Esporte News Mundo
·07 de abril de 2025
Carille perde apoio, sofre pressão interna e futuro depende de sequência em casa

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·07 de abril de 2025
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Após a derrota do Vasco por 3 a 0 para o Corinthians, pela segunda rodada do Campeonato Brasileiro, a pressão sobre o técnico Fábio Carille aumentou consideravelmente. O revés em São Paulo expôs ainda mais as fragilidades do time, que também desperdiçou uma vitória importante sobre o Melgar, na Sul-Americana, ao ceder o empate nos minutos finais após abrir 3 a 1. Nos últimos três jogos, o Cruzmaltino sofreu sete gols, o que agrava ainda mais a situação.
Agora, Carille terá dois confrontos seguidos em São Januário – um momento decisivo para tentar reencontrar o caminho das vitórias e reverter a pressão tanto no cenário nacional quanto internacional. No entanto, o ambiente nos bastidores não é dos mais favoráveis.
A diretoria vascaína tem se mostrado incomodada com a postura da equipe em campo, especialmente pela forma como o time se retraiu no Peru e acabou castigado no fim. Contra o Corinthians, mais uma atuação apática e abaixo das expectativas aumentou a desconfiança sobre o trabalho do treinador, que já começa a ter sua permanência questionada de forma mais contundente nos corredores de São Januário.
Críticas públicas, como as feitas por Pablo Vegetti, e decisões questionáveis do técnico durante o confronto contra o Corinthians expuseram ainda mais o clima de insatisfação com a atual comissão técnica do Vasco. Nos bastidores, a avaliação é clara: o ambiente está desgastado. Nesse cenário, o presidente Pedrinho já está convencido de que o ciclo de Carille no clube precisa ser encerrado.
A demissão ainda não aconteceu por conta do curto intervalo entre os compromissos da equipe. A Agência RTI Esporte apurou que Pedrinho chegou a tomar a decisão de desligar o treinador no fim de semana, mas foi convencido a adiar pelo menos até o duelo da próxima terça-feira (08), contra o Academia Puerto Cabello, da Venezuela, pela Copa Sul-Americana, em São Januário.
Além da questão esportiva e do calendário apertado, há também um obstáculo financeiro relevante: a multa rescisória. Carille foi contratado no início de 2025, com contrato vigente até 31 de dezembro deste ano, a rescisão poderia custar cerca de R$ 6,3 milhões aos cofres do clube.
Caso opte pela demissão, o Vasco terá que negociar um acordo para parcelar a rescisão contratual, abrindo espaço na folha salarial para a chegada de um novo treinador. A sequência de jogos não oferece margem para um novo técnico implementar seu trabalho com calma.
Até o momento, o Vasco não iniciou contatos no mercado para buscar um substituto. Nos bastidores, um nome sempre citado com admiração pelo presidente Pedrinho é o de Fernando Diniz. O dirigente nunca escondeu seu apreço pelo estilo do treinador e o desejo, em algum momento, de trabalhar com ele.