RETROSPECTIVA 2024: Lesões no início do ano atrapalham, mas não impedem Lucas em sobrar como craque do São Paulo | OneFootball

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·25 dicembre 2024

RETROSPECTIVA 2024: Lesões no início do ano atrapalham, mas não impedem Lucas em sobrar como craque do São Paulo

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Lucas vibra ao marcar contra o Corinthians nesta temporada de 2024 (Foto: Divulgação/SPFC)

MARCIO MONTEIRO


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Após a realização do sonho de retornar ao clube de coração e conquistar um título inédito, da Copa do Brasil 2023, Lucas Moura renovou seu contrato com o São Paulo por mais três temporadas. O craque estava garantido.

E foi dele o primeiro gol do ano, contra o Santo André, de pênalti, na estreia do Campeonato Paulista. Aos 35 minutos do 2º tempo, Lucas sentiu e pediu para ser substituído. “Apenas câimbras”, disse o meia-atacante após o jogo.

Mas não foi só isso. Lucas acabou ficando de fora dos dois jogos seguintes, retornando contra o Corinthians, no Itaquerão, quando o clube quebrou o incômodo tabu no estádio rival. Novamente, precisou ser substituído no fim, agora com dores na coxa esquerda.

Exames feitos não chegaram a detectar nenhuma lesão, gerando otimismo de que ele poderia estar disponível para enfrentar o Palmeiras na Supercopa Rei, cinco dias depois. No entanto, foram mais cinco jogos de ausência, até a volta na reta decisiva do Paulistão.

Veio então a trágica estreia na Libertadores diante do Talleres, onde três titulares se machucaram gravemente. Lucas foi um deles. O meia sofreu lesão na região posterior da coxa esquerda, que o tirou agora de dez partidas.

Mas o camisa 7 voltou com tudo e seguia como principal jogador do time em campo. Tanto que, em agosto, com o corte de Savinho da Seleção Brasileira, teve sua convocação mais inusitada para defender as cores nacionais.

O anúncio de Dorival Junior sobre a presença de Lucas para jogos pelas Eliminatórias aconteceu enquanto o elenco tricolor viajava em seu avião particular para o Rio de Janeiro, onde iria encarar o Fluminense.

E o aviso não veio da boca de Dorival ou da CBF, mas sim do comandante do avião, que anunciou o chamado durante o voo (assista ao final da matéria).

“Eu acreditava muito que voltaria para a Seleção, mas foi meio inusitado dessa maneira, sendo anunciado ali no avião. O comandante pegou o microfone e anunciou. Confesso que achei que era uma pegadinha ou alguma coisa, mas estou muito feliz”, falou Lucas à época.

Chegavam então dois duelos decisivos no ano para o Tricolor, Atlético-MG, pela Copa do Brasil, e Botafogo, pela Libertadores, ambos em fase de quartas de final.

Lucas seguia como principal nome ofensivo do time. Quando ele estava bem, o São Paulo acompanhava. Quando o camisa 7 era bem marcado, ou não estava nos melhores dias, o rendimento do time do Morumbi também deixava a desejar. Tudo dependia de Lucas.

E as decisões não foram das mais felizes ao jogador. Contra o Galo, perdeu um gol incrível ao cabecear na cara do gol, após cruzamento de Bobadilla, mandando para fora. Pouco depois, os mineiros fizeram o gol que definiu o confronto.

Já diante do Botafogo, na competição continental, Lucas chutou no travessão um pênalti ainda no primeiro tempo, quando o Tricolor perdia por 1 a 0. O Tricolor buscou o empate e levou a decisão aos pênaltis, onde, desta vez, o camisa 7 não falhou e converteu sua cobrança. Os cariocas, no entanto, acabaram levando a melhor.

“Eu errei um pênalti no momento em que estávamos buscando uma reação, mas nós fizemos um segundo tempo muito bom. Coisas de jogo, coisas normais. Já estava definido quem bate, e eu era o batedor. Nós lutamos até o fim, conseguimos buscar o empate e superamos esse pênalti falhado”, comentou Lucas após a eliminação no principal torneio do ano.

Derrotas sentidas e esquecidas, o São Paulo seguiu seu rumo no Brasileirão, em busca de vaga direta na próxima Libertadores. E Lucas foi fundamental para alcançar o objetivo.

Durante o ano, jogou centralizado ou pelas pontas, na esquerda ou direita, sempre com a mesma qualidade. Muito se comentou durante a temporada de que no meio, como um 10, como ele atuou na reta final da Copa do Brasil 2023, era sua melhor posição.

O tempo mostrou que não era bem assim. Mesmo jogando pelas beiradas do campo, Lucas sempre buscou seu espaço também pelo meio e foi o principal jogador criativo do time, tanto que terminou como atleta com mais participações diretas em gols.

Lucas Moura entrou em campo 47 vezes no ano, sendo 43 como titular. Marcou 14 gols, perdendo apenas para Luciano, e distribuiu nove assistências, o líder do time no ano, para terminar com 23 participações em gols.

Mais maduro em seus 32 anos, Lucas também é agora líder não apenas dentro dos gramados, mas também nos vestiários, inspirando os mais jovens. Oriundo de Cotia, não esconde sua paixão pelo clube de coração e é exemplo por seu profissionalismo mesmo já em reta final de carreira.

A certeza é de que nos próximos dois anos, o São Paulo tem um craque que desequilibra em qualquer torneio. Com a chegada de Oscar, pode dividir um pouco essa responsabilidade de criação no time.

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