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·21 de março de 2021

Entrevista com Matheus Santana, meia do Reacreativo de Huelva

Imagem do artigo:Entrevista com Matheus Santana, meia do Reacreativo de Huelva

Pertencente ao Watford da Inglaterra, Matheus Santana de 23 anos atua pelo tradicional Recreativo de Huelva por empréstimo, que é o clube mais antigo da Espanha. Ele nos conta sobre o início de sua carreira, adaptação em solo europeu, inspirações e objetivos na sua carreira como jogador.

1- Pode nos contar um pouco como foi o início da sua trajetória no futebol? Desde pequeno quando tomou gosto pelo esporte, até virar jogador profissional?


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R: Comecei quando era muito pequeno, com 6 anos já estava na escolinha da minha cidade, Ribeirão claro – PR. Meu pai sempre me levava aos treinos que eram de terça e sábado, até os meus 15 anos fiquei nessa escolinha. Um projeto bastante humilde que em nenhum momento visava por jogadores em clubes. Dei a sorte de contar com bons treinadores onde me deram a oportunidade de sair fazer testes em alguns clubes, no caso o Guarani de Campinas. Ali comecei no sub-15, fiz toda a minha base ali, até o sub-17, logo fui para o Nacional, fiquei um ano e vim para Espanha (Granada), me adaptei bem ao país e aqui estou faz 4 anos.

2- Você não ficou muito tempo no Brasil no início de sua carreira, partindo pra Europa logo cedo. Como foram os primeiros dias em solo europeu? Como foi seu processo de adaptação?

R: Para mim era tudo muito novo, estava vivendo um sonho. Quando cheguei demorou um pouco para cair a ficha, tinha um pouco de dificuldade com o idioma, mas tive a sorte de encontrar outros brasileiros que estavam no Granada e me ajudaram bastante na adaptação. Dentro de campo sempre tive um bom relacionamento com todos e isso também me ajudou bastante. Em pouco tempo já estava bem acostumado ao país e também com a maneira de jogo deles (espanhóis).

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3- Desde que chegou ao Watford, vestiu a camisa de vários clubes. Como você resume e analisa sua passagem por esses clubes até aqui? Qual desses clubes você teve a melhor passagem?

R: Eu fiz uma boa temporada no Granada, que foi meu primeiro ano. Pude jogar com o filial e fiz bons jogos, chegando a treinar com o primeiro time do Granada. Tive também uma boa passagem pelo Don Benito, fiz bastante jogos e estava me sentindo bastante cômodo.

4- Quais são seus maiores ídolos no futebol? Você tem algum jogador que te inspirou a seguir na profissão?

R: Meu Ídolo sempre foi o Ronaldinho, sempre me transmitiu muita alegria. Quando eu o via jogar, acabava o jogo eu pegava a bola e saia na rua e chamava meus amigos pra jogar bola no campinho que tinha lá perto de casa, ele sempre foi uma inspiração para mim, não só para mim mas para muitos, porque como ele sempre mesmo dizia “futebol e alegria” e isso ele transmitia quando jogava.

5- O Recreativo Huelva é o clube mais antigo da Espanha. Pode nos contar um pouco como é a estrutura do clube?

R: É um clube que vive muito o futebol, tem uma grandíssima torcida, um lindo estádio e um bom campo de treinamento. Infelizmente o clube passou e ainda passa por algumas dificuldades financeiras, mas o Recreativo de Huelva é e sempre será muito respeitado por qualquer clube da Espanha. Como a gente sempre fala, “Al abuelo hay que respetar” e para mim é um orgulho vestir essa camiseta.

6- Você chegou a ter contato com a torcida do Recreativo? O que você está achando da temporada e da sua passagem por esse tradicional clube espanhol?

R: Tive pouco contato com a torcida. Quando eu joguei contra o Recreativo havia muita gente no estádio e foi muito bonito. Estando aqui não tive muito contato com eles por conta da pandemia, mas a torcida sempre está nos apoiando, seja no estádio ou em suas casas. Eles sempre nos transmite positividade. Infelizmente não estamos fazendo uma temporada como merecíamos ter feito, temos um bom time mas a sorte não vem nos acompanhando. Creio neste time e tenho certeza que vamos conseguir coisas bonitas com esta camiseta.

7- Como é sua relação com seus companheiros no Huelva? Você conseguiu se enturmar rápido? Teve algum companheiro seu que te ajudou na sua chegada?

R: Eu me relacionei muito rápido. Sou um menino que se relaciona fácil e com meus companheiros não foi diferente. Aqui todos temos uma relação de respeito e ao mesmo tempo de amizade, é uma grande virtude que este time tem.

8- Qual seu maior sonho no futebol?

R: Atuar com frequência na primeira Divisão (Premier League e La Liga), ganhar troféus, poder vestir algum dia a camisa da seleção brasileira. Isso seria uma realização não só para mim, mas também para meus pais.

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