Jogada10
·06 de maio de 2025
Botafogo de Renato Paiva tenta desfazer imagem de time bipolar

Jogada10
·06 de maio de 2025
O Botafogo de 2025 tem algo muito peculiar. Desde a chegada do técnico Renato Paiva, no fim de fevereiro, é um time extremamente bipolar. Ou seja, muda do vinho para a água quando sai do Estádio Nilton Santos. Nesta terça-feira (6), às 19h, na Venezuela, o Mais Tradicional visita o Carabobo, pela quarta rodada do Grupo A da Copa Libertadores. Uma chance para encerrar esta bipolaridade que tanto incomoda elenco, direção, comissão técnica e torcida.
No Colosso do Subúrbio, o Alvinegro, sob a batuta de Paiva, tem quatro vitórias (Juventude, Carabobo, Fluminense e Capital) e um empate (São Paulo), números que correspondem a 86,6% de aproveitamento dos pontos. O time marcou 12 gols e sofreu apenas dois. Um retrospecto que reforça a condição de atual campeão sul-americano e brasileiro.
Criticado, Paiva, como local, tem o melhor resultado entre os técnicos que passaram pelo Botafogo, durante a era SAF, nos cinco primeiros compromissos no Engenho de Dentro. Ele supera, inclusive, Artur Jorge, dono dos canecos da Libertadores e do Brasileirão.
Fora de casa, o quadro muda drasticamente. Paiva, em seis partidas, obteve cinco derrotas e um empate. Não ganhou e tampouco viu o time balançar a rede adversária em quase 600 minutos. Apresenta, assim, um aproveitamento irrisório de 5,5%. É de longe o pior desempenho desde a chegada de John Textor como sócio majoritário da SAF alvinegra.
“Os resultados fora de casa não têm sido coincidentes com aquilo que fazemos em casa. Ser uma equipe de duas caras, para quem quer lutar por títulos, não é bom. Temos obviamente que corrigir a situação. Nem sempre jogamos mal fora de casa, mas, de fato, os resultados, ainda que por 1 a 0, foram placares curtos, mas foram derrotas. Devemos mudar essa perspectiva”, afirmou o treinador do Botafogo.
Luís Castro (2022-2023) – Duas vitórias, um empate e duas derrotas – Oito gols marcados e cinco sofridos – 46,6% de aproveitamento
Bruno Lage (2023) – Três vitórias e dois empates – 11 gols marcados e cinco sofridos – 73,3% de aproveitamento
Lucio Flavio (2023) – Um empate e três derrotas (demitido antes do quinto jogo) – Sete gols marcados e nove sofridos – 8,3% de aproveitamento
Tiago Nunes (2023-2024) – Três vitórias e dois empates – 6 gols marcados e um sofrido – 73,3% de aproveitamento
Artur Jorge (2024) – Quatro vitórias e uma derrota – 11 gols marcados e quatro sofridos – 80% de aproveitamento
Renato Paiva (2025) – Quatro vitórias e um empate – 12 gols marcados e dois sofridos – 86,6% de aproveitamento
Luís Castro (2022-2023) – Três vitórias, dois empates e uma derrota – Sete gols marcados e quatro sofridos – 61,1% de aproveitamento
Bruno Lage (2023) – Quatro empates e duas derrotas – Três gols marcados e cinco sofridos – 22,2% de aproveitamento
Lucio Flavio (2023) – Duas vitórias, um empate e uma derrota (demitido antes de completar seis jogos) – Seis gols marcados e quatro sofridos – 58,3% de aproveitamento
Tiago Nunes (2023-2024) – Uma vitória, dois empates e três derrotas – Sete gols marcados e oito sofridos – 27,7% de aproveitamento
Artur Jorge (2024) – Três vitórias, um empate e duas derrotas – Oito gols marcados e seis sofridos – 55,5% de aproveitamento
Renato Paiva (2025) – Um empate e cinco derrotas – Nenhum gol marcado e cinco sofridos – 5,5% de aproveitamento
Obs: o Jogada10 não considerou os números de treinadores interinos (Cláudio Caçapa, Fábio Matias e Carlos Leiria).