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·15 de maio de 2025

Caso Bruno Henrique: casa de apostas identifica cinco apostadores envolvidos à PF

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A plataforma Blaze confirmou à Polícia Federal (PF) o envolvimento de cinco pessoas em apostas relacionadas ao cartão amarelo de Bruno Henrique na partida contra o Santos, válida pelo Brasileirão de 2023.  O depoimento foi repassado às autoridades no decorrer das investigações que apuram um esquema de manipulação de resultados envolvendo o atacante do Flamengo e pessoas próximas.

Os cinco apostadores, segundo a Blaze, obtiveram R$ 3.896 de lucro com a punição de Bruno Henrique. O grupo apostou R$ 1.948 — valor total — e recebeu R$ 5.844 apenas com o cartão amarelo. Entre os nomes revelados, estão Douglas Ribeiro, que fez duas apostas — uma de R$ 64 (com R$ 192 de ganho) e outra de R$ 150 (R$ 450); Rafaela Cristina, que apostou R$ 634 e obteve R$ 1.902; Claudinei Vitor, com um investimento de R$ 600 e retorno de R$ 1.800; e Andryl Sales, que fez de R$ 500 e ganhou R$ 1.500.


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De acordo com a PF, trata-se do segundo núcleo de apostadores do caso. Isso porque os agentes identificaram o primeiro grupo, composto por familiares do jogador, ainda no início das investigações.

Envolvimento direto de Bruno Henrique

A investigação conduzida pela PF identificou uma participação ativa do jogador no esquema, algo que suspeitava-se desde o início. Não demorou muito, e as trocas de mensagens entre o atacante e seu irmão, Wander Nunes Pinto Júnior, reforçaram a tese. Isso porque em uma das conversas extraídas do celular de Wander indicam que Bruno informou previamente sobre a chance de forçar um amarelo no jogo.

Seu irmão, então, responde sugerindo que “guardaria dinheiro” para apostar. Ainda segundo a PF, os investigadores analisaram cerca de 3.989 mensagens no WhatsApp do atacante, embora centenas tenham sido excluídas. O conteúdo que restou serviu de base para o indiciamento do jogador por estelionato e fraude em competição esportiva.

Posicionamento da Blaze

Em nota, a Blaze reiterou sua colaboração integral com as investigações, respeitando os limites da legislação brasileira. A empresa destacou que, em conformidade com o Marco Civil da Internet (Lei nº 12.965/14) e a Lei de Lavagem de Dinheiro (Lei nº 9.613/98), forneceu prontamente os dados cadastrais básicos dos envolvidos, conforme solicitado pela PF. Ainda segundo a plataforma, a apresentação de informações financeiras e detalhadas sobre as apostas dependeria de ordem judicial.

A casa de apostas reforçou seu compromisso com a integridade esportiva e afirmou que repudia qualquer prática ilícita. A Blaze também afirmou operar regularmente no Brasil, com licença definitiva concedida pela Secretaria de Prêmios e Apostas do Ministério da Fazenda, e garantiu estar à disposição das autoridades sempre que necessário.

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Contexto do caso

Em abril de 2025, a Polícia Federal indiciou Bruno Henrique e outras dez pessoas por fraude esportiva, incluindo familiares do jogador. O caso levantou novos questionamentos sobre a relação entre atletas profissionais e plataformas de apostas, especialmente diante da crescente popularização desse tipo de serviço no país.

Possíveis sanções

Conforme o código disciplinar vigente, caso seja declarado culpado, o camisa 27 pode receber uma suspensão de seis meses a dois anos. Cabe pontuar que a presidência do STJD pode determinar um afastamento preventivo do atleta a qualquer momento, porém, não há qualquer indício neste sentido por ora. Sendo assim, o atleta segue à disposição do Flamengo.

A cúpula rubro-negra ainda não se manifestou oficialmente sobre o caso. Sabe-se que, internamente, o clube acompanha o desenrolar dos fatos e aguarda o posicionamento formal das autoridades competentes.

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