, apesar de ser a equipa mais perigosa no primeiro tempo, mostrou-se satisfeito com o nulo e tentou retardar as reposições de bola. Do outro lado, havia alguma indignação com a postura adversária mas pouca reação dentro das quatro linhas.
A primeira oportunidade digna desse nome surgiu já perto do quarto de hora final. Gil Dias ganhou vantagem na área, serviu Gustavo Sá e Gudzulic, em estreia, fez uma grande defesa com o pé esquerdo. Sinal de vida do Famalicão, que mostrou um maior domínio territorial na parte final da partida.
Na parte final, lá tentou a equipa da casa deixar os estrelistas desconfortáveis que, baixos, mantiveram sempre a compostura.
Um empate a zeros de onde, pelo nível exibicional, ninguém merecia levar pontos.