Coluna do Fla
·19 maggio 2025
Vini Jr revela que teve medo de morrer após ‘enforcamento’ protagonizado por torcedores do Atlético de Madrid

Coluna do Fla
·19 maggio 2025
Uma das provocações mais emblemáticas das várias sofridas por Vini Jr na Espanha virou alvo de julgamento. Em 2023, antes do clássico entre Real Madrid (ESP) e Atlético de Madrid (ESP), torcedores do adversário do ex-Flamengo penduraram um boneco da cor negra, com a camisa do atacante, enforcado em uma das principais vias da cidade. O jogador revelou que teve medo da morte após o gesto.
“Foi um dia muito triste para mim. Eu não sabia o que ele (o boneco pendurado) queria dizer, se eu e minha família estávamos em perigo”, disse Vini Jr, nesta segunda-feira (19), durante depoimento em audiência que faz parte do julgamento de quatro homens que foram identificados como suspeitos.
O julgamento dos rapazes acontece no dia 16 de junho, em audiência do Tribunal Provincial de Madrid. Vini Jr teve de antecipar o depoimento por conta da participação no Mundial de Clubes, no próximo mês, nos Estados Unidos. O cria do Flamengo, de acordo com a agência de notícias EFE, falou através de videoconferência.
O processo é realizado através do Tribunal de Instrução número 28 de Madrid. Os torcedores do Atlético respondem por crime contra os direitos fundamentais e as liberdades públicas na forma de um crime contra a dignidade, a integridade moral e de ameaça incondicional. Contudo, Vini Jr alega que a ‘provocação’ teve motivação por racismo.
O Ministério Público espanhol espera que os envolvidos cumpram quatro anos de prisão e uma indenização solidária de seis mil euros (cerca de R$ 38.400) pelos danos morais causados ao jogador. Além do MP, a Real Federação Espanhola e a Liga Nacional de Futebol Profissional também apresentaram as acusações.
A torcida do Atlético colocou um boneco com a camisa de Vini Jr enforcado no pescoço em um poste da cidade, no dia 26 de janeiro de 2023. Além disso, havia uma faixa com os dizeres: “Madrid odeia o Real”. Na época, o Ministério Público identificou quatro rapazes, de 19, 21, 23 e 24 anos como responsáveis.
Revoltado com o caso, o Real Madrid emitiu nota, mostrando preocupação com “lamentável e repugnante de racismo, xenofobia e ódio”. Por fim, o clube subiu o tom, dizendo que as agressões “não podem ter lugar numa sociedade como a nossa”. O Atlético condenou a ação dos torcedores: “a rivalidade entre os dois clubes é máxima, mas também o respeito”.