Glorioso 1904
·16 Oktober 2024
Glorioso 1904
·16 Oktober 2024
Miguel Sousa Tavares, jornalista e comentador, abordou aquela que, na sua opinião, é a sobrecarga de jogos, quer a nível de seleções quer a nível de clubes, no calendário dos jogadores. Além disso, o Benfica surgiu quando o jornalista trouxe para cima da mesa as nacionalidades dos craques que têm composto o onze inicial.
“Já escrevi várias vezes sobre um tema agora muito badalado: o excesso de competições futebolísticas, a nível de Seleções ou de clubes, que a UEFA e a FIFA – os senhores Ceferin, Infantino e respetivos séquitos – não se cansam de inventar e de acrescentar aos calendários apenas com um objetivo: sustentar o estilo de vida de paxás que levam e que faz com que haja tantos e tão ansiosos candidatos aos lugares que ocupam”, começou por dizer.
“Lá tivemos então dois jogos da nossa Seleção para a tal Liga das Nações. No primeiro deles, na Polónia, tivemos a agradável surpresa de assistir àquela que foi a melhor exibição de Portugal ao longo deste ano civil – muito, mas muito diferente para melhor daquilo que vimos no Europeu”, continuou.
“Excelente a nível coletivo e brilhante em prestações individuais, com absoluto destaque para Nuno Mendes e Rafael Leão, bem acompanhados por Dalot, Rúben Neves, Pedro Neto e Bruno Fernandes”, exemplificou o jornalista.
"O futebol de topo, hoje, não tem pátria nem residência, apenas dinheiro”
“Destaque ainda para um detalhe: no Brasil, o Presidente Lula, farto das más exibições do ‘escrete’, defendeu que apenas fossem convocados jogadores a atuar no próprio país. Proposta impossível nos dias de hoje, para qualquer Seleção. No que respeita à nossa, por exemplo, no onze inicial de Varsóvia, o selecionador espanhol tinha em campo apenas um jogador a atuar em Portugal - Diogo Costa - e, mesmo com as cinco substituições, só acrescentou mais outro – Trincão”, prosseguiu Miguel Sousa Tavares.
"Vemos o Benfica a entrar em campo contra o Atlético de Madrid apenas com dois portugueses no onze."
“Nem outra coisa seria de esperar quando vemos o Benfica a entrar em campo contra o Atlético de Madrid apenas com dois portugueses no onze. O futebol de topo, hoje, não tem pátria nem residência, apenas dinheiro”, sublinhou referindo a constituição do onze das águias.
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