Gazeta Esportiva.com
·24 de setembro de 2024
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Mais uma vez, o Santos decepcionou seu torcedor na Vila Viva Sorte. O Peixe só empatou com o Novorizontino, por 1 a 1, pela Série B do Campeonato Brasileiro, nesta segunda-feira, e deixou o gramado sob vaias. Logo após a partida, o técnico Fábio Carille compreendeu o protesto.
Carille crê que as vaias no término do jogo são “válidas”. Ele disse que, anteriormente, a torcida vaiou o time durante a partida e que isso fez mal à equipe.
“A vaia no final eu acho válido. O que mudou é que durante o jogo estão apoiando. Precisamos dessa atmosfera aqui dentro. Nos últimos jogos não estava legal, passou isso para o campo. Depois do jogo é normal, mas o que mudou é que, durante o jogo, estão apoiando”, afirmou.
Apesar das críticas, o treinador enxerga seu trabalho à frente do Santos como positivo. Caso contrário, ele mesmo crê que já teria sido mandado embora.
“Considero um trabalho bom, mas sempre buscando melhorar. Se não fosse bom, não estaria mais aqui. A diretoria acompanha, 95% dos jogos aconteceu aquilo que nós mostramos e treinamos. Se não fosse claro com os jogadores, de passar para eles o que precisa ser feito, eles já teriam me mandado embora. Sou ciente dessa situação. Somos claros com a diretoria e com os jogadores”, comentou.
Por outro lado, Carille fez elogios ao Novorizontino. Ele ponderou que é “mais fácil destruir que que construir”. Mas, disse que a equipe é muito bem treinada por Eduardo Baptista.
“Mais uma equipe que estudamos muito. Sabíamos que não teria surpresa, mas eles fazem muito bem. O ponto forte deles é cruzamento, como foi o gol. Acho que dobraram em cima do Chermont, um zagueiro teve que sair da área e deixou a área mais limpa do que deveria estar. É uma equipe que, por um ponto, não subiu no ano passado. Fez um Paulista muito bom, foi melhor que o Palmeiras na semifinal. Sabe o que tem que fazer, jogadores já estão há mais de dois anos juntos. O Eduardo [Baptista] também está há muito tempo. O time é muito bem treinado, tem uma bola aérea forte. É um time de Série B mesmo, de muita competição”, avaliou.
“É muito mais fácil destruir do que construir. O time do Novorizontino é isso. Não se expõe, jogam no erro. Eles ficam esperando, sem se afobar. Pode jogar na área que eles têm três zagueiros. Nossas chegadas foram mais pelas laterais. O gol saiu com uma infiltração do Otero. Uma equipe que está há muito tempo junto, sabe jogar essa divisão. Precisamos ter sabedoria, paciência. É uma ideia do Novorizontino, que está dando certo. Faz parte. Nós podemos ser melhor. Aí é questão de tomar as melhores decisões em campo. A gente pode ser melhor, sim”, acrescentou.
Com o resultado, o Santos perdeu a chance de virar líder da Segunda Divisão e somou mais um ponto, chegando a 50 e ficando um abaixo do Tigre. Fábio Carille faz as contas para o acesso e crê que, atingindo 64, a equipe irá garantir a vaga na Série A. O treinador pediu sabedoria ao Peixe na reta final do torneio.
“As equipes que vêm aqui nos respeitam. Aceleramos muito no fim dos jogos quando não temos o resultado, temos que ter um pouco mais de calma. É uma pressão normal, quem está em casa sempre busca a vitória. Temos que querer ganhar, mas temos que ter sabedoria e calma para incomodar mais”, disse.
“Minha cobrança foi para melhorar fora e pelo menos manter em casa. Mas isso não aconteceu. Melhoramos fora de casa, mas não mantivemos o nível aqui. Precisamos melhorar, temos cinco em casa e cinco fora. São 30 pontos em disputa para fazer 14. Quanto antes fizermos 14, pensamos em título. Vamos trabalhar bastante para conseguir nossos objetivos”, finalizou.
O próximo compromisso do Santos na Série B está marcado para este sábado. A equipe enfrentará o Operário-PR, na Vila Viva Sorte, pela 29ª rodada do torneio. A bola rola a partir das 18h (de Brasília).