Ings usou proteção auricular para entrar em campo e isso significou demais ao garotinho autista que o acompanhava | OneFootball

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·26 de outubro de 2022

Ings usou proteção auricular para entrar em campo e isso significou demais ao garotinho autista que o acompanhava

Imagem do artigo:Ings usou proteção auricular para entrar em campo e isso significou demais ao garotinho autista que o acompanhava

A vitória do Aston Villa sobre o Brentford por 4 a 0 no último final de semana, que apaziguou a crise no clube, seria ainda mais especial a Riley Regan. O garoto de nove anos foi um dos mascotes que entraram em campo no Villa Park antes que a bola rolasse. E ganharia um apoio importante naquele momento, de Danny Ings, que o acompanhou na entrada. Riley tem autismo e precisa usar uma proteção no ouvido para lidar com ambientes barulhentos, como um estádio lotado de gente. Assim como o menino, Ings usava também uma proteção, em sinal de inclusão. A atitude foi bastante elogiada.

“Foi incrível. Perguntamos se um dos jogadores poderia usar uma proteção auricular para que Riley não se sentisse excluído. Quando o vi em campo, foi muito emocionante. É sobre deixar todos conscientes de que existem crianças com necessidades adicionais. Elas não precisam ser ridicularizadas ou caçoadas, apenas precisam ser aceitas na sociedade”, comentou Becky Regan, a mãe do garoto, em entrevista à BBC.


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Riley se sentiu bastante orgulhoso, e não apenas por entrar em campo ou por presenciar a goleada do Aston Villa. Mais bacana ainda, Danny Ings esteve entre os destaques do jogo e anotou dois gols. O garoto até se gabou: “Sinto que dei sorte a Danny”. À Sky Sports, o menino disse que foi o “maior dia de sua vida” e que “foi ótimo receber o apoio” diante da forma como o barulho o afeta.

Já nas redes sociais, pais de outras crianças com autismo exaltaram bastante a relação de Riley com Ings, bem como a postura do Aston Villa. “Obrigado. Como pais de uma criança autista com questões sensoriais, você normalizar um aparelho como esse ajuda muito a construir um mundo mais fácil para ela”, afirmava uma mensagem. Já outra dizia: “Meu filho tem autismo e sofre com barulhos altos. É brilhante ver Ings e espero que isso mostre a outras crianças como Riley, ou com qualquer outra deficiência, que elas são bem-vindas e desejadas em jogos de futebol como qualquer outra pessoa”. Uma imagem que representa demais.

Durante os últimos anos, outros clubes na Inglaterra tomaram medidas interessantes para a inclusão de crianças autistas. O Sunderland, por exemplo, construiu uma sala especial protegida do barulho para que um jovem torcedor pudesse frequentar o Stadium of Light. Depois disso, equipes como Arsenal, Chelsea e Manchester City investiram em espaços com o mesmo intuito em seus estádios. O episódio de Ings e Riley, por sua vez, traz ainda mais visibilidade ao tema e oferece outro gesto concreto de inclusão.

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