
Calciopédia
·06 de março de 2025
A Fiorentina vacilou e perdeu para o Panathinaikos na ida das oitavas da Conference League

Calciopédia
·06 de março de 2025
O extenso histórico de refugadas da Fiorentina na Conference League ganhou um capítulo especial nesta quinta, 6 de março. Em jogo válido pela ida das oitavas de final da competição, a equipe de Florença viajou até a Grécia e voltou para casa zonza com um velho conhecido, que fez valer o retrospecto negativo dos violetas contra times helênicos. O meia-atacante Djuricic, que passou sete anos na Serie A, teve atuação de gala e foi o nome da vitória do Panathinaikos por 3 a 2.
A Fiorentina entrou no gramado do estádio Olímpico Spyros Louis, em Atenas, armada num 3-5-2 e com vários titulares. A rigor, somente três dos escalados pelo técnico Raffaele Palladino não têm feito parte do onze inicial violeta ao longo de 2024-25 – o goleiro Terracciano, o zagueiro Moreno e o meia Richardson. Do outro lado, o Panathinaikos treinado pelo português Rui Vitória espelhou o esquema dos italianos e precisou lidar com as ausências de nomes importantes, como Bakasetas, Zeca, Pellistri e Jedvaj. Ainda assim, os verdes podiam contar com boas peças, a exemplo de Dragowski, Willian Arão, Maksimovic, Tetê, Djuricic e Swiderski.
Até a bola rolar, a Fiorentina tinha enfrentado times gregos em competições da Uefa em seis ocasiões, obtendo somente uma vitória. E, pouco depois de a pelota deixar o círculo central, ficou evidente que a noite seria de mais dificuldades para os gigliati. Logo aos 5 minutos, Djuricic – que passou sete anos no futebol italiano, onde defendeu Sampdoria, Benevento e Sassuolo – carregou pela esquerda e rolou para Swiderski, ex-Verona. Reforço de inverno do Panathinaikos, o polonês nem dominou: chapou de canhota e encobriu Terracciano, abrindo o placar.
Kean foi um os que tiveram atuação apagada na noite pouco gloriosa da Fiorentina, em Atenas (EPA)
O início de partida da Fiorentina era ruim e ficou pior aos 19 minutos. Após um balão no meio-campo, Swiderski fez a torre e acionou Djuricic, na esquerda. O sérvio foi levando a bola e arriscou um peteleco de fora da área, numa finalização central e que não deveria oferecer riscos à Viola. Entretanto, o experiente Terracciano bateu roupa e soltou a pelota no pé de Maksimovic, que ampliou o placar para os mandantes.
Só depois de ter ficado numa desvantagem tão considerável é que a Fiorentina acordou no jogo – e de imediato. Na saída de bola posterior ao gol, Gosens recebeu lançamento longo, brigou e levantou para a área, onde Beltrán apareceu para cabecear para as redes. Em seguida, aos 24 minutos, a Viola buscou o empate. A jogada começou no lado direito, com Richardson, e circulou por todo o campo, na entrada da área grega. Após a inversão para Gosens, Fagioli bateu de esquerda e ainda contou com leve desvio em Willian Arão para superar Dragowski, ex-arqueiro gigliato.
Depois de conseguir o empate, a Fiorentina passou a viver os seus melhores momentos no jogo e criou algumas chances, apesar de mostrar inseguranças defensivas. No fim do primeiro tempo, a Viola ainda teve a alegria da virada cancelada por um milimétrico impedimento de Moreno, que havia aproveitado o rebote de uma cabeçada de Beltrán na trave dos gregos.
Fagioli chegou a empatar para a Fiorentina, mas Tetê decretou a vitória do Panathinaikos (Ekinissi)
A ida para o descanso acabou funcionando melhor para o PAO do que para a Fiorentina. Na volta do intervalo, o time de Rui Vitória, que havia crescido após as orientações do técnico nos vestiários, marcaria o gol decisivo do confronto: aos 55 minutos, o Panathinaikos evitou um contragolpe italiano, repartiu rapidamente e pegou a zaga violeta desorganizada. Djuricic passou rasteiro para a direita e, de canhota, o brasileiro Tetê colocou no cantinho de Terracciano.
Com a vantagem no placar, o Panathinaikos seguiu melhor em campo e as chances que se sucederam, de lado a lado, não foram tão expressivas – até a reta final da partida, se destacou apenas um petardo de Ounahi da entrada da área, aos 71 minutos, que Terracciano colocou para escanteio. O goleiro voltaria a aparecer já na casa dos 83, negando o gol ao endiabrado Djuricic. O sérvio deu um corte desmoralizante em Moreno e bateu no cantinho, obrigando o arqueiro a resvalar na bola com a ponta dos dedos. Na sequência do lance, a Fiorentina ainda contou com a ajuda da trave para não sofrer o quarto tento grego e se complicar ainda mais na eliminatória.
No fim das contas, a derrota por apenas um gol de diferença mantém a Fiorentina bastante viva no confronto, mas com um alerta: precisará melhorar bastante no Artemio Franchi, na próxima quinta, para bater o Panathinaikos, arquirrival do Olympiacos, seu algoz na decisão da Conference League em 2023-24. Considerando a trajetória oscilante que a Viola tem desenvolvido no torneio ao longo dos dois últimos anos, a torcida pode torcer pela reação. Confiar piamente nela? Impossível.