Gazeta Esportiva.com
·22 de setembro de 2024
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Na manhã deste domingo, o São Paulo do técnico Thiago Viana terá uma missão complicada. Em busca do título inédito do Brasileirão feminino, o Tricolor paulista visita o Corinthians, às 10h (de Brasília), na Neo Química Arena.
O São Paulo não terá vida fácil, uma vez que precisa revertar um placar de 3 a 1, feito pelo Timão no jogo de ida. Contudo, a equipe são-paulina poderá contar com um reforço importantíssimo e que pode mudar a história do jogo. Trata-se de Dudinha.
No jogo de ida, a jovem jogadora esteve representando a Seleção Brasileira feminina sub-20 no Mundial da categoria. Com a eliminação brasileira nas quartas de final, ela retornou ao São Paulo e fica à disposição do técnico Thiago Viana para o confronto.
“Estou muito triste com a derrota da Seleção, mas muito feliz em poder jogar uma final representando o São Paulo. O São Paulo é uma paixão. Vou dar o melhor de mim. Se a gente conseguir conquistar esse título, representará muito para a minha carreira, porque iria ser o primeiro como profissional. Será minha primeira final como profissional e também no Brasileirão”, disse Dudinha em coletiva concedida na última sexta-feira no Museu do Futebol.
Dudinha já sabe o que é jogar contra o Corinthians na Neo Química Arena. A meia-atacante marcou um golaço contra as Brabas na final do Paulistão feminino de 2023. Na ocasião, porém, o Tricolor terminou com o vice-campeonato ao perder por 4 a 1 para o rival.
A jovem atleta contou um pouco da preparação que faz para as partidas e disse assistir a vídeos das rivais, mas revelou que o principal ponto é confiar em si mesma. Ela ainda deixou claro que dará tudo de si para ajudar o São Paulo na grande decisão.
“A gente estuda os times adversários, obviamente. Temos o analista, ele nos manda os vídeos individuais das meninas do Corinthians. Eu procuro muito ver vídeos das laterais, das zagueiras. Mas eu confio muito em mim, sei do meu potencial, das minhas características. O que eu levo quando eu vou jogar é confiar em mim, ir para cima, e fazer o que eu sei de melhor, que é correr, fazer gols algumas vezes e driblar”, finalizou Dudinha.
Capitã do São Paulo, Aline Milene também marcou presença na coletiva de imprensa no Museu de Futebol. A meio-campista comentou sobre o papel de liderança que vem exercendo na equipe e como isso pode fazer a diferença no compromisso deste domingo.
“Creio que, para mim, é um momento especial. Lembrei de Brasileiro que era a segunda final, mas também disputei uma final de Libertadores em 2019 contra o próprio Corinthians. Infelizmente naquela ocasião não saímos campeãs. Acho que eu trago não só a parte da liderança, mas também a parte de ter esse momento de ambição, de poder enfrentar uma grande equipe, poder concluir os objetivos disputando uma grande final. Acho que naquela ocasião, em 2019, o Corinthians era o time dos recordes, e a gente conseguiu fazer um feito inédito dentro do Parque São Jorge. Então temos que trazer à memória coisas que nos dão esperança. Para mim é trazer isso para o grupo”, destacou.
“Não vai ser nada fácil, mas no mais difícil, sempre procuramos a oportunidade para vivenciar os momentos grandes. São mais 90 minutos, enfrentando um grande adversário, em um ambiente bem hostil, com um cenário que é um glorioso para ambas as equipes. Acho que é isso que queremos ter, uma final de competição com toda essa representatividade. É trazer para as meninas mais novas. Temos outras no elenco que também passaram por finais, dentro do próprio Corinthians, então elas trazem para gente os melhores ‘glimpses‘ de como vivenciar uma final e enfrentar um adversário muito difícil”, complementou.
Por fim, a meia também destacou a importância dos dois jogos da final do Brasileirão feminino serem realizadas em grandes estádios, como o Morumbis e a Neo Química Arena. Ela celebrou toda a representatividade envolvida e agradeceu o apoio da torcida tricolor no último domingo.
“Para mim, é de uma representatividade muito grande. É muito importante quando nós como mulheres, no futebol feminino, poder jogar em dois grandes estádios de São Paulo. É o espaço que a gente merece e sempre batalhou para ter. Eu já tinha vivenciado uma semifinal de Brasileiro pelo São Paulo no Morumbis em 2022. Poder jogar uma final de Brasileiro ali foi super gratificante. A torcida estando lá, podendo preencher o Morumbis com 28 mil pessoas, para mim foi incrível vivenciar isso, porque empurra. É importante termos os espaços e fiquei muito feliz de ter disputado uma das finais no Morumbis”, concluiu a atleta.