Gazeta Esportiva.com
·03 de julho de 2024
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·03 de julho de 2024
Por André da Silva Costa
O Brasil decepcionou e voltou a patinar na Copa América. Já era esperado que a Seleção encontrasse dificuldades no jogo contra a forte equipe da Colômbia, mas a atuação aquém das expectativas é preocupante e deixa muitas dúvidas em relação às quartas de final, diante do Uruguai.
Evidente que o time brasileiro não teria a mesma facilidade em comparação ao duelo frente ao Paraguai. Entretanto, o que mais preocupa é a forma como o Brasil foi dominado pelos colombianos.
O jogo, sobretudo no primeiro tempo, foi de muitas transições para os dois lados. Ambas as equipes pareciam querer acelerar muito em determinados momentos, o que fez a partida ficar sem controle – para os dois lados – e com muitos erros técnicos, como perdas da posse de bola, passes equivocados e enfins.
O Brasil pode e deve reclamar do pênalti claro não marcado em Vinicius Júnior no primeiro tempo. Mas, o que não é compreensível, é a maneira como a equipe de Dorival Júnior se comportou no segundo tempo.
Precisando de uma vitória para assumir a liderança do grupo e escapar do Uruguai nas quartas, o Brasil basicamente assistiu a Colômbia jogar. A equipe de Néstor Lorenzo trocava passes, colocava a Seleção na roda e ouvia até mesmo gritos de ‘olé’ vindo das arquibancadas.
A Amarelinha, além de não criar praticamente nenhuma chance perigosa na etapa final (a não ser uma bela cobrança de falta de Raphinha), mal conseguia passar do meio-campo ao enfrentar a pressão colombiana na saída de bola.
O mesmo, porém, não acontecia do outro lado. O Brasil não levava perigo, mas deixava a Colômbia rodar a bola com muita liberdade. Quando roubava a bola, acelerava pelas laterais, ignorava o meio de campo, e a perdia rapidamente.
É preciso que o Brasil tenha atuações mais protagonistas se pretende ir longe na Copa América. Há motivos de sobra para se preocupar com o Uruguai, que detém 100% de aproveitamento e vem jogando muito bem sob a batuta de ‘El Loco’ Marcelo Bielsa.
Dorival tem que encontrar, e rápido, um caminho para que a Seleção jogue como a equipe pentacampeã mundial que é. E pior, sem Vini Júnior, suspenso. Se não, os uruguaios vão atropelar o Brasil e acrescentar mais um feito à lista de vexames recentes desta equipe, que não consegue mais brilhar como outrora.