Calciopédia
·30 de setembro de 2024
Calciopédia
·30 de setembro de 2024
Como a 6ª rodada da Serie A se insere apenas no começo da edição 2024-25 da competição, o cenário projetado por seus resultados ainda é embrionário. Porém, ela já entrou para a história. O motivo? Terminou com o quarto líder isolado diferente do torneio, o que não ocorria desde 2015-16, e apontando para um dos certames mais imprevisíveis das últimas temporadas. Neste fim de semana, tivemos desfechos variados e desempenhos que mostram as diferentes fases pelas quais as equipes estão passando, ao mesmo tempo que evidenciam o equilíbrio em pontos nos diversos pelotões da tabela.
Em uma rodada repleta de emoções, vitórias dramáticas e tropeços inesperados, Napoli, Roma e Empoli se destacaram de maneiras distintas, enquanto Fiorentina e Monza enfrentaram dificuldades em seus compromissos. Além disso, o Milan, em dois jogos, foi da água para o vinho, impulsionado por um empolgado Morata e pelos influentes Hernandez e Pulisic, ao passo que a Juventus estabeleceu um recorde importante na competição. Já a Inter, atual campeã, se recuperou da derrota no Derby della Madonnina.
O Napoli assumiu a liderança ao manter sua invencibilidade de cinco jogos com uma vitória convincente sobre o Monza, marcando dois gols no primeiro tempo e administrando o resultado com tranquilidade na segunda etapa. Já a Roma, apesar das dificuldades iniciais contra o Venezia, conseguiu uma virada emocionante nos derradeiros minutos, estimulada pelo jovem talento Pisilli, garantindo três pontos valiosos e conseguindo um alívio, mesmo com um primeiro tempo péssimo.
Por outro lado, o empate entre Empoli e Fiorentina destacou o equilíbrio de forças no clássico toscano, com ambas as equipes criando poucas chances e ficando longe de um desempenho ofensivo convincente. O time azzurro, no entanto, segue invicto e superando as expectativas, enquanto a Viola ainda luta para encontrar consistência no campeonato. Situação semelhante vive a Inter, que ainda não encontrou a solidez defensiva que a distinguiu em 2023-24.
O novo líder isolado é o Napoli, com 13 pontos, seguido pela Juventus (12). Logo atrás, Milan, Inter e Torino, o antigo dono da posição mais elevada da tabela, dividem os mesmos 11. Empoli, Lazio e Udinese se encontram juntinhos ao topo, com 10 – somente três pontinhos separam os oito primeiros colocados. Já a diferença entre a Roma, na nona colocação, e o Cagliari, primeiro time fora da zona da degola, é de apenas quatro. Confira todas essas histórias no resumo da 6ª rodada.
Gols: Politano e Kvaratskehlia Tops: Politano e Lobotka (Napoli) Flops: Turati e Carboni (Monza)
Temos um novo líder da Serie A – um que não ocupava tal posição desde a conquista do scudetto, em 2023. O Napoli manteve sua sequência de vitórias ao derrotar o Monza por 2 a 0, consolidando-se no topo da tabela com uma atuação segura e eficiente. Os azzurri controlaram o jogo desde o início, com gols de Politano e Kvaratskhelia ainda no primeiro tempo. O time de Antonio Conte aproveitou bem as fragilidades defensivas dos biancorossi, que, mesmo tentando se reorganizar, não conseguiram se impor. Essa vitória marca a terceira partida consecutiva em que os partenopei não são vazados, enquanto a formação de Alessandro Nesta segue sem vencer no campeonato.
O primeiro gol saiu aos 21 minutos, quando Politano aproveitou uma tabela involuntária com Bianco e finalizou de pé esquerdo. Pouco depois, Kvaratskhelia ampliou, arrematando com precisão, após uma recuperação de bola alta que passou pelos pés de Anguissa, Lobotka e McTominay. Com isso, o Napoli rapidamente definiu o jogo, aproveitando os erros de posicionamento da equipe rival, que teve dificuldades em lidar com a intensidade dos donos da casa.
No segundo tempo, o Monza tentou aumentar sua pressão e criar oportunidades, mas esbarrou na falta de eficiência nos últimos metros. Maldini, em uma cobrança de falta, foi o único a assustar Caprile, que pouco trabalhou. O Napoli, por sua vez, continuou dominando as ações, desacelerando o jogo e controlando a posse de bola, sem correr riscos. A sólida atuação defensiva também impediu qualquer reação dos visitantes.
