As semifinais da Coppa Italia terão mais Dérbis de Milão e a presença de um histórico Empoli | OneFootball

Na terça e na quarta, 25 e 26 de fevereiro, aconteceram os últimos jogos das quartas de final da Coppa Italia. Três semanas após Bologna e Milan se garantirem nas semifinais, foi a vez de Inter e Empoli também arrumarem um espacinho no grupo dos quatro melhores da competição.

No terceiro dos duelos desta fase, a Inter se poupou, mas não teve dificuldades de superar a Lazio e, assim, teremos mais duas edições do Derby della Madonnina, contra o Milan, em 2024-25. No dia seguinte, os azzurri da Toscana jogaram mais bola do que a Juventus e, ainda que imprecisos no ataque, conseguiram, através dos pênaltis, alcançarem um ponto tão alto no torneio pela primeira vez na história. Um time entre Empoli e Bologna, portanto, será finalista da Coppa Italia. A seguir, confira as análises das partidas.

A Inter fez uma partida segura, não deu chances à Lazio e jogará novamente com o Milan em 2024-25 (Getty)

Inter 2-0 Lazio

Em San Siro, a Inter entrou em campo com oito reservas, por conta de lesões ou de estratégia do técnico Simone Inzaghi, e não teve problemas para, mesmo se poupando, superar uma Lazio que também foi a campo com uma equipe mista. Com um lindo gol de Arnautovic no primeiro tempo e um pênalti convertido pelo quase infalível Çalhanoglu, os nerazzurri venceram tranquilamente, num jogo conduzido em banho-maria.

Na lenta primeira etapa, a Lazio até tentou ser mais aguda, centrando suas ações num elétrico Isaksen – que até teve uma boa chance com um chute cruzado, aos 18 minutos. A Inter, por sua vez, perdeu Darmian, por lesão, já aos 24. Dumfries substituiu o italiano.

Apesar da contusão do lateral, a Inter estava satisfeita com o ritmo arrastado que ela mesmo imprimiu e, na casa dos 39 minutos, abriu o placar num lance fortuito. Dimarco cobrou escanteio, a defesa biancoceleste afastou e Arnautovic, que substituía o poupado Lautaro, não quis nem saber: da intermediária, nem deixou a bola cair e disparou um canhotaço indefensável, que morreu nas redes de Mandas.

A Lazio voltou para o segundo tempo tentando reagir, novamente se concentrando em Isaksen. Aos 59, depois de uma jogada criada pela direita, a bola chegou a Zaccagni, que deu uma puxeta e parou numa defesa segura de Pep Martínez. Depois disso, Inzaghi foi rodando o seu elenco e, em termos de proposta de jogo, continuou superando Marco Baroni.

O golpe de misericórdia da Beneamata ocorreu com dois jogadores que saíram do banco. Aos 75 minutos, Correa, ex-Lazio, saiu costurando dentro da área capitolina e foi derrubado por Gigot. O árbitro Michael Fabbri assinalou o pênalti e Çalhanoglu converteu bem, deslocando Mandas. Na reta final da partida, um chute desviado de Pedro, que resvalou no travessão nerazzurro, foi o último lance digno de nota no gramado do Giuseppe Meazza. Assim, igualando o recorde de 2022-23, teremos cinco edições do clássico entre Inter e Milan numa mesma temporada.

Para a história: o Empoli derrubou a Juventus e se tornou um semifinalista inédito da Coppa Italia (Getty)

Juventus 1-1 Empoli (2-4 nos pênaltis)

Ao contrário do que aconteceu em Milão, tivemos um jogo bastante agitado e de resultado surpreendente em Turim. A Juventus foi a campo com uma equipe formada quase que inteiramente por titulares, mas foi dominada por um mistão do Empoli, atual 18º colocado da Serie A, e deixou cair a sua última chance de título em 2024-25. Muito pressionado, Thiago Motta terá trabalho para explicar porque os bianconeri atuaram tão mal contra um adversário tão frágil, que pela primeira vez chegou às semifinais da Coppa Italia.

Com poucos segundos de partida, a Juventus até deu a impressão de que mataria o confronto precocemente.  Kolo Muani recebeu lançamento e deu uma escorada esperta para deixar González na cara do gol. O argentino, contudo, bateu mal e perdeu uma grande chance. Os bianconeri terminaram punidos já na casa dos 24: Cambiaso e González saíram jogando errado, o Empoli retomou a bola e acionou Maleh na intermediária. O marroquino cortou para a direita e bateu forte, em diagonal, vencendo Perin para abrir o placar.

A Juventus seguiu com a posse de bola, mas era absolutamente estéril. E o Empoli poderia ter se aproveitado disso duas vezes antes do intervalo. Aos 41 minutos, engatou um contra-ataque de dois contra dois e Maleh deixou Konate na boa, mas o garoto pegou mascado e fraquinho na pelota, desperdiçando uma oportunidade cristalina de ampliar o marcador. Nos acréscimos, o jovem ainda recebeu um lançamento do goleiro Vásquez, nas costas de Gatti e Thuram, que bobearam, e tentou de canhota. Novamente, não fez: o chute cruzado foi melhor do que o primeiro, mas morreu na trave.

Na volta do intervalo, Maleh já chegou disparando um chute perigoso, que Perin teve de mandar para escanteio e, aos 52 minutos, a Juventus respondeu de forma similar – Vlahovic bateu falta no ângulo e Vásquez cedeu o corner. O Empoli continuou melhor, mas inexpressivo no ataque. Já aos 57 Cambiaso deu mais um mole inacreditável, teve a bola roubada por Sambia e o francês arrematou forte, mas de maneira central, o que ajudou o arqueiro bianconero a mandar a pelota para a linha de fundo.

As muitas chances perdidas pelo Empoli foram punidas por Thuram, que não vinha bem no jogo. Aos 66 minutos, o francês tabelou com o compatriota Kolo Muani, deu um desconcertante drible de letra em Henderson e chutou entre Vásquez e a trave para empatar. Com o placar igualado, as duas equipes voltaram a ter oportunidades cristalinas só aos 85. Kouamé e Vlahovic ficaram cara a cara com os goleiros adversários, mas finalizaram muito mal e não definiram a partida. Assim, teríamos pênaltis no Allianz Stadium.

Vlahovic iniciou as cobranças e já mandou muito mal: isolou o seu chute. Em seguida, o capitão Henderson pôs o Empoli na frente e esse cenário jamais se alterou. Yildiz perdeu a quarta penalidade e, na sequência, os azzurri mantiveram o 100% de aproveitamento com Marianucci. O grupo de Roberto D’Aversa já entrou para a eternidade, ao menos na modesta história do pequeno clube da Toscana.