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·05 de dezembro de 2024

Análise: falta de ambição do São Paulo devia abrir espaço para reservas após novo tropeço

Imagem do artigo:Análise: falta de ambição do São Paulo devia abrir espaço para reservas após novo tropeço

Marcelo Baseggio

O São Paulo já está de férias. Não de forma oficial, é claro, porque falta a última rodada do Campeonato Brasileiro para ser disputada no próximo fim de semana, mas é evidente que a ambição do elenco comandado pelo técnico Luis Zubeldía já não é mais a mesma após conseguir se classificar diretamente para a fase de grupos da Libertadores, não por mérito próprio, importante ressaltar.


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O Tricolor não possui qualquer outro objetivo nessa reta final de Brasileirão, é verdade, mas, ainda assim, Luis Zubeldía decidiu colocar em campo nesta quarta-feira, contra o Juventude, força máxima. Era o último jogo do São Paulo diante de sua torcida no ano, portanto, era importante se despedir de forma digna da multidão que apoiou o time durante toda a temporada. Não deu.

O que se viu em campo foi um São Paulo bastante apático, ineficiente, incapaz de furar o sistema defensivo do Juventude, que iniciou a rodada com risco de ser rebaixado, mas deixou o Morumbis com a permanência na Série A garantida.

O São Paulo até teve mais posse de bola, girava de um lado para o outro, mas não desenvolvia as jogadas no último terço do campo. Com isso, o time abusou de cruzamentos, na esperança de André Silva conseguir completar alguns deles para o fundo das redes, mas o homem de referência do Tricolor ficou refém da falta de criatividade de seus companheiros, embora também não tenha tido sucesso em um pivô sequer.

Faltam movimentos coordenados, jogadas ensaiadas e, sobretudo, organização na hora de atacar. A impressão que dá é de que o São Paulo, quando passa do meio-campo, se rende ao improviso puro. O trabalho de Zubeldía precisa, sim, se desenvolver na parte ofensiva.

Defensivamente, nesta quarta-feira, o São Paulo também apresentou falhas, sejam elas individuais, como a de Luiz Gustavo, que originou o primeiro gol do Juventude, ou coletivas. No decorrer da temporada, o Tricolor não apresentou tantas deficiências na parte de marcação, mas o conforto de já ter feito tudo o que tinha de fazer faltando duas rodadas para o fim do Brasileirão também comprometeu a performance da equipe contra o Juventude.

Há pouco tempo para corrigir o que vem sendo exibido nas últimas semanas. E qual seria a necessidade disso se em poucos dias todos os jogadores estarão de férias? O fato é que Luis Zubeldía e muitos desses atletas seguirão defendendo as cores do São Paulo em 2025. A postura nesta reta final de Campeonato Brasileiro, entretanto, não deve se repetir. Independentemente dos objetivos alcançados, metas batidas, entre outras coisas, a mentalidade de quem veste vermelho, branco e preto deve ser a de vencer sempre, a de não se acomodar nunca.

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