Nos minutos finais, Conte fez algumas substituições para manter o ritmo da equipe, e Raspadori e David Neres quase ampliaram o placar, mostrando a profundidade do elenco napolitano. O Napoli saiu de campo com três pontos importantes e mais uma demonstração de sua força, enquanto o Monza, apesar de algumas tentativas de reação, continua vivendo um momento complicado no campeonato: assumiu a lanterna e Nesta corre risco de demissão.
Gols e assistências: Vlahovic (pênalti), Vlahovic (Koopmeiners) e Conceição (K. Thuram) Tops: Vlahovic e Bremer (Juventus) Flops: De Winter e Bani (Genoa)
O confronto em Gênova marcou o primeiro recorde expressivo da Juventus de Thiago Motta, pela primeira vez na era dos três pontos por vitória, iniciada em 1994, uma equipe passou os seis primeiros jogos sem sofrer gols na Serie A. Não houve público para presenciar o feito in loco, contudo: o duelo com o Genoa, time em que o técnico bianconero se destacou como atleta e pelo qual estreou como treinador nos profissionais, foi realizado com portões fechados, devido a violentos incidentes causados por ultras locais, na derrota dos mandantes para a rival Sampdoria, pela Coppa Italia.
No Marassi, o jogo começou com um primeiro tempo morno e sem inspiração de ambos os times. Parecia que a equipe de Turim estava encaminhando mais um empate sem gols no campeonato, mas, logo no início da segunda etapa, um pênalti cometido por De Winter, emprestado pela Juventus, deu a Vlahovic a oportunidade de inaugurar o placar. O atacante sérvio não desperdiçou, deixando sua má fase para trás e abrindo o marcador com precisão. Pouco depois, ele ampliou, aproveitando um ótimo passe de Koopmeiners, e concretizando sua segunda doppietta nesse campeonato. De quebra, se colocou na artilharia conjunta da competição, com quatro tentos – ao lado de outros quatro atletas.
O Genoa, comandado por Alberto Gilardino, até teve momentos de resistência, especialmente na primeira metade do jogo. O time lígure conseguiu manter a Juventus sob controle durante os 45 minutos iniciais, limitando os visitantes a uma posse de bola estéril, sem grandes ameaças à meta de Gollini. No entanto, o cenário mudou drasticamente após o intervalo. A falta de criatividade e velocidade no ataque impediu que os grifoni encontrassem o caminho para o gol, e as substituições da Juventus, como a entrada de Francisco Conceição, acabaram dando o toque final à partida. O português, voltando de lesão, coroou uma ótima atuação ao marcar o terceiro gol da Juventus, inaugurando sua conta com a camisa bianconera e selando a vitória.
Apesar das tentativas tardias de reação, com Kasa e Pinamonti criando algumas oportunidades nos minutos finais, o Genoa não conseguiu converter suas chances em gols. Perin fez boas defesas e manteve a invencibilidade intacta. Com essa vitória, a Juventus reforça seu bom momento e já direciona seu foco para a Liga dos Campeões. Para o Vecchio Balordo, a derrota marca uma semana complicada, com dois resultados negativos consecutivos, que mantiveram o time colado na zona de rebaixamento e na busca de uma urgente recuperação.
Vlahovic marcou duas vezes contra o Genoa e a Juventus reencontrou o caminho das vitórias (Getty)
Gols e assistências: Kabasele (Zemura) e Lucca (Brenner); Frattesi (Darmian), Lautaro e Lautaro (M. Thuram) Tops: Lautaro e Dimarco (Inter) Flops: Okoye e Bijol (Udinese)
Tanto a Udinese quanto a Inter chegaram para o confronto em Údine carregando o peso de resultados negativos recentes. A Beneamata, com apenas um ponto somado nos dois últimos jogos e uma derrota dolorosa no dérbi contra o Milan, precisava de uma resposta rápida; a equipe bianconera, apesar da classificação recente na Coppa Italia, onde enfrentará justamente os nerazzurri nas oitavas de final, havia deixado escapar a chance de se firmar no pelotão de cima após categórico tropeço na Roma. Nesse contexto, os visitantes se impuseram e se deram melhor.
