Glorioso 1904
·12 de maio de 2025
Exclusivo Glorioso 1904 - Benfica - Sporting? Comentador da BTV atira: "Resta..."

Glorioso 1904
·12 de maio de 2025
No final da tarde de sábado, 10 de maio, quando João pinheiro apitou pela última vez no encontro de despedida ao Estádio da Luz, o empate consumado frente ao Sporting pode ter confirmado ao ‘adeus’ ao título para o Benfica. Numa entrevista exclusiva ao Glorioso 1904, Nuno Campilho, conhecido Benfiquista, mostrou-se bastante desiludido com o desfecho do dérbi eterno.
Questionado sobre as possibilidades de o Clube da Luz levantar o troféu, o adepto encarnado foi direto ao assunto. “De entre o ínfimo e o inexistente, passando pelo improvável e o impossível, resta a consternação de dizer que para o ano há mais”, começou por assumir o habitual comentador da BTV, ao nosso Jornal.
Numa partida de exigência máxima, o Benfica não foi além de um empate. Em conversa ao Glorioso 1904, o comentador assumiu que o resultado ficou ‘aquém do que seria necessário’. “Num jogo em que só a vitória interessava e era o único resultado admissível (passe a irredutibilidade), empatar depreende que a exibição não foi condizente com aquilo que o Benfica precisava e que até já tinha feito em jogos anteriores de semelhante exigência”, atirou Nuno Campilho.
Sobre a exibição em si, o Benfiquista recordou ao nosso Jornal que o problema do Benfica passou pela falta de ligação de jogo: “Quando os extremos não jogam por dentro, com os laterais a subir, torna-se difícil criar desequilíbrios nas defesas adversárias e municiar o jogo para o ponta de lança, o qual, para além de marcar golos, ainda tem de se desgastar a criá-los. Concretamente, o Kökçü não conseguiu ligar o jogo com ninguém, vindo de trás, pois os extremos não deram linha de passe interior, sendo que o Tomás Araújo sobe pouco no terreno e o Carreras esteve, igualmente, muito retraído, ao contrário do que é habitual”.
Nuno Campilho - Quando os extremos não jogam por dentro, com os laterais a subir, torna-se difícil criar desequilíbrios nas defesas adversárias
Além da falta de ligação, o comentador revelou ao Glorioso 1904 que o problema também passou pelo posicionamento de dois jogadores em específico: “O Sporting defendeu bem, no entanto, a pouca pressão a que esteve sujeita também lhes facilitou a vida. Aquele equívoco posicional entre o Aursnes e o Di María ainda me está a provocar alguma azia, passadas que estão quase 24h após o jogo. Essa correção só foi feita após o golo com o Sporting, no entanto, se resultou em termos de cobertura defensiva e equilíbrio no meio-campo, não acrescentou nada em termos ofensivos”.
Sobre a exibição de Ángel Di María, o comentador do Glorioso 1904, não esconde que o argentino é um talento ‘fora de série’. No entanto, ao nosso Jornal, garante que o camisola 11 não correspondeu à exigência: “Num jogo desta exigência e dificuldade, ou está num assomo de forma, ou é encarregue de cumprir tarefas de menor desgaste. Como este jogo exigia uma, ou as duas condições em simultâneo e pouco se viu de qualquer uma delas, é fácil concluir que algo não correu bem”.
No final do encontro, Bruno Lage assumiu a responsabilidade do empate, mas frisou que ainda acredita no título. Em conversa ao nosso Jornal, Nuno Campilho ‘aplaude’ a posição do técnico, mas apenas num dos aspectos. “Concordo com a assunção de responsabilidade, mas não sou assim tão crente. O campeonato está entregue. É melhor assumi-lo desde já, pois, numa fina ironia vastas vezes proferida, dói menos”, salientou ao Glorioso 1904.
Numa altura em que apenas restam dois encontros para o final da temporada, o nosso Jornal convidou o comentador a analisar a gestão desportiva. Perante a questão, Nuno Campilho assumiu que ainda é cedo para abordar tal tópico: “Só falarei sobre isso, se tiver de falar, quando a época terminar. E, ainda que eu próprio assuma que não interessará para nada, ainda falta um jogo”.
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