A Itália sofreu nas bolas aéreas e perdeu para a Alemanha na ida das quartas da Nations League | OneFootball

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·21 de março de 2025

A Itália sofreu nas bolas aéreas e perdeu para a Alemanha na ida das quartas da Nations League

Imagem do artigo:A Itália sofreu nas bolas aéreas e perdeu para a Alemanha na ida das quartas da Nations League

Pela ida das quartas de final da Nations League, nesta quinta, 20 de março, a Itália tinha a dura missão de encarar a Alemanha, em San Siro, em Milão. As duas seleções chegaram à partida com bons desempenhos na competição europeia, mas, para os italianos, o jogo representava a chance de encerrar um jejum de vitórias contra os germânicos: eram seis partidas sem vencer. Para se ter ideia, a última vez que a Nazionale derrotou a rival foi nas semifinais da Eurocopa de 2012, com grande atuação de Balotelli, autor de dois gols naquela ocasião. Bem, o tabu segue vigente e aumentou graças à derrota por 2 a 1 dos azzurri.

Luciano Spalletti, técnico italiano, escalou a Nazionale com três zagueiros e alas bem avançados para ocupar toda a faixa ofensiva do campo. No entanto, precisou lidar com a ausência de Dimarco, titular no flanco esquerdo – substituído por Udogie. Na frente, Retegui também ficou de fora e Kean assumiu a posição. Do outro lado, Julian Nagelsmann não teve Ter Stegen, Brandt, Wirtz, Havertz, Gnabry e Güllkrug. Assim, apostou no veterano Baumann como goleiro e deu espaço a Amiri e Burkhardt, do Mainz, surpresa da Bundesliga.


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Nos primeiros sete minutos, a Alemanha teve mais volume de jogo, mas a Itália adiantou suas linhas de marcação, dificultando as jogadas perigosas do adversário. A estratégia dos azzurri funcionou rapidamente. Bastoni achou uma bela inversão de jogo para Barella e, após um ótimo passe em profundidade do meia pelo lado direito, Politano ajeitou na área. Tah tentou afastar e a bola sobrou para Tonali, que finalizou sem chances para o gol aberto e inaugurou o placar, aos 9.

A verticalidade do futebol da Itália estava funcionando bem, até então. Por outro lado, os alemães preferiam levar o jogo de maneira cadenciada quando tinham a posse de bola. Aos 15, a primeira grande chance da Alemanha saiu com Goretzka, que cabeceou por cima do gol defendido por Donnarumma. Cinco minutos depois, o meio-campista germânico arriscou um chute forte de fora da área, mas o arqueiro italiano fez a defesa com segurança.

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A Itália marcou cedo e fez um bom primeiro tempo, mas terminaria sucumbindo após o intervalo (Getty)

Já aos 29 minutos, Tonali soltou uma pancada da entrada da grande área, obrigando Baumann a espalmar. A Squadra Azzurra seguiu pressionando e, aos 32, Politano descolou um belíssimo passe para Kean, que pegou de primeira, após o quique da bola, mas parou numa bela defesa do goleiro alemão, que cedeu o escanteio. No último lance do primeiro tempo, Amiri cobrou falta próxima à área, mas o chute passou por cima do gol de Donnarumma.

A Itália fez um ótimo primeiro tempo e, pelas chances que criou, até poderia ter ampliado o placar. Isso, evidentemente, preocupou Nagelsmann, que fez duas alterações no intervalo – sacou Raum e Burkhardt, colocando Schlotterbeck e Kleindienst. Uma das trocas logo fez efeito e a segunda etapa começou de forma desastrosa para os azzurri.

Apenas três minutos depois do retorno do descanso, a Alemanha empatou com Kleindienst. O atacante de 1,94 m aproveitou um excelente cruzamento de Kimmich e cabeceou para o chão, sem chances para Donnarumma – uma falha da zaga italiana permitiu que ele subisse sem oposição. Aos 52, o polivalente jogador do Bayern de Munique apareceu sozinho na pequena área, mas parou em uma defesa crucial do goleiro italiano.

A Itália precisava reagir. Aos 54 minutos, Udogie cabeceou na área, e a bola bateu no peito de um defensor alemão, resultando em escanteio. Os azzurri seguiram insistindo, e Tonali, com um lindo passe de calcanhar pelo alto, encontrou Kean, que finalizou forte para mais uma defesa de Baumann, aos 65 minutos. A chance mais clara da Nazionale saiu no minuto seguinte: o regista do Newcastle encontrou Raspadori livre na ponta da área, mas o atacante finalizou fraco e desperdiçou uma grande oportunidade.

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Com dois erros em jogadas aéreas, a Itália sofreu a virada da Alemanha (Getty)

Assim, o velho ditado do futebol prevaleceu: “quem não faz, leva”. Aos 76 minutos, após escanteio cobrado pela esquerda, Kimmich cruzou no primeiro pau, e Goretzka cabeceou no canto esquerdo de Donnarumma, virando o jogo para os alemães. Mais uma vez, num erro coletivo, que envolveu Ricci e Bastoni, primordialmente, a Itália sofria um gol numa jogada aérea. Algo que já havia preocupado contra a França, na fase de grupos da Nations League.

Depois da amarga virada, a Itália se lançou desesperadamente ao ataque em busca do empate. Aos 77, Baumann fez boa defesa após um quase gol contra da defesa alemã. Nos minutos finais, Barella chutou rasteiro para fora, e Maldini – que entrara no lugar de Raspadori – arriscou um forte chute, mas o arqueiro germânico, mais uma vez, impediu o gol azzurro.

No fim, a Itália fez um excelente primeiro tempo, criando boas chances para construir um placar mais confortável. No entanto, a equipe não manteve o mesmo nível na segunda etapa, e a fragilidade nas jogadas aéreas voltou a ser um problema – e logo contra França e Alemanha, suas duas maiores rivais. Assim, os germânicos chegaram a sete partidas de invencibilidade no confronto, algo que jamais havia ocorrido no clássico, cujo histórico pendia para os azzurri.

Agora, resta saber como Spalletti ajustará o seu time para o confronto da volta, em Dortmund, no dia 23 de março. Qual Nazionale veremos? O local do jogo, pelo menos, é de boas recordações. Afinal, foi no antigo Westfalenstadion que a seleção bateu a Nationalmannschaft nas semifinais da Copa de 2006, concluída com seu tetracampeonato mundial.

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