Não demorou muito para os nerazzurri aliviarem a pressão: com menos de um minuto, Frattesi ratificou que seus gols pela seleção não são por acaso, se infiltrou na área rival para receber passe de Darmian e abriu o placar. Os donos da casa empataram aos 35, com Kabasele, e a etapa inicial poderia ter ido para qualquer lado, com ambas as equipes desperdiçando grandes chances de alterar o placar. No entanto, foi Lautaro quem fez a diferença, marcando, nos acréscimos, seu primeiro gol na temporada.
A Inter teve um desempenho quase perfeito até os 83 minutos. O segundo gol de Lautaro, logo após o intervalo, parecia encaminhar uma vitória tranquila para os comandados de Simone Inzaghi, que continuavam criando inúmeras oportunidades. Frattesi e o capitão Martínez foram os destaques, mas a equipe funcionou bem do meio para frente, apesar do empate temporário de Kabasele. Ainda assim, inconsistências defensivas fizeram o jogo ganhar emoção na reta final, quando Lucca foi servido por Brenner e diminuiu a desvantagem dos mandantes. Apesar do susto que deixou o resultado imprevisível por algum tempo, a Udinese não conseguiu ameaçar Sommer de forma contundente, e a Beneamata saiu com os três pontos. O goleiro Okoye ainda evitou que Correa ampliasse para os visitantes, realizando uma defesa espetacular nos últimos suspiros.
A Udinese, apesar de não ter jogado mal, sentiu a falta de poder ofensivo em momentos decisivos. O cabeceio de Kabasele foi um lampejo de esperança, mas, fora isso, os bianconeri criaram poucas chances claras. Lovric teve uma boa oportunidade logo antes do empate, mas não conseguiu finalizar com precisão. No final, a equipe de Kosta Runjaic não teve forças para segurar o ímpeto da Inter, especialmente com Lautaro e Frattesi em grande dia.
Gols e assistências: Morata (Hernandez), Hernandez (Rafael Leão) e Pulisic Tops: Hernandez e Pulisic (Milan) Flops: Dorgu e Ramadani (Lecce)
O futebol é mesmo curioso. Bastam algumas semanas para transformar o clima ao redor de uma equipe, seja para o bem ou para o mal. No caso do Milan, a sensação de dúvida e desconforto deu lugar a um time confiante e eficiente, capaz de decidir partidas em poucos instantes. Paulo Fonseca, que quase viu sua cabeça rolar, agora parece ter encontrado o caminho. Contra o Lecce, o Diavolo mostrou frieza e maturidade. Sofreu no início, é verdade. Porém, logo que encontrou as brechas, foi implacável: três gols em cinco minutos e vitória sacramentada. A formação rossonera, antes inconstante e frágil, deu lugar a uma máquina ofensiva, muito em função da liderança de Morata e do equilíbrio trazido por Fofana no meio-campo. Quanto tempo isso irá durar?
Com 14 gols, o Milan ostenta o melhor ataque da competição, além de contar com Pulisic, um dos artilheiros, com quatro. Mas não foi só a quantidade de tentos que impressionou. A partida começou complicada, com o Lecce mais presente nos primeiros minutos. Chutes perigosos de Dorgu e Gallo, e uma grande defesa de Maignan, em finalização de Krstovic, deram o tom. Porém, bastou o Diavolo acordar para que tudo mudasse. Aos 37 minutos, Morata subiu mais que a defesa para cabecear após cobrança de falta de Hernandez e abrir o placar. Logo depois, Rafael Leão encontrou o lateral francês, que ampliou. Para completar, Pulisic aproveitou confusão na área e fez o terceiro. Cirúrgico.
O Lecce, por sua vez, começou o jogo melhor, aproveitando o momento de apatia do Milan. O time se posicionou bem defensivamente, com um 4-5-1 sólido que impedia o avanço do adversário. Até os 37 minutos, os visitantes controlaram o jogo, com boas chances de abrir o placar. No entanto, o gol de Morata desmontou o esquema de Luca Gotti, que não conseguiu manter o ímpeto inicial. No segundo tempo, os apulianos tentaram se reorganizar, mas o peso dos três gols sofridos em tão pouco tempo dificultou qualquer reação, mesmo com um homem a mais após a expulsão de Bartesaghi, já no fim do jogo.
