Entrevista exclusiva com Thiago Rockenbach, brasileiro com vasta passagem no futebol alemão | OneFootball

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·31 de março de 2025

Entrevista exclusiva com Thiago Rockenbach, brasileiro com vasta passagem no futebol alemão

Imagem do artigo:Entrevista exclusiva com Thiago Rockenbach, brasileiro com vasta passagem no futebol alemão

Entre peneiras, recomeços e títulos: a trajetória do brasileiro Thiago Rockenbach na Alemanha

Thiago atuando pelos Touros Vermelhos do RBL (Foto: Karina Hessland/Bongarts/Getty Images)

O Fussball Brasil traz mais uma entrevista especial para os fãs do futebol alemão no Brasil. Desta vez, a conversa é com um clássico camisa 10 brasileiro que construiu toda a sua carreira profissional na Alemanha, vestindo camisas tradicionais e conquistando feitos de destaque no futebol local. Estamos falando de Thiago Rockenbach da Silva, nascido em Marechal Cândido Rondon, no estado do Paraná.


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Filho do ex-jogador Gilmar Madeira — que passou por clubes como Botafogo, Coritiba e Criciúma — e de mãe brasileira com origens alemãs, Thiago Rockenbach se mudou ainda recém-nascido com a família para Balneário Camboriú, em Santa Catarina. A mudança foi motivada pela transferência do pai para o Marcílio Dias, de Itajaí — clube que também teria papel importante nos primeiros passos de Thiago no futebol.

Durante a infância, o Marcílio Dias foi sua casa. Aos 12 para 13 anos, Thiago chegou a fazer testes no Flamengo, no Rio de Janeiro, mas acabou não sendo aprovado. Por volta dos 14, teve uma breve passagem pelo Guarani, de Campinas (SP), onde ficou por um ano até retornar ao clube catarinense. O ponto de virada veio em uma peneira do SC Internacional realizada em Luiz Alves, cidade próxima a Balneário Camboriú. Aprovado, ele seguiu para Porto Alegre para participar da segunda etapa da seleção de talentos do clube gaúcho.

No Beira-Rio, ingressou em uma equipe altamente competitiva, o que dificultou seu espaço. Ainda assim, um olheiro alemão atento ao seu talento durante os treinamentos se encantou com seu futebol e o convidou para seguir rumo à Alemanha, em 1999, aos 16 anos.

Seu primeiro destino foi o Hamburgo SV, onde passou nos testes e passou a viver nas instalações do clube. No entanto, um impasse entre dois empresários que o representavam resultou em sua saída precoce do HSV. Pouco depois, foi levado ao Benfica, de Portugal, onde também foi aprovado. O clube, no entanto, já havia excedido o limite de estrangeiros na base e, embora oferecesse contrato, pretendia emprestá-lo ao Vitória de Setúbal. Após alguns meses em Portugal, ele decidiu retornar à Alemanha em comum acordo com seu agente.

De volta a Hamburgo, chegou a ser reintegrado ao clube, mas recebeu uma nova oportunidade: realizar testes no SV Werder Bremen. Aprovado em 2002, com 16 para 17 anos, Thiago se estabeleceu por lá e permaneceu até 2007. Pela equipe Sub-19 do Werder, disputou 21 jogos e marcou 12 gols. Em seguida, foi promovido ao Werder Bremen II, onde atuou em 81 partidas, anotando 15 gols e fornecendo 5 assistências.

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Rockenbach em partida pelo Werder Bremen II (Foto: Alexander Hassenstein/Bongarts/Getty Images)

Ao longo de sua carreira, vestiu as camisas de clubes como Rot-Weiss ErfurtFortuna DüsseldorfRB LeipzigHertha BSCBFC DynamoTennis Borussia BerlinBerlin United e Brandenburger SC Süd. Entre os títulos conquistados, destacam-se: duas Copas de Bremen (2003/04 e 2006/07) com as categorias de base do Werder Bremen; duas Copas da Turíngia (2007/08 e 2008/09) pelo Rot-Weiss Erfurt; duas Copas da Saxônia (2010/11 e 2012/13) pelo RB Leipzig; além do título da Regionalliga Nordost com o RB Leipzig na temporada 2012/13. Posteriormente, voltou a levantar um troféu na temporada 2016/17, com o BFC Dynamo, ao conquistar a Copa de Berlim.

