Zerozero
·21 de fevereiro de 2025
Frederico Varandas: «Vejo o símbolo de campeão e isso é trabalho desta direção»
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Zerozero
·21 de fevereiro de 2025
Frederico Varandas, em entrevista à Sporting TV, falou sobre as responsabilidades leoninas: desde a eventual revalidação do título à infindável onda de lesões. Pode ler aqui a primeira parte da conversa.
Contratações de inverno: «Se pudesse tínhamos mais jogadores. De quem é a responsabilidade se o Sporting não for campeão? Sou sócio do Sporting desde que nasci. Sempre ativo na vida do clube. Tenho 45 anos, quando cheguei não tinha 40. 21 anos de Gamebox, acompanhei sempre o Sporting. Nestes meus quase 40 anos, celebrei dois títulos nacionais. Lembro-me. Dos melhores dias da minha vida. Já celebrámos esses mesmos dois, fora taças e títulos das modalidades, desde que estamos aqui. Esta responsabilidade é desta direção. De tudo. Mas primeiro temos de ir atrás.
A palavra bicampeonato pertencia ao imaginário no Sporting. É preciso recuar quase 70 anos. Não sei se vamos ser bi, tricampeões. O que sei é que o Sporting existe e é considerada uma equipa a ganhar. Ainda vi uma conferência antes do Arouca, e vi o meu treinador a ser questionado. Estamos em quarto ou quinto lugar? Não, estamos em primeiro e se olharmos para a camisola dos jogadores, vejo o símbolo de campeão nacional e isto é trabalho desta direção. Um Sporting que não contava. 40 anos em que dois clubes ganhavam, depois o Sporting ganhava uma vez. Fico feliz pela palavra bicampeão existir no dicionário do Sporting.»
Saída de Edwards: «Decisão da administração. É um ativo que é nosso, tem talento e acreditamos nele. Obviamente temos de ser melhores para trazer o melhor Edwards e ele tem de ser melhor para dar o melhor de si. É nosso e acreditamos que o melhor era emprestar.»
Saída de Kovacevic: «Foi um jogador que não teve um início fácil, não se adaptou e da forma mais crua e transparente, não correspondeu às expectativas e daí a vinda do Rui Silva. Guarda-redes era prioridade. Tentámos não... É um mercado difícil. Trazer jogadores com qualidade inquestionável, não temos capacidade para isso.»
Eventual saída de Gyokeres: «O Gyokeres, no verão, há um ano, há um ano e meio atrás... O Gyokeres ia sair. Fomos campeões e já se ia embora. Em janeiro era impossível e ficou. Não vou alimentar, já é demasiado mediático, por mérito dele e não vale a pena falar no mercado de verão. Os jogadores têm mercado e cláusulas.»
Onda de lesões: «A lesão existe no desporto, é um facto. O Sporting, nestes últimos... Temos tido épocas com poucas lesões. Não quero estar a falhar. Daniel Bragança há dois anos, até lá lesões como todos os clubes têm. Poucas lesões traumáticas e musculares. O que é que acontece este ano? Temos tido muitas lesões traumáticas. Cinco são lesões traumáticas, três graves, e três musculares. Começámos em novembro e começámos com uma vaga de 3 ou 4 lesionados. Temos dois problemas logo. Não contamos com eles e os jogadores disponíveis não vão poder rodar. Não há milagres e os jogadores são sobrecarregados. Lesões trazem mais lesões.
É normal termos um ou dois jogadores lesionados. Tivemos lesões pesadas em jogadores nucleares, para mais num ano em que estamos em todas as frentes, novo modelo da Champions, fomos à final four da Taça da Liga, estamos na Taça de Portugal, primeiro lugar no campeonato, jogadores internacionais nas datas FIFA. Tudo somado leva a uma situação muito complicada de gestão. Há coisas que não se controlam.»
Profissionais do Sporting: «É uma área que já existia mas não tínhamos recursos para tal. A unidade de perfomance. Unidade essa que tem dos melhores profissionais e foi tendo desde 2019, nada em falta em termos de aparelhos, gestão. Pertence à direção clínica, a equipa técnica recebe o jogador pronto para treinar e jogar. Nunca houve um ruído desde 2019. Os profissionais são os mesmos. Depois muita gente fala e diz-se muita asneira. Existe muito rumor e telenovelas. O diretor clínico escolhido por mim, Dr. João Pedro Araújo, é diretor clínico desde 2018, é um médico referenciado a nível nacional e internacional. Pertence a uma rede de médicos da FIFA. Depois abaixo temos o responsável da fisioterapia, o coordenador, que, neste verão, recebeu uma proposta de um clube grande inglês. Não vou revelar. São essas pessoas que estão no Sporting. Existem lesões traumáticas que não se controlam.
A vida umas vezes dá e outras tira. Estas lesões... Nuno Santos com lesão gravíssima no joelho, Bragança também. João Simões com uma lesão grave do pé. A lesão do Pote, muito se falou, é uma lesão muscular grave. O Havertz sofreu a mesma lesão do Pote, o Arsenal informou que não joga mais. Akanji igual. O Nuno Mendes sofreu a mesma lesão, esteve parado mais de 4 meses. Não há milagres. Existem duas formas de encarar, as coisas que controlámos e as que não controlámos. Começar a disparar, quem é culpado, é bruxedo, é culpa do médico, da relva, botas, treino... Existe outra forma: com calma e de forma racional, reagir e adaptarmo-nos. Está a ser duro para o treinador? Está. Neste momento, aquele grupo, ontem viemos da Alemanha com mais duas lesões. Este grupo não se rende e é unido. Eles são campeões e não será fácil para nenhuma equipa tirar-lhes o título.»
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