Jogada10
·25 maggio 2025
Roberto Assaf: Flamengo aproveita erros do Palmeiras e vence por 2 a 0

Jogada10
·25 maggio 2025
A escalação de Évertton Araújo, a ausência de Pedro desde o começo, e a opção por um jogo cadenciado, na etapa inicial, deixaram evidente que a prioridade do Flamengo era empatar. É fato, no entanto, que o Palmeiras não jogou nada, perdeu pênalti, e acabou permitindo que o time do Rio, mais inteligente e organizado na etapa final, marcasse duas vezes e vencesse o adversário dentro de casa. Flamengo 2 a 0, sem reclamação, pois o Rubro-Negro soube aproveitar todas as circunstâncias. Na realidade, e por incrível que possa parecer, é mais fácil ganhar do Palmeiras no Parque Antártica que derrotar o Fortaleza no Maracanã, porque corre há o risco da velha marra voltar e o Rubro-Negro entrar pelo cano.
Foi um primeiro tempo medíocre, de rara inspiração, no qual o Flamengo levou vantagem, pois embora não tenha acertado a meta do Palmeiras uma única vez, viu o adversário desperdiçar um pênalti, mal cobrado por Piquerez, que Rossi segurou sem problema.
A propósito, a arbitragem, com ou sem o auxílio do maldito VAR, assinalou corretamente o tal pênalti de Varela, pois a bola bateu no braço aberto do lateral, após cruzamento de Facundo Torres, mas que ignorou dois fatos evidentes: uma falta violenta de Gustavo Gomez em Luiz Araújo – o zagueiro já havia recebido o amarelo – e outra de Weverton, que atingiu Léo Ortiz na área com o joelho, após o levantamento.
O Flamengo voltou com Michael no lugar de Éverton Cebolinha. E nenhum dos times conseguia criar algo de positivo, tanto que os treinadores começaram a mexer. O Palmeiras fez mudança tática, Mayke por Maurício, para ampliar o poder ofensivo, e a equipe carioca também, pois Gérson – contundido – teve que sair, para a entrada de Danilo, o que forçou uma improvisação no meio.
Flamengo celebra o gol de Ayrton Lucas. Foto: Adriano Fontes/Flamengo
Aos 20 minutos, os paulistas lançaram dois atacantes, Flaco Lopez e Paulinho, com o objetivo de decidir o jogo. Aos 22, Murilo foi driblado por Arrascaeta, que foi puxado por Murilo na área, pois ficaria livre para concluir. Por qual motivo iria cair? Francamente, Fernando Prass… Nem precisava de VAR – que o juiz foi olhar – para marcar o pênalti. Arrascaeta bateu tranquilamente e fez 1 a 0. Detalhe: esqueceram de expulsar Murilo.
O Palmeiras encheu o time de atacantes, o Rubro-Negro recuou, e Ayrton Lucas substituiu Luiz Araújo, pois a ordem era segurar o resultado. Eis que Filipe Luis lançou Pedro e Wallace Yan. Seria necessário escrever um livro sobre tática para explicar o que passou na cabeça do treinador. Já não havia tempo e espaço para tal. Mas não é que deu certo? Wallace Yan, que é bom de bola, mas pensa que é o Zico, fez duas jogadas excelentes e largou Ayrton Lucas na cara de Wéverton para enfiar 2 a 0.
E lá foi o Palmeiras para dentro. Cinco atacantes. Murilo lascou o cotovelo em Rossi. E continuou em campo. Na prática, confusão tática por confusão tática, de lá, e de cá, acabou beneficiando quem conseguiu marcar.
É fato que o Flamengo terá duas partidas teoricamente bem mais simples: vencer o Táchira e o Fortaleza, dentro de casa. Vamos repetir. É mais provável vencer o Palmeiras em São Paulo que driblar marra e retranca no Maracanã. Pois que isso fique apenas na teoria.