oGol.com.br
·10 de agosto de 2024
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A maior campeã olímpica está de volta à decisão da medalha de ouro. A seleção feminina estadunidense chegou em Paris sem o mesmo favoritismo de outros momentos, mas confirmou sua grandeza durante os Jogos e se credenciou para mais uma final olímpica.
Ao longo da história, os Estados Unidos ficaram no lugar mais alto do pódio em quatro Olimpíadas. Campeã na primeira edição olímpica do futebol feminino em 1996, as americanas emplacaram cinco finais consecutivas até 2012. Com duas vitórias sobre o Brasil, em Atenas e Pequim, e outras duas sobre Japão e China, a seleção estadunidense se tornou a maior detentora de medalhas de ouro.
Entretanto, desde Londres 2012, os Estados Unidos não chegavam na final e acumulavam duas eliminações precoces, caindo nas quartas para a Suécia, no Rio de Janeiro, e na semi para o Canadá, em Tóquio.
Após 12 anos, a seleção americana desembarcou na França buscando se livrar da desconfiança, e, depois de uma trajetória frustrante na última Copa do Mundo, conseguiu construir uma campanha sólida para retornar a uma final olímpica.
A seleção norte-americana cumpriu com a sua missão na fase de grupos e avançou com 100% de aproveitamento. Com goleadas sobre Zâmbia e Alemanha, e vitória confortável sobre a Austrália, as americanas chegaram às quartas como líderes do grupo C.
Além disso, a campanha estadunidense acabou tendo papel fundamental para a classificação da seleção brasileira para o mata-mata. Na última rodada, a vitória diante da Austrália garantiu o Brasil como segundo melhor terceiro colocado e mandou a seleção da Oceania de volta para casa.
No mata-mata, entretanto, o selecionado dos Estados Unidos encontrou grandes desafios e precisou duas vezes da prorrogação para seguir vivo na disputa da medalha de ouro. Com duas vitórias por 1 a 0 sobre Japão e Alemanha, as norte-americanas chegaram na decisão exigindo fisicamente muito da sua equipe, mas demonstrando frieza nos momentos decisivos.
Sem Alex Morgan, uma das referências técnicas desta geração, os Estados Unidos precisaram dividir o protagonismo entre seu trio ofensivo para voltar a brilhar no futebol feminino. Aos 26 anos, Mallory Swanson é a jogadora mais "experiente".
Na sua segunda Olimpíada, a atacante já anotou três gols, todos na fase de grupos. Jogadora do Chicago Red Stars, Swanson soma 66 partidas pela seleção, com 27 gols marcados. Pelo seu clube, na atual temporada, Swanson balançou as redes sete vezes em 15 jogos.
Ao contrário de Swanson, Trinity Rodman é a jogadora mais jovem do setor ofensivo e a terceira mais nova do elenco com apenas 22 anos. Com três gols na competição, Rodman anotou o gol decisivo diante do Japão, que classificou os Estados Unidos para a semifinal.
A promessa americana costuma atuar pelo corredor direito do campo. Nesta Olimpíada, Rodman já compôs o meio-campo, atuando como ala, e também jogou adiantada na composição de ataque. A jogadora atua pelo Washington Spirit e, na atual temporada, somou nove participações em gols em 15 jogos.
A referência ofensiva dos Estados Unidos costuma ficar à cargo de Sophia Smith. A camisa 11 garantiu os Estados Unidos na decisão olímpica, marcando o gol solitário na vitória contra a Alemanha. A atacante, de 24 anos, também balançou as redes três vezes na competição e divide a artilharia americana com as companheiras.