Dorival Jr. admite insatisfação por momento da Seleção, mas aposta em sequência do trabalho: “Confiante” | OneFootball

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·28 de setembro de 2024

Dorival Jr. admite insatisfação por momento da Seleção, mas aposta em sequência do trabalho: “Confiante”

Imagem do artigo:Dorival Jr. admite insatisfação por momento da Seleção, mas aposta em sequência do trabalho: “Confiante”

As recentes atuações da Seleção Brasileira têm deixado a desejar. O técnico Dorival Júnior também não está satisfeito com o grupo que está sob seu comando desde janeiro deste ano. Contudo, o técnico aposta na sequência do trabalho para buscar o equilíbrio e se diz confiante que o Brasil voltará a conquistar os resultados importantes e se reestabelecer no cenário mundial.

Na tarde desta sexta-feira, Dorival convocou os 23 jogadores que irão disputar as nona e décima rodadas das Eliminatórias Sul-Americanas para a Copa do Mundo de 2026. Na última data Fifa, em setembro, o Brasil conquistou uma vitória e sofreu uma derrota.


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“É um trabalho que vem cumprindo algumas etapas. Todos pediram por uma reformulação, e ela passa pelo encontro de um equilíbrio entre a juventude de alguns que estão chegando e outros que possuem uma vasta experiência e ainda fazem parte de um grupo por merecimento. É você encontrar uma mescla saudável que faça com que a equipe continue nesse processo. Sei que não é satisfatório, nós também não estamos contentes com o momento. Mesmo entendendo que tivemos apenas dez jogos até então. Ainda assim, nos incomoda. Estamos preocupados em encontrar caminhos que nos dê uma solução, buscando as melhores alternativas para ter uma equipe confiável. É tudo o que queremos. Sei que não é um processo simples. Já tínhamos dez jogos, é natural que a equipe devesse estar em um momento diferente. É tudo o que queremos e buscamos”, disse.

“O trabalho é incessante para o alcance de uma regularidade. Sabemos que isso vai acontecer em algum momento. Me pauto por aquilo que vemos acontecer no Campeonato Brasileiro, onde uma equipe é soberana, favorita a uma conquista, e de repente ela já briga abaixo da décima colocação. Essa instabilidade nos ensinou que isso vai muito das convicções que você tem e, acima de tudo, do desenvolvimento do trabalho. O trabalho com base, sustentação, encontra caminhos. Não é simples, não é fácil, mas tenho certeza que daqui a pouco vamos encontrar tudo o que queremos. Nós estamos a dois anos de uma competição que será a mais importante dos últimos anos, em razão de tudo o que passamos até então. Não tenho dúvidas que essa equipe chegará muito forte para esse momento”, seguiu.

Em dez jogos sob comando de Dorival Jr., a Seleção Brasileira tem quatro vitórias, cinco empates e uma derrota. Além disso, o elenco passou por uma eliminação, por pênaltis, nas quartas de final da Copa América. Nas Eliminatórias, o Brasil ocupa a quinta posição da tabela de classificação para o Mundial, com dez pontos. O treinador pontuou a falta de um tempo de trabalho como um dos obstáculos a serem superados.

“Tivemos o período da Copa América, que foi muito importante. Em termos de resultados, tenho consciência que falta muita coisa, mas acredito em processos, seja em equipes ou na seleção. Dificuldades, nós teremos, assim como outros que por aqui passaram também encontraram, de repente. Queremos uma equipe confiável, jogando bem. Mas não podemos esquecer: está havendo uma reformulação. Os jogadores estão tentando se conhecer. Não é uma justificativa. Quando o Rodrigo (Caetano) fala da nossa apresentação domingo e a chegada dos atletas segunda, isso deve acontecer porque encontramos uma roda quase toda no sábado. Provavelmente tenhamos a totalidade na segunda, alguns na terça”, disse.

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“Em outros momentos, trabalharíamos quarta e quinta para jogar na sexta. Depois, o sábado seria de recuperação, o domingo não pode dar carga de trabalho. Segunda é pré-jogo e na terça já tem a segunda partida. Para uma equipe em montagem, em definição, não é simples. Você teria que estar trabalhando e repetindo para buscar soluções. Essa talvez seja a grande diferença entre clubes e Seleção. Hoje entendo o porquê muitos treinadores pela Europa não querem estar à frente de uma seleção. O tempo de trabalho é curto, a responsabilidade é maior e a obrigatoriedade de atuar dentro do nível do país que representa, é ainda maior. E se tratando de Seleção Brasileira é ainda maior. Estou feliz, muito contente e confiante que tudo isso vai gerar resultados lá na frente. Estamos nos dedicando muito para encontrar um caminho e um acerto para nossa Seleção”, seguiu.

“Em momento nenhum estamos satisfeitos. Já estive em clubes que engatilhávamos seis ou sete vitórias, na chegada, mas mesmo assim você não estava tranquilo, estávamos aliviados. É essa palavra que existe para quem está deste lado. Atletas e comissões, nós valorizamos as conquistas, mas em poucos momentos porque no dia seguinte você está se preparando para um desafio que deve iniciar a três quatro dias após a conquista. Em momento nenhum estamos totalmente tranquilos em relação a uma situação. Estamos sempre buscando soluções para os desafios, quer seja com o grupo ou individualmente”, avaliou.

Dorival também falou pela busca contínua de evolução em uma equipe, seja clube ou seleção. Para o técnico, do período de oscilação, o grupo tira lições para, posteriormente, valorizar os resultados positivos, que, de acordo com ele, aconteceram em breve.

“Confio que a sustentação de um trabalho parte de momentos como esse. Isso faz com que todos amadureçam, se responsabilizem mais e criem uma base que dê uma sustentação muito maior. Eu sempre confiei nesse tipo de trabalho. Às vezes você se aperta um pouco no início e na frente pode sentir que valeu a pena aquele sofrimento porque nos fez amadurecer e não vai ser diferente com a Seleção”, afirmou Dorival.

“O que sinto é que a Seleção Brasileira precisa não só encontrar um caminho um pouco mais regular, mas se estabelecer perante o cenário mundial de uma forma geral. Isso é uma obrigação nossa, temos que entender e nos responsabilizar por essa condição. Todo trabalho é voltado para isso. Acredito que estamos em um caminho importante, ainda que os resultados principais não estejam acontecendo. Mas não estão distantes, e podem ter certeza que não tardarão se continuarmos com esse trabalho da maneira digna como tem sido feita. Podem ter certeza que daqui a pouco estaremos em outra condição”, finalizou.

O Brasil entra em campo, primeiro, para enfrentar o Chile, no Estádio Nacional de Chile, em Santiago. A bola rola no dia 10 de outubro, às 21 horas (de Brasília), pela nona rodada das Eliminatórias. Depois, os brasileiros enfrentam o Peru, no dia 15, no Mané Garrincha, em Brasília, às 21h45.

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