Após a derrota para o Milan no dérbi, a Inter se recuperou contra a Udinese e viu o capitão Lautaro deixar jejum para trás (Getty)
Gols e assistências: Adams (Vlasic) e Coco (Masina); Guendouzi (Nuno Tavares), Dia (Isaksen) e Noslin (Vecino) Tops: Nuno Tavares e Dia (Lazio) Flops: Vojvoda e Maripán (Lazio)
O confronto entre Torino e Lazio começou morno, mas explodiu em ação no segundo tempo, proporcionando um jogo de grandes emoções. Aos 8 minutos, Guendouzi abriu o placar para a equipe capitolina após assistência de Nuno Tavares, líder no quesito no campeonato, com quatro, em uma jogada que pegou a defesa do Toro desprevenida, após um erro no meio-campo. A primeira etapa não trouxe muitas outras oportunidades claras, exceto por uma dupla chance desperdiçada pelos mandantes perto do intervalo, com Ilic e Zapata quase empatando.
No segundo tempo, a Lazio ampliou com Dia, aos 60 minutos: o senegalês encerrou com chave de ouro sua semana extraordinária, com três bolas nas redes, chegou a cinco em 2024-25 e se tornou o artilheiro isolado da equipe. O Torino não se deu por vencido e, aos 67, Adams diminuiu a desvantagem com seu terceiro tento consecutivo, trazendo a torcida granata de volta à partida. O jogo, já elétrico, teve a expulsão de Paolo Vanoli, técnico mandante, e ganhou novo fôlego quando Noslin marcou o terceiro gol laziale apenas 30 segundos depois de sua entrada. O Toro ainda deu uma resposta rápida, com um voleio espetacular de Coco, mas já era tarde demais.
Foi a primeira derrota do Torino no campeonato, interrompendo um início de temporada além dos sonhos. Então líder, o time caiu para a terceira posição na tabela, com os mesmos 11 pontos de Inter e Milan, e agora enfrenta um difícil desafio no confronto direto com a Beneamata, em San Siro. A Lazio, por outro lado, alcançou a sexta colocação, somando 10, e parece estar ganhando ritmo após um início irregular. Com a vitória fora de casa, a equipe de Marco Baroni se prepara para duas partidas seguidas no Olímpico de Roma, incluindo o confronto pela Liga Europa, contra o Nice.
O Torino mostrou momentos de qualidade, especialmente com Adams, que mais uma vez provou ser um jogador importante para o time. Contudo, as falhas defensivas, exacerbadas pela ausência de Milinkovic-Savic no gol, ocupado por Paleari no fim de semana, deixaram os grenás vulneráveis. Já a Lazio soube explorar essas brechas e, com um ataque eficiente, garantiu os três pontos. A entrada de Noslin foi um trunfo para Baroni, e os romanos começam a dar sinais de que pode competir no topo da tabela se mantiverem essa consistência nos próximos jogos.
Gols e assistências: Cristante (Pellegrini) e Pisilli (Paredes); Pohjanpalo Tops: Pisilli e Cristante (Roma) Flops: Idzes e Candela (Venezia)
A Roma venceu o Venezia por 2 a 1 em uma partida tensa no estádio Olímpico, com o gol da vitória saindo apenas nos minutos finais. O jogo começou com o time visitante criando as melhores chances, com Svilar sendo forçado a fazer defesas importantes logo nos primeiros instantes. Aos 44, Pohjanpalo abriu o placar para os lagunari no rebote de uma bela jogada de Busio. Os vênetos quase ampliaram pouco depois, mas Mancini salvou em cima da linha.
No segundo tempo, a Roma aumentou a pressão, mas ainda encontrou dificuldades para furar a defesa do Venezia. Cristante empatou aos 74 minutos, em um chute de longa distância que desviou em Busio, mudando o rumo da partida. Nos momentos finais, o jovem Pisilli, formado nas categorias de base da Loba, garantiu a vitória ao cabecear um escanteio de Paredes, salvando os giallorossi de um resultado decepcionante.
Com a vitória, a Roma garantiu seis pontos em sete dias, após vencer a Udinese no último fim de semana, e chega com moral para o próximo compromisso na Liga Europa, contra o Elfsborg. Embora tenha sido um jogo complicado, a equipe de Ivan Juric conseguiu o triunfo e interrompeu a sequência negativa de desempenho em campo. Como o trabalho do croata ainda é recente, vale pontuar sem jogar bem.
