A VOLTA DOS QUE NÃO FORAM (MARIO NETO) | OneFootball

A VOLTA DOS QUE NÃO FORAM (MARIO NETO)

“Fingi que não fui e acabei indo”. Esta frase, que muitos atribuem a um ponta direita do Náutico de Recife, depois de um lançamento em profundidade, de certa maneira pode ser aplicada nesta minha volta aos artigos, depois de alguns, ou melhor, N problemas particulares. Espero voltar à rotina de agora em diante. Nada melhor que retornar na véspera de um domingo decisivo para as semifinais do Campeonato Carioca. Podia ser diferente e mais tranquilo se os clubes chamados grandes, a exceção do Flamengo, já classificado, fizessem pelo menos oitenta por cento do que se esperava deles. Como não fizeram o dever de casa chegam amanhã com a corda no pescoço para conseguir uma vaga e no caso do Botafogo não tem mais onde apertá-la. Por causa desta situação impensável deste campeonato no início, pelo menos um dos grandes pode ficar de fora das semifinais, com grandes possibilidades de serem dois. Seria muito simples atribuir o que vimos à desorganização da Federação, que de fato é lamentável, mas isto é useiro e vezeiro tradando-se delas no Brasil. Porém não podemos esquecer de outras coisas que contribuíram para esta situação dos grandes, tirando fora com já disse o nosso rival. Bom, vamos ao que interessa: o principal destas minhas crônicas, o nosso Tricolor. Claro que o fato das inúmeras contrações e o fato do time titular só ter estreado na quarta rodada contribuíram para isso que estamos vendo, ou seja, não dependemos apenas do nosso resultado contra o lanterna Bangu. Também, se não vencermos e bem, fazendo os gols que precisamos, é bom darmos um tempo. Tudo isso que falei acima foi determinante para todo este processo, mas não posso passar o pano, como se diz por aí, diante de atuações ridículas contra Madureira, Volta Redonda, Boa Vista. Não dá, mesmo atuando com um time reserva ou misto. “ Os pequenos “estão treinando há muito mais tempo do que nós, desde outubro” foi a frase mais dita nesta Taça Rio. Tudo bem, isso aconteceu, mas lá no fundo não deixa de ser uma desculpa esfarrapada. Até há bem pouco tempo chegamos a jogar um futebol pior ou igual ao do primeiro turno de 2024, não preciso dizer mais nada. Nos recuperamos nestas rodadas finais, mesmo assim sem me deixar satisfeito, por isso chegamos ao ponto de amanhã não dependermos de nós. Poderíamos ter evitado fazendo mais um gol contra o Nova Iguaçu, mas o calor neste caso serve de desculpa. Para terminar este reencontro com meus leitores, não posso deixar e nem passar em branco as últimas contratações do nosso time: Otávio e principalmente Everaldo, esta última contestada da cabeça aos pés por no mínimo 80% dos tricolores, que estão cuspindo marimbondos. Tenho um amigão, cujo codinome é “presidente”, que jurou que não verá mais um jogo do Tricolor, só do Bahia, que muitos dizem com razão que é seu time de coração. Não nego que é uma contração que está em xeque, eu pensaria muito antes de faze-la e não sei se faria. Seus números em termos de gols são bons, mas a crítica vai em cima do seu “futebol”. Já o Otávio, para os seus detratores, considerei uma ótima aquisição. Teve excelentes atuações no Galo e muitos jogadores do Atlético foram contra a sua liberação. Jogando a metade, mesmo assim reforçará o elenco tricolor.

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