Zerozero
·21 de fevereiro de 2025
John Textor acusa o PSG de receber «dinheiro ilegal e ilimitado» do Catar
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Zerozero
·21 de fevereiro de 2025
Numa recente entrevista ao jornal AS, John Textor, dono do Lyon, respondeu aos comentários de «cowboy», profanados por Nasser Al-Khelaïfi, dono do Paris SG, numa reunião de presidentes da Ligue 1 e acusou o emblema parisiense de receber «dinheiro ilegal e ilimitado” do Catar.
Estas acusações chegam depois da Comissão Nacional de Controlo e Gestão (DNCG) decidir punir o Lyon, com uma possível despromoção à segunda divisão no final da temporada devido a questões financeiras, ao qual Textor, não considera justa:
«A decisão foi tomada antes de verem as nossas contas. Puniram-nos antes de podermos apresentar a nossa defesa, bem como novos documentos. (...) Vamos apresentar um recurso e tenho a certeza de que nos darão razão», afirmou o dono do Lyon.
O empresário norte-americano critica a DNCG, alegando que esta é mais favorável ao PSG, por deixar que o clube «viole a legislação europeia» ao permitir que «um estado estrangeiro subvencione um negócio»:
«Ano após ano permitem que o PSG viole a legislação europeia, construindo o seu clube com 70 milhões de perdas e mais de 800 milhões de receitas, utilizando subvenções estrangeiras ilegais. Eles não se importam de onde vem o dinheiro porque permitem perdas de 70 milhões a cada ano».
«Se a DNCG me quer dizer que tenho de respeitar os procedimentos franceses ou europeus, peço-lhes que obriguem o PSG a respeitar essas mesmas leis e procedimentos europeus. Permitir que um clube viole a lei quando todos os outros clubes têm de a respeitar».
«O que é incrível é que as fontes de rendimento do Lyon estejam a ser postas em causa por serem provenientes do Brasil ou dos Estados Unidos. Enquanto o modelo de financiamento do PSG é ilegal, o nosso é perfeitamente legal e nós somos o modelo sancionado», comentou John Textor.
O empresário falou do caso de Thiago Almada e acusou ainda que clubes próximos do PSG protestaram esta transferência, mas não protestaram «contra os subsídios ilegais que financiam muitos jogadores há anos» como «Neymar, Messi e Mbappé, para além de uma lista interminável de outros jogadores»:
«A DNCG confirmou que tínhamos cumprido as regras. O que é interessante neste caso é que cada um destes clubes se queixou da transferência de um único jogador, cujo caso foi remetido para o comité jurídico da Liga, que determinou que tínhamos cumprido as regras».
«Mas são estes mesmos clubes, que são muito próximos de Nasser e do PSG, que protestam. Não protestaram uma única vez contra os subsídios ilegais que financiam muitos jogadores há anos. Não se queixaram dos muitos jogadores que o PSG conseguiu contratar, gastando 200 milhões para ter Neymar, Messi e Mbappé, para além de uma lista interminável de outros jogadores. Nenhum dos clubes que se queixaram de Almada protestou contra o que o PSG está a fazer», acusou Textor.
Para além destas acusações, o dono do Lyon afirmou que pretende apresentar uma queixa contra o PSG:
«Posso confirmar que vamos pedir à Liga que o PSG cumpra a lei da Comissão Europeia e vamos pedir ao comité jurídico da LFP que analise este assunto, tal como outros clubes fizeram connosco e com Thiago Almada, e, se não obtivermos uma resposta satisfatória, levaremos o assunto à Comissão Europeia».
O dono do Lyon, que também é dono do Botafogo e Crystal Palace, acusou o Catar de ter uma influência em França que vai «muito além do futebol»:
«Acho que o Catar é muito importante para a França. Acredito que a relação entre o Catar e a França existe a níveis que vão muito além do futebol. O Catar contribui significativamente para os negócios no país»
«Eu não comento isto porque não conheço os factos. Mas imediatamente surge a resposta do Qatar, aparentemente, de que se o Nasser for ameaçado em França, retirarão os seus investimentos do país. Portanto, eles têm um nível de poder e influência em França que eu nunca terei», comentou o norte-americano.
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