Rockenbach também foi um dos nomes importantes nos primeiros anos de existência do RB Leipzig, deixando sua marca na história do clube. Com 14 gols em 85 partidas, ele ocupa atualmente a 24ª posição no ranking de artilheiros do time. Além disso, é o nono maior assistente da história do RB Leipzig, com 30 passes para gol. Sua trajetória inclui a participação na campanha que garantiu o acesso da equipe da 3. Liga para a 2. Bundesliga, consolidando seu papel na ascensão dos Touros Vermelhos no cenário do futebol alemão.

ENTREVISTA COMPLETA COM THIAGO ROCKENBACH

1 - Fussball Brasil: Qual foi a sua primeira impressão ao chegar em um clube como o SV Werder Bremen?

Thiago Rockenbach - "Foi como colocar uma criança numa loja de doces e falar 'toma'. Eu morei no Weserstadion por seis anos. Porque sabemos que aqui no Brasil é mais difícil, não há muitos campos bons, muitas vezes você tem que se locomover por horas em transporte. Lá era como se fosse um hotel, cada um tinha o seu quarto e ainda havia um baita refeitório. Fiquei fascinado pela estrutura do clube. Por coincidência, no ano em que eu cheguei foi quando o Bremen foi campeão da Bundesliga e da DFB-Pokal. Creio que ali foi um salto de um clube mediano para top, então eu vivi essa fase do Bremen."

2 - Qual foi o brasileiro que mais te ajudou no SV Werder Bremen?

Thiago Rockenbach - "O que mais me ajudou foi o Aílton. Quando eu cheguei, era muito novo e ele já era consagrado no clube. O brasileiro, no exterior, quer estar rodeado de brasileiros e acaba por não aprender a língua, não se integra à cultura. Eu nunca quis isso — não que eu não gostasse dos brasileiros, sempre gostei —, mas queria aprender a língua, queria aprender a cultura, fazer parte da sociedade deles. O Aílton me abraçou. Fui muitas vezes à casa dele, ele sempre me levava para jantar. Ele foi o cara que mais me ajudou. Mas até hoje falo bastante com o Naldo. Com ele, desenvolvi uma grande amizade e estive com ele até há pouco tempo."

3 - Você chegou na Alemanha em 2002, ano em que o Brasil ganhou a Copa do Mundo diante da Alemanha. Havia muita expectativa em jogadores brasileiros naquela época?

Thiago Rockenbach - "O brasileiro, em 2002, era idolatrado em qualquer lugar do mundo. Então, caso chegasse um brasileiro no time, os caras já pensavam: "Pô, esse brasileiro deve jogar muito..." Mas, com o passar dos anos, notei que esse respeito pelo brasileiro foi se perdendo, foi diminuindo. O futebol do Brasil foi ficando para trás e eles foram evoluindo. Quando eu cheguei lá, os alemães eram “duros”, o futebol era engessado — tinha que trazer gente de fora para fazer o jogo fluir. Então, quando eu cheguei, todo mundo queria estar perto. Na base, todo mundo perguntava: "Como é que tu faz isso?" Aí pediam para eu fazer embaixadinha, essas coisas. Então, sim, em 2002 o brasileiro tinha muita moral, mas hoje em dia já não é a mesma coisa. Está no mesmo nível, talvez até um pouco abaixo."

4 - Você era um típico camisa 10, jogando como meia-armador, mas também foi um jogador bastante versátil. Qual era tua posição preferida?

Thiago Rockenbach - "Na minha época, o camisa 10 era a posição mais rara do futebol. Então, todo mundo queria ter um 10. Hoje em dia, essa posição praticamente não existe mais — o 10 está extinto. A dinâmica do futebol atual não permite isso. É tudo muito rápido, muita força, muita tática. Eu jogava centralizado, mas, por exemplo, no RB Leipzig, atuava como um 10 pela esquerda — como o Ronaldinho Gaúcho na época do Milan, jogando como um 10 mais aberto. Ali o futebol já estava mudando, começando a empurrar os camisas 10 para os lados. Depois, também atuei como segundo atacante."

