🤯 Ex-time de Felipão e 'colônia' de brasileiros é rebaixado na China | OneFootball

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Luiz Signor·27 de dezembro de 2022

🤯 Ex-time de Felipão e 'colônia' de brasileiros é rebaixado na China

Imagem do artigo:🤯 Ex-time de Felipão e 'colônia' de brasileiros é rebaixado na China

Oito vezes campeão chinês em um intervalo de nove temporadas (2011-2019).

E duas vezes o melhor time da Ásia por ter levado a Champions local em 2013 e 2015.


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Tudo isso contando com vários jogadores brasileiros – incluindo os que adotaram a nacionalidade chinesa.

Além de Felipão, Cannavaro e Marcelo Lippi no comando.

Mas o outrora dominante Guangzhou Evergrande ficou no passado. Hoje é chamado de Guangzhou Football Club. E foi rebaixado à Segundona chinesa nesta terça-feira (27) após a derrota por 4 x 1 para o Changchun Yatai.

São apenas três vitórias em 33 partidas. Soma 17 pontos, seis a menos do que o rival local Guangzhou City, o 16º. Restando apenas uma rodada.

Queda que veio após uma campanha de zero pontos na fase de grupos da Champions Asiática. Foi o único time que sequer marcou gols – e levou 24 em seis jogos.

Contando apenas com atletas chineses no elenco. Algo impensável há pouco tempo.


Domínio com a força do 🇧🇷

O doEvergrande atingiu tal status graças ao dinheiro da Evergrande Real Estate Group, uma das maiores construtoras da China.

Que assumiu o controle do clube em 2011.

A Evergrande foi uma das muitas empresas que passou a investir pesado no futebol. Seduzindo craques ou jogadores de prestígio com salários absurdos.

No começo de 2017, por exemplo, o mercado chinês gastou mais do que o inglês.

Conca deixou o Fluminense rumo ao Guangzhou em 2011 para ser o terceiro jogador mais bem pago do mundo na época. Só estava atrás de Cristiano Ronaldo e Messi.

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O primeiro técnico de prestígio do Guangzhou foi Marcello Lippi, campeão do Mundo com a Itália em 2006.

Felipão seria contratado em 2015. Depois da primeira passagem de Cannavaro, Bola de Ouro e que debutava na função.

Também houve o caso de Jackson Martínez, que atravessa grande momento no Atlético de Madrid e surpreendeu meio mundo a também rumar para o Guangzhou em 2016.

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Paulinho (duas passagens), Robinho, Anderson Talisca, Ricardo Goulart, Aloísio e Alan foram alguns dos brasileiros que defenderam o clube.

Os três últimos também defenderam a China, abrindo mão da nacionalidade brasileira.

Aloísio, o Boi Bandido, hoje conta como estrangeiro no América Mineiro. Mesmo caso de Alan no Fluminense.


Crise foi uma consequência

As coisas começaram a mudar para o Guangzhou em setembro de 2021.

Foi quando a situação da Evergrande abalou o mercado financeiro.

Graças aos 300 bilhões de dólares que o empresa devia aos credores.

O clube já acumulava prejuízo antes mesmo da crise de quem injetava a grana.

E passou a caminhar na direção do Jiangsu FC, encerrou as atividades logo após ser campeão chinês em 2020.

Consequência da crise enfrentada pelo conglomerado Suning – o mesmo que controla a Inter de Milão.

E que fez vários brasileiros procurarem novos destinos. Casos de Alex Teixeira e Miranda. E do ítalo-brasileiro Éder.

Alex Teixeira que tinha sido contratado por 50 milhões.

O Tianjin Tianhai tinha sido o primeiro a acabar – em maio de 2020. Após ter contado com Alexandre Pato, Witsel, Modeste (hoje no Dortmund) e Cannavaro no banco.

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Já a crise do Guangzhou se acentuou de vez nesta temporada. O que garantiu as saídas de Elkseon, Ricardo Goulart, Alan e Aloísio.

Antes, a ideia de construir um estádio para 100 mil torcedores – superando o Camp Nou em capacidade – já tinha sido deixada de lado.


Coisas já estava ‘diferentes’ na China

Associados a grandes empresas na China, os clubes sentiram os impactos financeiros causados pela pandemia da Covid-19.

O governo chinês adotou diversas medidas para controlar o vírus, impactando diretamente nos negócios de tais empresas.

O cenário ficou complicado de vez março de 2021, com 16 clubes de três divisões entrando em colapso.

Isso já após os fracassos de Jiangsu FC e Tianjin Tianhai.

Mas a situação já não era da melhores antes mesmo da pandemia. Principalmente por conta do que era gasto em salários.

Em 2017, a Associação Chinesa de Futebol (CFA) estabeleceu um imposto de 100% em transferências internacionais acima de 5,9 milhões de euros.

Já na virada de 2019 veio outro: o um teto para salários anuais de jogadores, estrangeiros (3,3 milhões de dólares) e chineses (1,4 milhão de dólares).

Uma tentativa de evitar o estouro da bolha.

Que também teve a colaboração do Shanghai SIPG, que detém o recorde das duas contratações mais caras.

Oscar deixou o Chelsea por 60 milhões de euros em 2016. Já Hulk veio do Zenit no mesmo ano por 55,8 milhões.


Foto de destaque: Annice Lyn/Getty Images