FNV Sports
·09 de junho de 2020
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·09 de junho de 2020
Nesta segunda-feira (8), a Liga de Portugal se reuniu em Assembleia Geral. Assim, entre outras pautas, estava em discussão a ratificação do encerramento antecipado da Liga Pro, após decisão do Conselho de Justiça que suspendeu a medida anterior. No entanto, mesmo sem unanimidade, foi reafirmado posicionamento inicial e definido o procedimento de promoção e descenso. Dessa forma, o Feirense se manifestou contrário a decisão e irá recorrer aos tribunais para que a competição ainda prossiga até seu fechamento em campo.
Assim, ficou decidido que Nacional, da Ilha da Madeira, e Farense asseguram as vagas de acesso à Liga NOS em 2020/2021. Além disso, que Cova da Piedade e Casa Pia serão rebaixadas ao Campeonato de Portugal. Logo, o Piedade também é um dos clubes que luta pelo retorno da competição para este ano por ser um dos mais prejudicados com a medida.
Dessa forma, nesta terça-feira (9), o Feirense emitiu um comunicado. Logo, em nota, informa que seguirá na pretensão de suspender a decisão que definiu o encerramento antecipado da Liga Pro:
“A Assembleia Geral da Liga, reunida ontem em Assembleia Geral Extraordinária, aprovou a ratificação da deliberação da Direção da Liga em 5 de maio de 2020 (e deliberações subsequentes), que suspendeu definitivamente a Liga Pro e estabilizou a sua classificação final. Tal como explicado na referida Assembleia Geral, a todos os associados presentes e aos órgãos sociais da Liga, a Assembleia Geral não podia ratificar os referidos atos da Direção da Liga. E não o podia ter feito, por três motivos: (i) Em primeiro lugar, porque se encontra pendente no Conselho de Justiça da FPF um recurso que tem por objeto a referida deliberação da Direção da Liga; (ii) Em segundo lugar, porque a “suspensão definitiva” de uma competição e a estabilização da sua classificação final é competência exclusiva da Assembleia Geral da Liga e teria que ser efetuada através de alteração ao Regulamento das Competições: (iii) Em terceiro lugar, porque a ratificação não sana o vício insanável de violação de lei das deliberações que ratificou. Face às inúmeras ilegalidades verificadas em todo este processo, a CD Feirense SAD vê-se obrigada a recorrer aos meios legais ao seu alcance para fazer valer os seus direitos, infelizmente, fora de campo! A CD Feirense SAD, os seus profissionais, os seus associados e adeptos sentem-se defraudados e desrespeitados e prometem defender os seus interesses até às últimas consequências. Santa Maria da Feira, 9 de junho de 2020. A Administração.“
Inicialmente, após o período mais crítico da pandemia da Covid-19, a Liga de Portugal decidiu retomar o futebol no país. No entanto, apenas seriam continuadas as competições de elite que ainda estavam em andamento quando da paralisação no começo de março. Assim, a Liga NOS e a Taça de Portugal foram as escolhidas. Enquanto que as demais divisões nacionais seriam encerradas com a justificativa de não terem condições de garantir segurança à saúde dos envolvidos nos demais campeonatos.
Dessa forma, se sentindo prejudicados com a medida, Cova de Piedade e Feirense entraram com recursos no Conselho de Justiça da Federação Portuguesa de Futebol. Assim, no dia 25 de maio, foi aceito e dado efeito suspensivo a decisão através do pleito do Piedade. Enquanto que no último dia 3 de junho, o Conselho de Justiça julgou o acórdão do Desportivo. Já no dia 29 de maio, o Feirense entrou com recurso semelhante no mesmo órgão que foi aceito hoje (9). Logo, um dia após a ratificação da Liga de Portugal, novamente, dando efeito suspensivo a medida.
Foto destaque: Reprodução / Global Imagens