Felipão revela mágoa com a repercussão do 7×1 em entrevista a jornal inglês | OneFootball

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·31 de março de 2020

Felipão revela mágoa com a repercussão do 7×1 em entrevista a jornal inglês

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A conquista da Copa do Mundo de 2002, os confrontos diante da Inglaterra, a curta passagem como comandante do Chelsea e a derrota da Seleção Brasileira para a Alemanha em 2014. Esses foram alguns dos temas que Luiz Felipe Scolari falou sobre em longa entrevista ao jornal inglês The Guardian.

O vitorioso treinador brasileiro comentou em quase toda a sua carreira como treinador. Ao relembrar o título mundial do Brasil em 2002, Felipão ressaltou a importância do departamento médico e logístico da Seleção.


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“Nossos médicos foram fundamentais. As pessoas pensam que pelo Brasil ter qualidade, os jogadores não precisam de cuidado, mas não imaginam o quanto nossos médicos foram importantes, nosso sistema de logística foi bem organizado. Não devemos esquecer que o Ronaldo não estava jogando na Itália. Os médicos do clube disseram que era improvável que ele jogasse. Mas nosso médico, o Dr. Runco, garantiu que ele estaria pronto”, disse.

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O técnico brasileiro também comentou nos embates que teve com a seleção da Inglaterra. Tanto com a Seleção Brasileira (na Copa do Mundo de 2002), quanto com Portugal (na Eurocopa de 2004 e na Copa de 2006) , Felipão eliminou os ingleses todas as vezes em que os encontrou.

“Em 2002, a Inglaterra ainda jogava daquela maneira antiquada. Bolas longas pelo alto. A Inglaterra agora, nos últimos anos, dá a impressão de jogar um jogo mais sofisticado. Eles têm uma chance melhor agora do que costumavam ter (nos principais torneios). Em 2018, eles foram bem e melhoraram. Os clubes modificaram seu pensamento. A infra-estrutura básica dos clubes se desenvolveu. Estou vendo mais jogadores ingleses com habilidades técnicas”, afirmou.

Em 2008, Felipão assumiu o comando do Chelsea, clube no qual não permaneceu muito tempo. Segundo ele, alguns conflitos internos foram o que resultaram em um rendimento abaixo do esperado por parte dos Blues.

“O Chelsea teve alguns problemas de lesão e eu tinha uma forma de liderança que se chocou com um ou dois jogadores. Anelka e Drogba. Nosso departamento médico acreditava que deveríamos deixar Drogba se recuperar de uma cirurgia em Cannes (na França) no meio do verão. Eu disse que ele deveria ficar em Londres. Eu também gostaria de ir para Cannes no verão, ficaria um mês ou dois lá me divertindo”, comentou.

A derrota por 7 a 1 para a Alemanha na Copa do Mundo de 2014, maior revés da carreira de Felipão, também foi abordada durante a entrevista. O treinador não nega o vexame, mas admite mágoa pela repercussão após a partida.

“Foi a maior bomba, o maior desastre que a seleção já sofreu. Em 1950, perderam, foi um desastre, mas foi por 2 a 1. O número de gols foi diferente. Eu era a pessoa mais intimamente associada ao desastre. Sou até hoje. Fui eu que assumi a maior parte da culpa. Quando o Brasil venceu em 2002, eu não era o maior herói. Todos eram heróis. Eu esperava que todos nós fossemos culpados, que a imprensa reconhecesse que o Brasil perdeu. Mas não foi assim”, desabafou.

Sem clube desde a saída do Palmeiras, no ano passado, Felipão descartou a aposentadoria, afirmando que voltará ao comando de alguma equipe ainda mais preparado.

“Eu assisto a Premier League. Eu assisto jogos no Brasil. Tive tempo para examinar as partidas, as equipes e os gols marcados. Voltarei melhor do que antes”, prometeu.

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