MundoBola Flamengo
·15 de abril de 2025
Análise tática: como joga o Juventude de Fábio Matias

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·15 de abril de 2025
Nesta quarta-feira (16), às 21h30 (de Brasília), Flamengo e Juventude se enfrentam no Maracanã em um confronto que, historica e estatisticamente, tem um claro favorito: o Rubro-Negro. Desde 2006, nas edições de pontos corridos da Série A, o Mengão venceu os cinco confrontos em casa contra o clube gaúcho.
Apesar do favoritismo, o Flamengo vive um momento de oscilação como mandante. Nos últimos três jogos no Maracanã, não conseguiu vencer. Empatou com o Fluminense por 0 a 0, na final do Carioca, com o Internacional, por 1 a 1, na estreia no Brasileirão e perdeu para o Central Córdoba, por 2 a 1, na Libertadores.
Na temporada como mandante, soma 57% de aproveitamento geral (cinco vitórias, dois empates e três derrotas). Contudo, sob o comando de Filipe Luís, esse número sobe para 71% (cinco vitórias, dois empates e uma derrota).
Do outro lado, o Juventude, do técnico Fábio Matias, chega ao Rio de Janeiro com números pouco animadores fora de casa. É o sexto pior visitante da temporada, com apenas 33% de aproveitamento (duas vitórias, um empate e quatro derrotas), a quarta pior defesa (10 gols sofridos, média de 1,43 por jogo) e apenas uma partida sem sofrer gols.
O ataque também não impressiona: são sete gols marcados como visitante (média de um por jogo), o que o coloca como o 12º entre os visitantes.
No entanto, o Juventude tem um ponto forte bem definido: o jogo aéreo. Dos últimos seis gols marcados, cinco foram em bolas alçadas na área. Dos 12 gols marcados a partir de jogadas aéreas na temporada, nove vieram de cruzamentos, tanto pela direita quanto pela esquerda.
Essa estratégia ofensiva pode ser crucial, já que o Flamengo tem mostrado dificuldades nesse tipo de jogada: dos nove gols sofridos na temporada, cinco aconteceram pelo alto, e três deles a partir de cruzamentos.
O duelo tático se desenha com o Flamengo dominando a posse e buscando infiltrações por meio de passes curtos e trocas rápidas. Sete dos últimos dez gols do Mais Querido tiveram origem nesse tipo de construção.
Já o Juventude deve atuar com linhas mais baixas, apostando na compactação defensiva e em transições rápidas, além de explorar ao máximo os cruzamentos ofensivos.
Apesar da diferença no poder ofensivo, o Juventude finaliza mais no Brasileirão (13 finalizações por jogo) do que o Flamengo (12,3), mas tem menor eficiência: precisa de praticamente 10 chutes para marcar um gol, enquanto o Mengão é o quarto time mais eficaz da competição, com um gol a cada 7,4 finalizações.
Na defesa, o time de Filipe Luís se destaca: é o que menos permite finalizações adversárias (6,3 por jogo), e precisa sofrer, em média, 9,5 chutes para tomar um gol.
A expectativa é de um duelo de ataque contra defesa, com o Flamengo impondo ritmo e controle e o Juventude tentando resistir e aproveitar ao máximo as bolas na área ou conta-ataques.