A vitória suada veio em um momento crucial para a Roma, que busca consistência na temporada sob o comando de Juric. Mesmo sem Dybala, poupado após o duelo com o Athletic Bilbao, pela Liga Europa, a equipe mostrou resiliência diante de um Venezia organizado e perigoso nos contra-ataques. O desempenho abaixo do esperado no primeiro tempo, intensificado pela insatisfação da torcida com a diretoria e jogadores como Pellegrini, evidenciou as dificuldades ofensivas dos giallorossi, principalmente contra uma defesa bem postada. No entanto, a introdução de Baldanzi e Pisilli deu novo fôlego ao meio-campo, e a Loba soube aproveitar as oportunidades nos momentos decisivos, mostrando que, apesar das oscilações, ainda pode ser uma força competitiva no campeonato e nos torneios europeus.
Hernandez teve atuação brilhante e o Milan conseguiu triunfo elástico sobre o Lecce: o jogo virou para Fonseca? (Getty)
Gols e assistências: Castro (Ndoye); Samardzic (Zaniolo) Tops: Castro (Bologna) e Samardzic (Atalanta) Flops: Lucumí (Bologna) e Djimsiti (Atalanta)
No futebol, o destino parece mudar nos detalhes. No jogo entre Bologna e Atalanta, foi exatamente o que aconteceu. O time da casa tinha a vitória em mãos com o terceiro gol consecutivo de Santi Castro, num belo chute que abriu o placar logo no começo do segundo tempo. Mas o empate parecia escrito nas estrelas, e foi através da genialidade de Samardzic que a Dea arrancou o 1 a 1 nos momentos finais. A pérola do meio-campista, com um chute impecável de esquerda, encontrou o fundo das redes de Skorupski, apagando a esperança dos emilianos, que ficaram perto de conquistar sua primeira vitória em casa.
O Bologna mostrou ser um time mais resiliente, com uma defesa sólida e um meio-campo agressivo, que soube neutralizar o estilo característico da Atalanta. Os rossoblù, mesmo pressionados pelos nerazzurri e com Lucumí expulso após uma trapalhada monumental e falta em De Ketelaere, se segurou como pode. O jogo teve momentos de tensão desde o início, com chances claras para ambos os lados, e só na segunda etapa realmente ganhou vida. A Dea pressionou o tempo todo, e os mandantes, sem alternativas, tentaram resistir com contra-ataques rápidos, especialmente após a entrada de Dallinga.
Quando Samardzic acertou a trave, parecia que o jogo estava decidido em favor do Bologna, mas o meio-campista sérvio não se contentou com isso. Ele voltou a brilhar, dessa vez sem dar chances para o goleiro Skorupski, e garantiu o empate. Para os felsinei, que agora enfrentarão o Liverpool em Anfield, o resultado foi uma amarga lição: contra equipes como a Atalanta, a vitória só é garantida quando o apito final soa, e não há como bobear. Já para Gian Piero Gasperini e seus comandados, o ponto conquistado mantém viva a esperança de recuperação no campeonato.
Tops: Viti (Empoli) e Comuzzo (Fiorentina) Flops: Colombo (Empoli) e Colpani (Fiorentina)
O dérbi toscano entre Empoli e Fiorentina terminou sem gols, refletindo uma partida que, apesar das expectativas, não conseguiu se transformar em um espetáculo ofensivo. O primeiro tempo foi marcado por uma escassez de oportunidades claras, com o time mandante tentando ser mais proativo, mas sem sucesso nas finalizações. A Viola, por sua vez, encontrou dificuldades para se impor, criando poucas chances, e foi neutralizada pela bem organizada defesa azzurra.
Com o empate, o Empoli segue invicto na temporada, somando 10 pontos e consolidando sua posição no meio da tabela. Já a Fiorentina, com 7, continua lutando para encontrar consistência, especialmente fora de casa. O jogo mostrou a solidez defensiva do modesto time treinado por Roberto D’Aversa, que conseguiu segurar os avanços da Viola, mesmo quando a equipe visitante tirou jogadores de ataque do banco, na tentativa de mudar o rumo da partida.