5 - Há alguma história de bastidor que ninguém conhece nos seus primeiros anos por lá?

Thiago Rockenbach - "Eu fui convocado para a Seleção Sub-19 da Alemanha. Isso até atrapalhou um pouco o meu andamento no Werder Bremen. Participei dos treinos, fiz parte do grupo, mas não quis me naturalizar alemão porque o meu sonho era jogar pela Seleção Brasileira. O pessoal do Bremen ficou "louco" comigo, porque isso também mexeu com o ego deles."

6 - Qual clube que você passou e que você carrega as melhores recordações?

Thiago Rockenbach - "O que mais me deu visibilidade foi o RB Leipzig, pela história e por onde o clube chegou depois. Mas o time em que eu mais joguei bola mesmo foi o Rot-Weiss Erfurt. Até hoje recebo muitas mensagens de fãs, pedindo camisa, autógrafo... A 3. Liga da Alemanha é a mais forte do mundo. Eu gostei mais de jogar na terceira liga do que na 2. Bundesliga — joguei as duas, mas, para mim, a 3. Liga é melhor tecnicamente. Então, o meu melhor momento jogando futebol foi no Rot-Weiss, mas o meu melhor momento profissional foi no RB Leipzig."

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Thiago em disputa de bola com Thomas Müller em duelo entre Rot-Weiss Erfurt e FC Bayern de Munique (Foto: Arquivo Pessoal)

7 - Na chegada ao RB Leipzig, como era a estrutura do clube nos primeiros anos de projeto?

Thiago Rockenbach - "Era o começo de tudo. O RB Leipzig havia acabado de comprar os direitos de um time da quarta divisão, o SSV Markranstädt. Eu estava no Fortuna Düsseldorf, na 2. Bundesliga. A ideia do Leipzig, na época, era contratar os melhores jogadores das divisões superiores que eles pudessem comprar e pagar. Vieram alguns jogadores da primeira e da segunda só por causa da grana. Eu estava prestes a voltar para o Brasil de férias, mas eles me encontraram no aeroporto de Frankfurt e marcamos uma reunião. Me mostraram o projeto e falaram: "Em sete anos estaremos na UEFA Champions League. Você quer participar?" Eu pensei comigo mesmo: "Em sete anos na UCL? Um time que acabou de comprar um clube da quarta divisão?" Eles disseram que iriam investir pesado — e eu acabei decidindo jogar lá, também pela questão financeira. Saí do Fortuna Düsseldorf justamente no ano em que eles subiram para a Bundesliga. Chegando lá, o estádio (Zentralstadion, hoje Red Bull Arena) já chamava atenção por ser de Copa do Mundo. E eles estavam começando a construir o centro de treinamento, que hoje em dia é coisa de outro nível. Naquela época, a gente ainda se trocava em contêineres, mas os campos de treino já eram sensacionais. Era o início de tudo… Era legal, mas não se compara ao que é hoje".

8 - Qual foi a cidade da Alemanha que você mais gostou de viver?

Thiago Rockenbach - "Berlim! Morei nove anos por lá e estive novamente na cidade no ano passado — é simplesmente sensacional, sem palavras. Durante esse período, joguei no BFC Dynamo, que fica em uma região da cidade onde se concentram muitos extremistas. É complicado, porque ainda há pessoas com pensamentos muito antigos. Berlim tem uma parte bastante multicultural, mas outra que nem tanto. No caso do BFC Dynamo, a torcida conta com núcleos de neonazistas — talvez seja o clube com mais presença desse tipo na Alemanha."

9 - Você sofreu racismo na Alemanha?

