Zerozero
·2 febbraio 2025
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·2 febbraio 2025
O desgasto físico foi bem visível e ainda houve espaço para mais umas lesões - já parece hábito; desta feita, Geny saiu de maca e Bragança foi substituído com queixas -, ainda assim, o Sporting venceu o Farense (3-1) e, confortável no topo da liderança, espera agora pelo desfecho dos duelos dos principais rivais.
Após confirmar a passagem ao playoff da Liga dos Campeões num pouco vistoso empate, Rui Borges regressou ao campeonato com duas alterações: na baliza, Rui Silva calçou as luvas e, mais à frente, Quenda entrou para fazer descair Bragança, que deu descanso a Debast - saiu lesionado frente ao Bologna.
Do outro lado, Tozé Marreco aproveitou a visita a Alvalade para dar a estreia a Zé Carlos com as cores farenses. No sentido inverso, Tomás Ribeiro foi suplente pela primeira vez desde que chegou a Faro.
Antes do apito inicial, nota para um momento pouco comum: entre as músicas leoninas, o speaker do Estádio José de Alvalade notou a - talvez - centena de adeptos do Farense. Os do Sporting "receberam-nos" com palmas, que foram prontamente retribuídas. Bonito momento de comunhão e cortesia.
A simpatia ficou para o pré-jogo. Findado o primeiro apito, os leões da capital entraram a todo o gás: instalaram-se no balcão da área e, por lá, tiveram facilidade em trocar a bola. O conjunto do sul do país ainda tentou sair uma vez ou outra, mas percebia-se que o golo verde e branco estava a minutos.
De facto, não demorou muito. Ao nono minuto, o primeiro festejo da noite. Fresneda, tantas vezes o patinho feio associado à saída, apareceu na pequena área e respondeu a um cruzamento de Harder com um remate seco, sem hipóteses para Ricardo Velho. Nos festejos, a felicidade estampada no rosto, um peso que saiu das costas do espanhol. A uns quantos metros, o banco leonino de pé, a aplaudir e a reconhecer a importância do momento.
Sem forçar muito, o Sporting mostrou intensidade e dinamismo no último terço, com boas combinações entre os homens mais adiantados. O objetivo era claro: dilatar a vantagem, resolver o jogo e, eventualmente, gerir. Ora, parte do plano começou a ser cumprido poucos minutos depois.
Aos 26 minutos, após o lance que ditou a lesão de Geny - mais uma no reino do leão, não há forma deste calvário abrandar -, surgiu o 2-0, com alguma naturalidade. Na sequência de uma bola parada, Diomande foi imperial e, de cabeça, meteu o Sporting ainda mais na frente.
Tanto Ricardo Velho reclamou com a defesa e os espaços concedidos em zonas de tiro que o Farense afastou o adversário da própria área. Ainda que com alguma permissão leonina, os comandados de Tozé Marreco tiveram mais bola... e chegaram ao golo. Num lance primeiramente invalidado, Lucas Áfrico apareceu à frente de Rui Silva e desviou, com sucesso, de cabeça.
Com a desvantagem reduzida à margem mínima, o Farense não se fez rogado e também colocou as garras de fora. Com uma ou outra saída para o ataque, obrigaram Rui Silva a ultrapassar a maior carga de trabalho desde que chegou ao campeão nacional - nada, ainda assim, que justificasse o empate.
Aos poucos, o Sporting lá foi reassumindo o comando. O futebol praticado não era o mais entusiasmante, com algumas más decisões de jogadores que cada vez mais se agarravam à bola - o que não faz o cansaço -, mas foi suficiente para usufruir de infindáveis ocasiões para chegar ao tal golo da tranquilidade.
Trincão, Harder, Quenda, João Simões... até Inácio esteve perto de festejar o terceiro, mas sempre sem sucesso: ora impedidos por Ricardo Velho, ora vítimas de algum desacerto.
Sem essa tranquilidade, o jogo partiu. Entre a busca incessante do terceiro e a matreirice de chegar ao empate, o Sporting ainda sofreu - Rui Silva mostrou-se confortável a controlar a profundidade -, mas lá chegou à tão desejada vantagem. A cabeça de Harder sentenciou o jogo.
A missão leonina foi cumprida. A Rui Borges e companhia resta agora sentar no sofá e assistir aos jogos de Benfica e FC Porto, do conforto do primeiro lugar - para já, tem mais nove pontos.
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