oGol.com.br
·14 de novembro de 2024
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O futebol e a arte, invariavelmente, se misturam. A cidade de Florença, um dos símbolos dessas duas expressões, vive um despertar. A Fiorentina ressurge como potencia na Itália e se posiciona como uma sensação do futebol local. E muito graças a dois personagens que viveram momentos de baixa no passado recente, como o próprio clube: David De Gea e Moise Kean.
Se o jargão diz que todo bom time começa por um grande goleiro, a Fiorentina contou com o acaso para encontrar o seu camisa 1. Depois de um ano sabático, após fim do vínculo com o Manchester United, David De Gea é um atleta que, em "condições normais", o time italiano não conseguiria contratar.
A verdade é que, 11 jogos depois, De Gea já se transformou em peça fundamental para a Viola. Nesse período, o arqueiro passou quatro jogos sem ser vazado, pegou dois pênaltis, em triunfo contra o Milan, e iniciou essa jogada em vitória sobre o Hellas Verona, na última rodada.
A reposição perfeita do espanhol de 34 anos encontrou Moise Kean. O atacante deixou o defensor na saudade e bateu cruzado para anotar um hat-trick na partida. Uma pintura. O Renascimento da equipe de Florença, aliás, também passa muito pelo jovem jogador.
Criado na Juventus, Kean passou ainda pelo Verona, Everton e PSG, antes de retornar à Juve e por lá ficar nas últimas três temporadas. Apesar do início de carreira promissor, Moise não deu o próximo passo e foi descartado pela Velha senhora para 2024/25.
Até aqui, o jogador de 24 anos entrou em campo para 14 partidas e já ultrapassou a barreira de uma dezena de gols. São 11 tentos, além de uma assistência. Na sua carreira, Kean só anotou dez ou mais gols em uma temporada pelo PSG, em 2020/21 - foram 17 bolas na rede.
Para a nova disputa, a Fiorentina acertou a contratação de um treinador da nova safra. Raffaele Palladino, ex-jogador da seleção italiana, iniciou carreira nas categorias de base do Monza e foi alçado à equipe principal em 2022/23.
Em duas temporadas, Palladino comandou o Monza em campanhas sólidas e longe de qualquer risco de rebaixamento - um 11º lugar, em 2022/23, e o 12º posto em 2023/24.
Pela Fiorentina, o retrospecto do treinador de 40 anos, em 17 jogos, é de nove vitórias, seis empates e duas derrotas, sendo uma pelo Campeonato Italiano e outra pela Liga Conferência.
O destaque da Viola fica mesmo para a trajetória na Serie A. Com 25 pontos somados, a Fiorentina está em um bloco de seis equipes que lutam pelo topo da tabela no momento. O líder Napoli soma 26 e o sexto colocado, a Juve, tem 24.
Caso mantenha pelo menos a terceira colocação, a Fiorentina já faria a sua melhor campanha no Italiano nesse século. Em cinco oportunidades, a equipe ficou na quarta colocação, mas não fecha a disputa entre os cinco primeiros há quase uma década (2015/16).