Thiago Rockenbach - "Muito pouco. Porque os alemães sofreram muito com o Nazismo e sabem que a imagem deles não é das mais limpas para o mundo. Então, quando acontecia algo relacionado ao racismo na rua, todo mundo já repreendia, a polícia chegava rapidamente e prendia — o racismo lá é realmente proibido. Só que sempre existem os "otários", principalmente em cidades pequenas. Quando cheguei em Leipzig, a cidade não tinha quase nada; hoje é diferente, muito por conta do desenvolvimento do clube. Leipzig fica na antiga Alemanha Oriental, e quando íamos jogar amistosos em cidades menores... nossa, meu Deus do céu. As pessoas já tinham uma grande aversão ao RB Leipzig naquela época, diziam que era um clube comprado, sem tradição. Então, quando a gente jogava, quebravam nossos ônibus, jogavam objetos em campo, e tudo mais. Mas eu só sofri racismo uma única vez, e foi no BFC Dynamo. Eu era o capitão do time, e os torcedores começaram a fazer barulho de macaco. No intervalo, disse que não voltaria a campo se aquilo continuasse. O locutor do estádio então anunciou que, se os insultos persistissem, os responsáveis seriam banidos do estádio e o clube seria punido. Tomaram uma atitude — talvez até contragosto —, mas, depois de alguns meses, percebi que ali não era o meu lugar."

10 - Houve algum clube que você passou e não gostou?

Thaigo Rockenbach - "O Fortuna Düsseldorf foi a minha pior passagem. A gente tinha um treinador que era muito difícil de lidar, o Norbert Meier. Eu fui contratado pelo diretor esportivo, que já me conhecia da época do meu período em Bremen. Então, quando cheguei lá, o treinador não me queria — ele queria outro jogador. Sendo assim, o Norbert foi muito nojento comigo. Me colocava entre os relacionados e, do nada, me cortava. Ele fazia isso para humilhar mesmo. Por isso, pedi para sair com apenas seis meses de contrato e fui para o RB Leipzig."

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Thiago Rockenbach com a camisa do Fortuna Düsseldorf (Foto: Arquivo Pessoal)

11 - Qual foi o estádio mais difícil de jogar pelo fator torcida?

Thiago Rockenbach - "O estádio mais difícil foi o do Carl Zeiss Jena, o Ernst-Abbe-Sportfeld. Quando eu jogava no Rot-Weiss Erfurt, disputei o Derby da Turíngia contra eles, e jogar lá era muito complicado. O Erfurt tem uma torcida ligada à esquerda, enquanto alguns torcedores do Jena têm vínculos com a extrema-direita. Eu sempre gostei de ambiente hostil, mas lá extrapolava os limites — era perigoso. Os caras tacavam pedras no nosso ônibus. Não era só uma questão de xingamentos, você realmente sentia medo de eles invadirem o vestiário e partirem para a agressão. Eles queriam violência."

12 - Qual foi estádio mais bonito que você jogou?

Thiago Rockenbach - "Eu joguei no estádio do Borussia Dortmund (Westfalenstadion/Signal Iduna Park) contra a equipe II deles, mas, para mim, o Zentralstadion/Red Bull Arena, em Leipzig, é o mais bonito. Morei por bastante tempo ali também. É um baita estádio."

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Yussuf Poulsen e Thiago Rockenbah em um treino do RB Leipzig (Foto: Arquivo Pessoal)

13 - Qual foi o jogador mais resenha que você conheceu na Alemanha?

Thiago Rockenbach - "Muitas das minhas amizades com alemães duram até hoje. Eu me adaptei muito à cultura deles e andava pouco com brasileiros. Tenho um amigo na seleção alemã, o Robert Andrich (Bayer Leverkusen). Morávamos juntos na época em que passei pelo Hertha BSC. Como eu era mais velho, tinha mais condições que ele, que ainda era dos juniores, e acabei ajudando bastante, até financeiramente. Virou meu parceiro — vivemos muitas coisas juntos. Sinceramente, não imaginava que ele se tornaria o que é hoje. São as voltas que o mundo do futebol dá."

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Rockenbach à esquerda, Robert Andrich no centro e um amigo da dupla à direita (Foto: Arquivo Pessoal)

14 - Como foi o clima da Copa do Mundo em 2006? Diga como foi viver isso de perto.

