Jogada10
·17 de maio de 2025
Flamengo, Fluminense, Fortaleza e Inter sugerem fair play no Brasil

Jogada10
·17 de maio de 2025
A implementação do fair play no futebol brasileiro foi tema no II Simpósio de Direito Esportivo, realizado nesta sexta-feira (16), nas Laranjeiras, no Rio de Janeiro. O evento organizado pelo Fluminense teve convidados como os presidentes do Flamengo e Internacional, além do CEO do Fortaleza. Assim, os dirigentes debateram o assunto e sugeriram uma proposta de combate aos clubes mal pagadores.
“Tem uma solução simples: não pagou, não pode jogar. Se comprou o jogador e não pagou, não joga. Se você tirá-lo da rodada, você já volta a ter o equilíbrio competitivo. Não precisa ter transferban, é só impedir quem não pagou de jogar. Automaticamente vai parar de contratar. Isso pode ser implementado numa reunião de Conselho Técnico”, disse Mário Bittencourt, presidente do Fluminense.
Durante o evento, os dirigentes citaram duas vezes o Corinthians como exemplo de clube mal pagador. Marcelo Paz lembrou da eliminação do Fortaleza diante do Timão e ponderou que, na época, o clube cearense estava em dia, enquanto o adversário, não. Depois, foi a vez de Mário Bittencourt lembrar que o time paulista lutava contra o rebaixamento no ano passado, mas as contratações no meio do ano salvaram.
O presidente do Flamengo foi o primeiro a questionar as Sociedades Anônimas do Futebol (SAF) no Brasil. Luiz Eduardo Baptista ressaltou que a transformação não é sinônimo de solução dos problemas. Sem citar nomes, o mandatário rubro-negro afirmou que “há donos que seguem sem honrar com os pagamentos”. Assim, sugeriu uma nova ideia de penalização aos caloteiros.
“Sugestão do Mário (Bittencourt) é boa, simples, fácil e rápida de implementar. Mas entendo que com o tempo deva haver punições esportivas de perda de pontos. Tem clubes reconhecidamente fortes hoje em dia que viraram SAF, mas não pagam ninguém. Onde não houver sanção, não acredito que haverá solução, pelo menos nesse aspecto”, afirmou.
Por fim, o presidente colorado Alessandro Barcellos levantou um questionamento sobre o responsável pela fiscalização do fair play no Brasil. Contudo, vale lembrar que o Internacional tem uma dívida pendente com o Flamengo pela contratação do volante Thiago Maia, em 2024. O clube tentou repassar a dívida para o Santos, que tinha interesse no jogador, mas o Rubro-Negro rejeitou as garantias.
“Vamos montar um fair play financeiro, mas precisa ter um controlador. Vai ser essa CBF que está aí? Será quem? Nós vamos ter capacidade de construir uma liga que terá instrumentos para controlar o fair play financeiro? Concordo com todas as reflexões. Acho que o fair play financeiro não pode ser algo limitador. Espero que ele tenha o processo completo”, pontuou.
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