Analista mostra por que Matheus Gonçalves é o melhor driblador do Flamengo | OneFootball

Filipe Luís já deixou claro que Matheus Gonçalves está dentro dos seus planos de rotação. O jovem vem ganhando oportunidades e deve ter bons minutos ao longo da temporada.

O que chama atenção é a sua característica dribladora, cada vez mais rara no futebol contemporâneo. Matheus Gonçalves é um exímio driblador, e o analista Raphael Rabello, do canal Falando de Tática, destrincha essa característica e mostra que ele é o melhor do time no quesito.

Por isso, o jovem é importante para o elenco e vai ajudar no decorrer do ano. Para exemplificar, Raphael traz números, com Matheus Gonçalves liderando essas estatísticas.

"Dribles: o Matheus Gonçalves tem 8.02 em média, por jogo. A cada 90 minutos. O Cebolinha, por exemplo, tem 6,87. Michael, com 3,82... Dribles certos, o Matheus Gonçalves também lidera, com 4.75, e dribles no último terço, 4.42", comenta.

Mais do que habilidade

"Para driblar bem, o que precisa? Tem que ser habilidoso, mas não é só isso. Precisa muito mais do que isso", inicia o analista, que traria uma série de qualidade de Matheus Gonçalves que o auxiliam nesse atributo especial.

A inteligência e o raciocínio rápido são fundamentais para que o atleta consiga executar essas ações e chegar aos bons números de média.

"Ele sabe que se for numa direção, e depois voltar, vai ter aquele espaço libertado e a zona livre. Ele também trava muito a corrida, porque sabe que é muito forte na explosão. É leve, sai do zero a uma velocidade alta muito rápida. Ele se aproveita disso para travar a corrida, obrigar o adversário a travar a corrida e inicia uma nova corrida antes do adversário. Usa muito esse recurso. Vai para um lado, e depois, para o lado contrário. Ganha as costas do adversário", explica.

Além do talento, é preciso muita noção para tomar as decisões corretas em poucos segundos.

"Inicia a corrida e muda a direção. Ele obriga o adversário a também mudar a direção. Perde o centro de gravidade, até concentração e a velocidade. O Matheus dá um tapa, de novo, e ganha esse duelo", analisa

Noção espacial, além da velocidade, também é importante para construir bons contra-ataques.

"Ele tem muita leitura do espaço, capacidade de entender o espaço nas costas do adversário, livre para poder arrancar e vencer esses duelos um para um. É muito importante para iniciar contra-ataques", afirma.

Bola colada no pé, entendimento e antecipação

"Alta capacidade de entender, antecipadamente, o movimento que o adversário vai fazer", é crucial para que Matheus Gonçalves desenvolva suas jogadas.

"Bola sempre colada no pé. Dificulta muito a vida do adversário. Quando o marcador vai abordar, dá um tapa na direção contrária e não tem mais como pegar", comenta.

A leitura dos movimentos do marcador é excelente, para, só então, utilizar seu talento.

"Ele espera o momento do adversário levantar os pés. Quando levanta para tentar abordar, é o momento exato que ele dá o tapa na direção contrária. O bom driblador lê esse movimento do adversário muito rápido. Aí, é a habilidade de dar o tapa na força certa, escondendo a intenção, movimento do pé é curto", destrincha, antes de complementar:

"Ele manipula o adversário, esperando chegar perto, dar o tapa. Quando ele espera o adversário se aproximar, ele confunde e engana mais o adversário. Tem confiança para fazer o drible. Para vencer esse duelo, sabe que tem que fazer o giro no próprio eixo, para ganhar as próprias costas na outra direção", finaliza. Confira a análise completa abaixo.