Thiago Rockenbach - "A Alemanha estava vivendo um processo de reformulação. Utilizaram muitos jovens e se prepararam para as Copas do Mundo futuras. Então, ali entre 2006 e 2008, começou o que resultou no sucesso de 2014. E, sem fugir muito do tema, eu penso que é isso que a Seleção Brasileira deveria começar a fazer desde agora. Mas, por aqui, só pensam no "hoje e no agora". Em 2006, foi lindo por lá — parava tudo, as ruas estavam sempre cheias. O amor que os alemães têm pela Nationalmannschaft é demais. Poder viver esse momento lá foi surreal. Em 2014, eu também estava na Alemanha, e, graças a Deus, ninguém me "zoou", me respeitaram — mas eu não acreditava no que estava acontecendo."

15 - Qual foi o zagueiro mais difícil que você enfrentou na Alemanha?

Thiago Rockenbach - "Eu joguei contra o Antonio Rüdiger (Real Madrid) quando ele ainda estava na base do VfB Stuttgart. Mas o Lúcio, brasileiro... esquece, foi o mais difícil. Na hora que você ia dominar a bola, ele já te antecipava — no corpo a corpo, era muito forte. Disparado, foi o melhor zagueiro que enfrentei."

16 - Você acha que alguma coisa faltou na sua carreira na Alemanha?

Thiago Rockenbach - "Jogar a Bundesliga foi a única coisa que me deixou triste, se eu for analisar minha carreira como um todo. Eu estava muito bem na base do SV Werder Bremen, mas caí num time campeão. Entre os profissionais, eu era relacionado, mas não tinha oportunidades por conta da grande disputa que existia: Micoud, Özil, Diego... os melhores da posição na época. Ainda assim, fui muito feliz por onde passei. Por exemplo, eu gostava muito mais de jogar na 3. Liga do que na 2. Bundesliga — era um futebol mais vistoso, com menos pancadaria, estádios cheios... eu adorei jogar na 3. Liga. Fiz o que pude, mas talvez eu pudesse ter me dedicado um pouco mais quando estava no auge."

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Thiago Rockenbach em foto de perfil na passagem pelo Hertha BSC (Foto: Arquivo Pessoal)

17 - Em algum momento você pensou em regressar para jogar no futebol brasileiro?

Thiago Rockenbach - "Não, nenhum. Eu estava na Europa desde os 16, 17 anos e acredito que não me acostumaria com as coisas como são por aqui: atraso de salários, campos ruins, falta de organização, essas coisas. Voltei para o Brasil aos 35 anos. O pessoal do Marcílio Dias até cogitou que eu encerrasse minha carreira por lá, mas descartei essa possibilidade porque já estava saturado do futebol. Jogo desde os nove anos e, além disso, nunca atuei profissionalmente no Brasil. Sabia de algumas histórias, de jogadores... e isso nunca me despertou interesse."

18 - Você torce para algum clube do Brasil?

Thiago Rockenbach - "Sou são-paulino roxo! Não sou daqueles fanáticos, malucos, mas gosto muito do São Paulo, torço e acompanho os jogos. Quando eu era moleque, era muito fã do França, atacante."

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Thiago Rockenbach no MorumBIS em uma partida do São Paulo FC (Foto: Arquivo Pessoal)

19 - Qual seleção você acha que está melhor hoje em dia, Brasil ou Alemanha?

Thiago Rockenbach - "Individualmente falando, disparadamente, o Brasil. Vinícius Júnior, no Real Madrid, e Raphinha, no Barcelona, estão voando. Temos também o Savinho, do Manchester City, e o próprio Rodrygo, também do Real Madrid. O time do Brasil é muito bom, mas a Alemanha ganha no conjunto, na questão tática. Então, creio que se o Brasil jogasse contra a Alemanha hoje em dia, perderia — talvez por 1 a 0, algo assim. No momento atual, a Alemanha é melhor como um todo."

Essa foi a entrevista exclusiva com Thiago Rockenbach da Silva, que hoje também se destaca como jogador de futevôlei em Balneário Camboriú! O Fussball Brasil agradece ao ex-jogador pela cordialidade e atenção durante a entrevista, e também a cada leitor que nos acompanha.

Fiquem ligados no site e em nossas redes sociais para continuar por dentro das principais notícias e histórias do futebol alemão — e não deixem de conferir, nos próximos dias, alguns reels especiais da entrevista que serão publicados no nosso Instagram: @fussballbrasil_.

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