Leonino
·20 maggio 2025
Luís Freitas Lobo encantado com craque do Sporting: "Ganhou..."

Leonino
·20 maggio 2025
Luís Freitas Lobo elogia elemento fundamental da equipa do Sporting, depois da conquista do bicampeonato
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Rui Borges chegou ao Sporting em dezembro de 2024, contratado ao Vitória de Guimarães, e guiou a equipa verde e branca à conquista do bicampeonato. Luís Freitas Lobo, comentador desportivo, enalteceu a evolução do treinador dos verdes e brancos e elogiou as opções táticas que o técnico tomou, tudo isto num artigo de opinião publicado no jornal O Jogo.
“Rui Borges está no oposto da vocação comunicacional de Ruben Amorim. A postura, o sotaque, o trajeto, sem sorriso charmoso e sem berço de grandes clubes. Antes um percurso que saiu de trás dos montes do mais futebol profundo, o que se joga e cresce em divisões secundárias, cheias de pó, até que um dia surge um atalho para outro mundo”, começa por referir Luís Freitas Lobo.
De seguida, o especialista destaca as mudanças táticas promovidas por Rui Borges: “Começou por mudar o sistema (de 3x4x1x2 para 4x4x2) e dinâmicas de jogo. Ganhou, nesse arranque, com essa marca de rutura. A linha de “3” desaparecia e surgia a clássica de “4”, mais três médios em vez de dois. Quando, porém, essa ideia começou a encravar em certos pontos do jogo em que tentava ativar um “modo de gestão” (as tais segundas partes em que o bloco recuava demais e não atacava da mesma forma) percebeu que resgatar a memória acumulada do passado recente para juntar à sua seria a mescla ideal”.
Luís Freitas Lobo realçou, ainda, o impacto dos problemas físicos de vários jogadores na estratégia de Rui Borges - que foi muito elogiado por Frederico Varandas: “As circunstâncias (lesões de tantos médios) também condicionaram a decisão. Foi o momento tático da época. Resgatou os três centrais e o 3x4x2x1, estabilizou o jogo da equipa, posicionamento do bloco e visão das linhas desde trás a construir mesmo quando mais recuadas”.
A terminar, Luís Freitas Lobo elogia também a resposta de Rui Borges ao momento menos positivo do goleador da equipa leonina: “Gyokeres teve um ciclo em que mostrou menos os dentes e o ataque ressentiu-se, mas a capacidade de, nessa fase, sem o 'homem-golo que resolve', a equipa já ter outra capacidade tática (muita vinda do ‘chip tático’ de início de época) foi decisiva para segurar-se em muitos jogos. Foi a vitória dum treinador na capacidade de ajustar-se à realidade. Sem mudar a sua personalidade e estilo, trazer esse sotaque de outro futebol à grande cidade e conquistá-la com a simplicidade dum corte de Hjulmand ou um remate de Gyokeres”.