<i>Teatro dos Pesadelos:</i> Amorim soma novo desaire e regista quarta derrota consecutiva | OneFootball

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·30 de dezembro de 2024

<i>Teatro dos Pesadelos:</i> Amorim soma novo desaire e regista quarta derrota consecutiva

Imagem do artigo:<i>Teatro dos Pesadelos:</i> Amorim soma novo desaire e regista quarta derrota consecutiva

*por Diogo Organista Pereira

Diz-se que Old Trafford - o estádio do Manchester United - é o Teatro dos Sonhos, mas Amorim está longe de viver um conto de fadas na primeira experiência fora de portas. Os Red Devils foram incapazes de esgrimir argumentos perante o Newcastle (0-2), esta segunda-feira, e registaram a quarta derrota consecutiva para o campeonato, fruto das visíveis dificuldades defensivas da turma encarnada.


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Condicionado pela expulsão de Bruno Fernandes no desaire frente ao Wolverhampton, o técnico luso apostou em Zirkzee para o seu lugar e manteve um sistema tático assente no esquema 3x4x3, com o jovem neerlandês a aparecer como médio esquerdo ofensivo. Já Eddie Howe repetiu o onze inicial - e as premissas - do triunfo diante do Aston Villa.

Um efémero sonho

Com a clara ambição de regressar às vitórias na mente de Amorim e os seus pupilos, a missão - que já se avizinhava espinhosa - complicou-se desde cedo. A turma da casa voltou a acusar nervosismo, tanto na fase de construção como em tarefas defensivas, e rapidamente o sonho se transformou em pesadelo.

Ao quarto minuto de jogo, Lewis Hall lançou um venenoso cruzamento para o interior da área, onde apareceu Isak - no meio de Maguire e Lisandro - para inaugurar, de cabeça, as hostilidades. Apesar da desvantagem, a resposta dos Red Devils não surgiu e foram os Magpies que anotaram o segundo, face à intranquilidade e permeabilidade da linha mais recuada do United.

Anthony Gordon agitou as águas pelo flanco esquerdo, colocou Mazraoui com a cabeça em água e cruzou, com muito perigo, para o interior da área. Joelinton, a pisar terrenos mais avançados, superiorizou-se à marcação direta e cabeceou para o fundo das redes de Onana. Destaque para a passividade de Lisandro Martínez, que ficou muito mal visto no lance.

Face às notáveis dificuldades, Amorim não esperou pelo intervalo para mexer nas suas peças. O treinador português decidiu retirar a sua aposta inicial - Zirkzee - e lançar Mainoo na partida, para garantir maior estabilidade no meio-campo. Apesar da alteração, a toada dos visitantes manteve-se e o United foi incapaz de desestabilizar até à ida para os balneários.

Uma receita sem condimentos

Findado o primeiro tempo, os pupilos de Manchester apresentaram-se nas quatro linhas com ligeiras melhorias em termos de maturidade e coesão na fase de construção. Durante os primeiros minutos da segunda metade, a formação da casa subiu as suas linhas, arriscou - fruto da desvantagem no marcador - e esteve perto de ferir o emblema de Newcastle.

Aos 60 minutos, Harry Maguire subiu no terreno e catalisou uma jogada de insistência ofensiva dos caseiros, mas o esférico esbarrou no poste direito de Dúbravka. Apesar do ligeiro ascendente da equipa que atuou dentro de portas, o Manchester United foi perdulário e displicente no último terço - faltou critério nos lances de maior perigo.

Incapazes de encontrar o caminho para a baliza - apesar das diversas tentativas -, o resultado não sofreu qualquer alteração até ao apito final do juiz da partida. Ficou na retina uma sólida e composta exibição da turma de Eddie Howe, que entrou muito forte nas quatro linhas e soube gerir a vantagem sem grandes percalços.

Com este resultado, o Manchester United encontra-se no 14.º posto da Premier League, com 22 pontos. Já os Magpies alcançaram o quinto triunfo consecutivo - para todas as competições - e sobem ao quinto lugar da tabela, com 32 pontos.

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