
Central do Timão
·6 Mei 2025
Técnico da equipe feminina do Corinthians analisa triunfo pelo Brasileirão e elogia atacante

Central do Timão
·6 Mei 2025
Na noite do último domingo, 4 de maio, o Corinthians bateu o Bahia por 5 x 1, no Estádio Alfredo Schürig, Fazendinha, pela nona rodada do Campeonato Brasileiro Feminino. Os gols do Alvinegro foram marcados por Jhonson e Gabi Zanotti, duas vezes cada, além de Ariel Godoi. O resultado colocou as Brabas na terceira posição do torneio com 18 pontos (cinco vitórias, três empates e uma derrota) – 30 gols marcados e nove sofridos.
Instantes após o apito final, o técnico Lucas Piccinato concedeu entrevista aos jornalistas presentes no Parque São Jorge e analisou a atuação das Brabas, além de ter elogiado a atacante Jhonson. Ela é vice-artilheira da equipe em 2025 com cinco gols marcados em 10 jogos, perdendo apenas para Vic Albuquerque com sete em 11 partidas.
Foto: Rodrigo Gazzanel/Agência Corinthians
“Foi uma atuação boa. O jogo anterior já tinha sido uma atuação boa. Quando a gente fala de uma centroavante não fazer gol, talvez a impressão que fique é que não foi uma partida boa. Mas ela (Jhonson) já tinha feito um jogo muito bom, entrou muito bem contra o São Paulo, vem ganhando espaço, jogadora muito mais física que tem cada vez mais se preocupado com a parte técnica, nos gerado situações diferentes.”
“Fico muito feliz que ela (Jhonson) fez dois gols de centroavante hoje. Ariel também entrou muito bem no segundo tempo, também fez um gol de centroavante, que é uma das partes do nosso jogo que a gente precisa de certa forma deslanchar para que possamos alcançar nossos objetivos na temporada. Mais do que a felicidade por atuações individuais, felicidade pela atuação do grupo coletivo”, iniciou.
Em seguida, Piccinato prosseguiu sobre a partida de domingo: “Hoje a gente fez um grande jogo, assim como a gente fez contra o Grêmio, mas é óbvio que quando a gente faz o gol no começo do jogo as coisas acabam destrancando muito mais rápido e a gente consegue fazer um jogo mais tranquilo. Comemorar bastante hoje e amanhã já pensar em fazer uma coisa que a gente ainda não conseguiu fazer no ano, que é vencer três partidas em sequência.”
Na sequência, o comandante corinthiano foi questionado sobre a eficiência da equipe no setor ofensivo, que vinha sendo um obstáculo para melhores nas últimas partidas: “Quando a gente cria uma situação clara de gol não é só a questão técnica de empurrar a bola ou de fazer o gesto certo, tem uma questão mental também, de você estar sem peso para fazer o seu gesto de finalização que você faz no dia a dia de treino aplicado dentro do jogo.”
“É natural que quando a fase não está boa, como não estava, as coisas acabam não acontecendo da forma como a gente imagina. Você chega para a bola com uma situação de finalização um pouco mais pressionada (…) Mas eu acho que isso tem sido um trabalho mental, técnico, tático e também posicionamento. Hoje o posicionamento das das centroavantes foi muito bom. O que ajuda no posicionamento das meias Para que a gente consiga ter inversões das atacantes toda hora, da Zanotti, da Vic no jogo passado, invasão da Andressa e que a gente consiga fazer o nosso jogo fluir.”
Confira abaixo outras respostas de Lucas Piccinato:
Resultado expressivo e dificuldade dos dois próximos jogos – RB Bragantino e Ferroviária (Paulistão e Brasileirão)
“Eu acho que ajuda. Óbvio, fazer um placar elástico sempre é positivo, a gente teve outros placares elásticos durante a competição e logo depois a gente tomou uma pancada de um resultado não positivo, empates. E o que a gente tá trabalhando é no mental de não se deixar levar por um resultado positivo hoje e de repente não ter uma sequência na próxima rodada. Então, fico muito feliz pelo resultado de hoje, mas amanhã já é pesinho no chão e trabalhar, a gente sabe dos grandes desafios que a gente tem na semana, duas equipes difíceis demais e a gente precisa fazer um jogo bom feliz por hoje, mas trabalhar pra próxima rodada.”
Escalação para a estreia no Paulistão?
“A gente tem que ver amanhã como os atletas vão chegar para o trabalho, as que jogaram um minuto alto vão fazer um recovery. A gente tem que entender caso a caso individualizado e olhar para a característica do nosso próximo adversário, entender o que ele traz de bom e de ruim para a gente se preparar para a próxima partida, com as características que a gente achar melhor dentro do contexto para conseguir entregar o melhor dentro do campo. É difícil logo depois do jogo pensar na próxima, a gente estava muito concentrado no Bahia, mas a partir de 6 horas da manhã a manhã a gente já vai estar pensando no RB Bragantino.”
Atuações de Dayana Rodríguez e concorrência no setor
“Os dois jogos foram um jogo muito bons (da Dayana Rodríguez). É um atleta com uma capacidade muito boa, faz um trabalho sujo muito forte e também tem uma capacidade de gerenciar passos curtos, passos longos, muito importante para a gente. O nosso meio campo é muito recheado de boas atletas e é difícil a gente conseguir, às vezes, dar minutos para todas. A gente ainda está no início de temporada, uma temporada que provavelmente vai ter 50 e poucos jogos, a gente está no décimo primeiro, se eu não me engano. Naturalmente, algumas atletas que de repente não estavam tendo minutos vão começar a ter, algumas que estavam ter no minuto vão começar a não ter, é natural de uma equipe. A gente vai tentar sempre colocar em campo quem está mais preparado para fazer o seu melhor e colocar em campo quem está pronto para o jogo.”
Análise sobre o novo formato do Paulistão
“Eu acho que o fato de selecionar melhor as equipes, não que eu quisesse a exclusão de ninguém, mas que as equipes que hoje estão num outro patamar disputando campeonatos de nível nacional, elas estarem na competição. E o número de equipes que de repente são estreantes ou que não tem um projeto tão fortalecido quanto os oito que vão disputar acho que é muito positivo. Aumentar o número de clássicos é sempre muito positivo. Acho que o futebol em geral é movido muito pelos clássicos e você aumentar o número de clássicos da competição é muito positivo. Óbvio que a competição batendo e sendo de mesmo tempo que o Campeonato Brasileiro é algo negativo porque a gente acaba tendo que em algum momento priorizar uma competição ou outra.”
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