Jogada10
·08 de abril de 2025
Brasil tem a menor quantidade de técnicos na Libertadores no século

Jogada10
·08 de abril de 2025
A má fase dos técnicos brasileiros cruzou fronteiras e chegou à América do Sul. Um levantamento do “Bolavip Brasil” descobriu que o número de treinadores nascidos no país envolvidos na disputa da fase de grupos da Libertadores, principal competição do continente, é o menor no século. São apenas três, todos eles à frente de equipes brasileiras: Filipe Luís (Flamengo), Rogério Ceni (Bahia) e Roger Machado (Internacional).
Número é cinco vezes menor do que o que representa a quantidade de treinadores argentinos na competição sul-americana: 16, incluindo os dois treinadores nascidos na Argentina à frente de times brasileiros: Juan Pablo Vojvoda, do Fortaleza, e Luis Zubeldía, do São Paulo.
Não há brasileiros comandando times estrangeiros na Libertadores deste ano. Último brasileiro a treinar equipe de outro país na competição foi Paulo Autuori, à frente do Sporting Cristal, do Peru, na edição de 2023.
A presença de técnicos brasileiros em equipes de primeira linha de países sul-americanos nunca foi muito grande, mas se tornou ainda mais escassa. No começo do século, em 2003, o Brasil chegou a ter dois treinadores à frente de equipes estrangeiras na Libertadores.
Desde 2000 que a fase de grupos da Libertadores conta com 32 equipes, divididas em oito grupos. E nunca a competição teve tão poucos técnicos brasileiros como atualmente.
Dois brasileiros treinam equipes estrangeiras na Sul-Americana deste ano. Tiago Nunes, velho conhecido da torcida brasileira, com passagens por Athletico, Corinthians, Grêmio, Ceará e Botafogo, está à frente da Universidad Católica, do Chile.
Já o Boston River, do Uruguai, é treinado por Jadson Viera, ex-zagueiro nascido no Rio Grande do Sul, mas que fez praticamente toda carreira no futebol uruguaio. Na época de jogador, aliás, o único clube brasileiro que defendeu foi o Vasco, em 2010.
São mais treinadores brasileiros na Sul-Americana do que na Libertadores deste ano: seis, contra três.
Disputar competições continentais é um sinal de prestígio para times e seus treinadores. Com nove técnicos envolvidos na disputa da Libertadores e na Sul-Americana, o futebol brasileiro tem menos treinadores nos dois torneios do que equipes participantes: 14.
Numa comparação com o futebol argentino, são 28 treinadores nascidos na Argentina sonhando com o título continental, seja na Libertadores, seja na Sul-Americana.
Isso significa que, para cada treinador brasileiro nas competições, são três argentinos. A maior parte está treinando equipes de fora da Argentina, uma vez que o futebol argentino conta com 12 equipes envolvidas com as duas competições internacionais.