Se poupando, a Inter bateu o Sparta Praga e chegou ao mata-mata da Champions League | OneFootball

Brilhante? Não. Eficiente? Sim. A Inter mais uma vez atuou de forma protocolar na Champions League e se sobrepôs a um adversário mais fraco sem gastar tantas energias. Na Chéquia, os nerazzurri venceram o Sparta Praga por 1 a 0 e, além de eliminarem os grenás, garantiram um lugar no mata-mata da competição. Basta um pontinho na oitava e última rodada da fase de liga para que a vaga direta nas oitavas de final seja conquistada pela equipe italiana.

Ao contrário do que tem feito em outras oportunidades na Champions League, o técnico Simone Inzaghi não fez rodízio na Inter: considerando lesões, os nerazzurri foram a campo com o que tinham de melhor à disposição. Do outro lado, encontraram um Sparta Praga que precisava do triunfo para sobreviver no torneio, mas que parecia resignado com a eliminação. Em raros momentos o time treinado pelo dinamarquês Lars Friis se desvencilhou de uma postura defensiva para fustigar os italianos.

E olha que a Inter abriu a conta logo em seu primeiro ataque mais agudo. Aos 12 minutos, a equipe italiana rodou bem a bola, pressionando o Sparta, e marcou de um jeito habitual: Bastoni apareceu pelo flanco esquerdo para cruzar na área e Lautaro, sem ângulo, decidiu experimentar de primeira. O argentino acabou mandando um sem pulo que passou entre o goleiro Vindahl e a trave, tocando no travessão antes de entrar e morrer no fundo das redes.

Depois disso, a Inter começou a cozinhar a partida e estabelecer um tipo de controle ao qual está acostumada: trabalha a posse, chega ao ataque na boa e mantém o time rival afastado de sua área. Assim, construiu algumas oportunidades com Asllani e Barella, mas nada de crítico. Até o intervalo, a melhor chance foi do Sparta Praga – a única dos checos no jogo. Aos 34 minutos, Birmancevic experimentou um arremate de dentro da área e Sommer, com visão atrapalhada por Olatunji, defendeu em dois tempos.

Com um belo gol, Lautaro determinou a vitória da Beneamata num jogo de poucas emoções (Arquivo/Inter)

Na volta do descanso, a Inter teve uma oportunidade cristalina aos 58 minutos, num contra-ataque puxado por Barella, que carregou e ajeitou para Lautaro bater. O argentino, entretanto, finalizou no meio, para a defesa do goleiro Vindahl. Na casa dos 60, a equipe visitante criou mais uma boa jogada. Os alas Dimarco e Dumfries apareceram como atacantes para concluir e, depois que o italiano dominou, na dividida com o marcador, a bola sobrou para o holandês colocar para as redes. Só que o lance terminou anulado por impedimento milimétrico, já que o bico da chuteira do camisa 32 estava em posição irregular.

Inzaghi promoveu algumas mudanças para manter o time fisicamente potente e também para permitir descanso de suas peças. Ainda assim, a Inter teve uma boa sequência de chances entre os 69 e os 71 minutos. Primeiro, numa boa chegada pela direita, Lautaro foi travado na hora em que arriscou um chute de boa posição; na sequência, um cruzamento de Dimarco quase foi desviado para a rede por Thuram. Poucos segundos depois, o ala soltou uma bomba que raspou o travessão checo. Mais tarde, Frattesi ainda fez Vindahl trabalhar, mas foi só.

Com o resultado, a Inter terminou a sétima e penúltima rodada da fase de liga da Champions League com 16 pontos, na quarta posição, com uma vaga garantida como cabeça de chave de um eventual playoff. Porém, os nerazzurri precisam somente de um empate contra o Monaco, na semana que vem, para assegurarem um lugar no G8 e, consequentemente, nas oitavas de final – o que pode ocorrer até em caso de derrota, a depender de uma combinação de resultados. A conquista de tal objetivo é fundamental para a Beneamata, já que eliminaria dois jogos de seu já recheado calendário em 2025.