Austrália faz jogo impecável na defesa e consegue vitória fundamental contra a Tunísia para seguir viva | OneFootball

A Austrália arrancou uma vitória à sua imagem: muito aguerrida, com marcação voraz e sem medo de se defender. Com um gol solitário no primeiro tempo, a Austrália conseguiu a vitória por 1 a 0 sobre a Tunísia, que mantém o time vivo na disputa por uma vaga nas oitavas de final. A Tunísia, por sua vez, fica muito perto de ser eliminada depois de um empate e uma derrota e precisará de uma combinação de resultados para sobreviver.

Escalações

A Tunísia veio com uma mudança no setor ofensivo. Saiu Anis Ben Slimani e entrou Naïm Sliti. No mais, o time foi o mesmo da estreia contra a Dinamarca. Já a Austrália fez uma mudança na defesa: Nathaniel Atkinson, que fez péssimo jogo contra os franceses, deu lugar a Fran Karacic. No mais, o time foi o mesmo em nomes, mas com um esquema de jogo diferente: saiu do 4-1-4-1 para o 4-3-3, adiantando os jogadores de lado de campo para o ataque.

Primeiro tempo

Os primeiros minutos do jogo foram com a Austrália dominando a bola e não deixando a Tunísia sair jogando. Como era de se esperar, era um jogo bastante físico, especialmente pelo lado da Austrália.

Aos 18 minutos, os tunisianos finalmente conseguiram encaixar um ataque em velocidade, com o camisa 9, Issam Jebali, recebendo pela direita e tocando rasteiro para trás, mas Youssef Msakni não conseguiu dominar e ter espaço para finalizar. Ao menos foi uma chegada.

O primeiro chute a gol só saiu aos 20 minutos, quando o ala Mohamed Drager pegou um rebote e, de fora da área, arriscou. Mandou longe, porém. Para um jogo que teve 20 minutos sem finalizações, já era alguma coisa.

Só que a primeira finalização da Austrália seria muito mais precisa. Em uma bola longa, Mitchell Duke fez a parede no meio-campo, recebendo da defesa, e iniciou a jogada, saindo da pressão tunisiana naquele momento. Craig Goodwin recebeu pela esquerda e fez o cruzamento para a área onde Duke chegou com tudo, deu uma casquinha na bola, desviando e matando o goleiro Aymen Dahmen.

A Tunísia respondeu em uma boa jogada, que começou em uma cobrança de lateral rápida para acionar o centroavante Issam Jebali, a marcação chegou, a bola foi dividida, Youssef Msakani ficou com a sobra e tocou para Mohamed Drager, que finalizou, mas foi travado por Harry Souttar.

Antes do fim do primeiro tempo, a Tunísia chegou com muito perigo. Em jogada trabalhada pela direita, toque para trás e finalização de Msakni, no canto do goleiro, mas a bola saiu. A Tunísia terminou o primeiro tempo melhor, mas ainda atrás no placar.

Segundo tempo

O técnico Jalel Kadri mudou o time já no intervalo. Colocou em campo Ferjani Sassi no lugar de Mohammed Drager. Com isso, mudou o seu posicionamento defensivo, saindo de um 3-4-2-1 para um 4-3-3, com Msakni e Naim Sliti encostando em Issam Jebali. Dylan Bronn, inicialmente zagueiro, virou um lateral direito mais defensivo, liberando Abdi, do outro lado, para avançar.

Os australianos não tinham nenhuma vergonha de defender o resultado. Deram alguns passos para trás e tentaram fechar os espaços antes de qualquer coisa. Os tunisianos passaram a dominar as ações, mas sentiam dificuldade de abrir a defesa. Os africanos usavam muito os lados do campo, tentando fazer passes rasteiros, já que jogar no algo para uma linha defensiva tão alta como a australiana era problema.

Para tentar achar caminhos para o gol, o técnico Jalel Kadri colocou em campo o ídolo Wahbi Khazri, que foi reserva nos dois jogos, mas que é um dos diferenciais técnicos. A Tunísia tinha muita vontade, a torcida apoiava, em maior número no estádio, mas faltava criatividade para sair do ferrolho australiano.

A atuação defensiva da Austrália foi tão boa que se recuperou até quando o zagueiro Kye Rowles apanhou da bola, dando uma oportunidade para a Tunísia, mas Harry Souttar, um dos melhores em campo, fez uma recuperação fantástica para impedir o gol. Por mais que jogadores como Ellyes Skhiri e Naïm Sliti tenham se apresentado bastante no ataque e feito bons jogos, não conseguiram quebrar a boa defesa australiana.

A vitória ficou mesmo com a Austrália, que somou seus primeiros três pontos. Vai para o último jogo, diante da Dinamarca, muito viva na disputa por uma vaga e dependendo só de si: basta vencer os dinamarqueses. Claro, é uma missão difícil, mas só de não depender de outro time já é algo. Para a Tunísia, a situação é mais difícil. Ainda depende do resultado entre França e Dinamarca nesta rodada, mas de qualquer forma, precisará vencer a França na última rodada, o que por si só já é um resultado difícil.

Ficha técnica

Tunísia 0x1 Austrália

Local: Estádio Al Janoub, em Al WakrahÁrbitro: Daniel Siebert (Alemanha)Gols:  Mitchell Duke (Austrália)Cartões amarelos: Aissa Laïdouni, Ali Abdi, Ferjani Sassi (Tunísia)Cartões vermelhos: nenhum

Tunísia: Aymen Dahmen; Dylan Bronn (Wajdi Kechrida), Yassine Meriah e Montassar Talbi; Mohamed Drager (Ferjani Sassi), Ellys Skhiri, Aissa Laïdouni (Wahbi Krazri) e Ali Abdi; Naïm Sliti, Youssef Msakni; Issam Jebali (Tata Yassine Khenissi). Técnico: Jalel Kadri

Austrália: Mathew Ryan; Fran Karacic (Milos Degenek), Harry Souttar, Kye Rowles, Aziz Behich; Jackson Irvine, Aaron Mooy, Riley McGree (Ajdin Hrustic); Mathew Leckie (Keanu Baccus), Mitchell Duke (Jamie MacLaren) e Craig Goodwin (Awer Mabil). Técnico: Graham Arnold