Este resultado estende o jejum de vitórias da Fiorentina em Empoli: não consegue vencer no campo do rival desde 2016. Reflete, ainda, o quanto a equipe de Raffaele Palladino precisa ajustar seu jogo para competir melhor nas próximas rodadas, especialmente considerando seus compromissos na Serie A e na Conference League. Para os azzurri, os 10 pontos em seis partidas representam um ótimo – e absolutamente inesperado – começo de temporada.
A Lazio destronou o então líder Torino e entrou no pelotão de equipes da Serie A que brigam no topo da tabela (Getty)
Gols e assistências: Cutrone (Fadera), Cutrone (Paz) e Belotti (Mazzitelli); Lazovic (pênalti) e Lambourde (Tchatchoua) Tops: Cutrone e Moreno (Como) Flops: Suslov e Magnani (Verona)
O confronto entre Como e Verona foi cheio de emoções, com os donos da casa saindo vitoriosos por 3 a 2 no estádio Giuseppe Sinigaglia. O time treinado por Cesc Fàbregas dominou o primeiro tempo, abrindo o placar aos 44 minutos com um gol de Cutrone, coroando a pressão que exerceu desde o início da partida. No começo do segundo tempo, Lazovic empatou, de pênalti, mas logo em seguida Suslov foi expulso – recebeu dois cartões amarelos em sequência, sendo que o que gerou o vermelho foi bastante polêmico.
Com um homem a mais, o Como aproveitou e voltou a liderar o placar com outro gol de Cutrone – filho da terra, o ex-milanista começou a temporada voando e é um dos artilheiros do campeonato, com quatro tentos. Balançando as redes pela primeira vez por seu novo time, Belotti ampliou para 3 a 1 nos minutos finais, garantindo a vantagem necessária para a vitória. O Verona ainda diminuiu nos acréscimos, com Lambourde, mas não impediu sua terceira derrota seguida na Serie A.
A segunda vitória consecutiva do Como, sendo que ambas foram por 3 a 2, levou o time à oitava posição, com 8 pontos. Cutrone foi o grande destaque da partida, com dois gols, enquanto Paz também brilhou, chamando a atenção com sua habilidade. Para o Verona, a inferioridade numérica voltou a ser um problema. Paolo Zanetti precisa administrar melhor o ímpeto de seus atletas.
Gols e assistências: Man (Coulibaly) e Hernani (pênalti); Zortea (Luvumbo), Marin (Adopo) e Piccoli (Gaetano) Tops: Piccoli e Gaetano (Cagliari) Flops: Osorio e Delprato (Parma)
Em um jogo para lá de animado no Ennio Tardini, Cagliari e Parma protagonizaram uma batalha cheia de altos e baixos, com os rossoblù saindo vitoriosos por 3 a 2. Desde o início, o time visitante deixou clara sua agressividade, pressionando e abrindo o placar com Zortea, após um primeiro tempo de pura intensidade e dois gols anulados. Os mandantes tentavam reagir, mas pareciam desconectados em momentos cruciais. Até que, na segunda etapa, Coulibaly saiu do banco e serviu o romeno Man para o empate. No entanto, a estrela de Marin, compatriota do camisa 98 crociato, brilhou logo em seguida: chute de longe e um senhor golaço para colocar novamente os sardos à frente.
O Parma, mesmo instável, mostrou poder de reação. Após o pênalti sofrido por Charpentier, o brasileiro Hernani converteu com frieza, reacendendo a esperança dos donos da casa. Mas foi Piccoli quem, no lance seguinte ao empate, garantiu os três pontos para o Cagliari. A retaguarda do Parma, desfalcada e pouco organizada, voltou a ser o calcanhar de Aquiles, dando espaços preciosos que os visitantes não perdoaram. Hernani e Man se destacaram, mas faltou mais consistência e segurança defensiva para evitar o revés.
Para o Cagliari, a vitória suada representou muito mais do que três pontos: foi o fim de um jejum na temporada e a fuga da lanterna e da zona de rebaixamento. Já o Parma, sem Circati e Cancellieri, continua sua busca por estabilidade, acumulando resultados negativos e recorrentes falhas defensivas, que minam suas chances de recuperação.
Svilar (Roma); Kalulu (Juventus), Bremer (Juventus), Dimarco (Inter); Nuno Tavares (Lazio), Lobotka (Napoli), Anguissa (Napoli), Hernandez (Milan); Cutrone (Como); Lautaro (Inter), Vlahovic (Juventus). Técnico: Antonio Conte (Napoli).