Mbappé chama a responsabilidade, faz quatro gols e coloca a França na Copa de 2022 | OneFootball

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Trivela

·13 de novembro de 2021

Mbappé chama a responsabilidade, faz quatro gols e coloca a França na Copa de 2022

Imagem do artigo:Mbappé chama a responsabilidade, faz quatro gols e coloca a França na Copa de 2022

Ninguém duvidava que isso pudesse acontecer, mas a França está garantida na Copa do Mundo de 2022. A atual campeã do mundo e da Liga das Nações superou o Cazaquistão com certa facilidade no Parc des Princes, neste sábado, pelo placar de 8 a 0. O show foi todo de Kylian Mbappé, que marcou três vezes no primeiro tempo e fechou a conta na etapa final. Mas Karim Benzema também desequilibrou a favor dos Bleus.

Implacável

A França não quis dar chance para uma decepção em Paris. Desde o começo, trabalhou bem a bola e contou com uma partida bastante aguda de Kingsley Coman, pela direita, para impulsionar o setor ofensivo liderado por Antoine Griezmann, Benzema e Mbappé. Logo aos seis minutos, Theo Hernandez acionou Mbappé para abrir o placar. Aos 12, o craque do Paris Saint-Germain ampliou, com passe de Coman. Aos 32, Mbappé mostrou versatilidade e fez mais um, de cabeça. Os franceses estavam irresistíveis e passeavam rumo a mais uma Copa.


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Foi uma noite basicamente festiva em solo francês, na qual a seleção bicampeã mundial impôs seu estilo e superioridade sem qualquer resistência do Cazaquistão, que se defendeu mal de um verdadeiro bombardeio e não teve capacidade de reduzir o espaço e as chances criadas dos pés de Coman, Benzema e Mbappé.

Na segunda etapa, a fonte não secou. A França seguiu em alta rotação para colocar os adversários na parede. Imprimiu velocidade no jogo, abriu espaços, deslocou a marcação e, mais importante de tudo: finalizou. Aos 9 da segunda etapa, Benzema fez o quarto, em grande jogada de Theo. O mesmo Benzema se encarregou de fazer o quinto, pouco tempo depois, se valendo do altruísmo de Mbappé, que recebeu livre na grande área e preferiu o passe ao companheiro em vez de ser fominha e marcar mais um.

A impressão é que o Cazaquistão queria pedir um tempo técnico ou um pouco de água para suportar a movimentação na sua área. O sistema defensivo que já estava mal, desmoronou completamente e a França aumentou a vantagem quase como num coletivo de luxo. Ainda houve tempo para um gol de Moussa Diaby, que com 30 segundos em campo, marcou o seu. Uma pena que Mbappé estivesse impedido na origem do lance, anulando a marcação.

Pois ninguém lamentou a anulação. Griezmann cruzou a bola na área e Adrien Rabiot, de cabeça, anotou o sexto. Pelo chão ou pelo alto, o Cazaquistão falhava de diversas formas. Mesmo na testada de Rabiot, o goleirão Stas Pokatilov deu uma ajudinha espalmando com as mãos moles. Por falar em falha, o zagueiro cazaque Vladislav Vasilijev aprontou uma boa: ao marcar Griezmann, o defensor perdeu o tempo da bola e acertou o francês, de costas, dentro da área. Um pênalti bastante estúpido que resumiu o desastre do Cazaquistão em Paris. O próprio Griezmann bateu, já que ainda não havia marcado e quis deixar o seu nome na súmula do jogo da classificação.

Sem tirar o pé do acelerador, a França teve a chave de ouro nos pés de Mbappé. Com passe de Diaby, o dono da noite só teve o trabalho de finalizar, balançar a rede e sair de maneira apoteótica para dar lugar a Wissam Ben-Yedder. A saída de Mbappé foi uma reverência ao bom futebol e aos que não desistem de jogar, nem mesmo com sete gols no placar. Sempre que vinha em uma ofensiva pelas pontas, a França era letal. Ótima atuação de Theo e Coman, que beiraram a perfeição e deram bastante versatilidade no apoio.

A campanha invicta, mas oscilante

Até chegar neste momento, a França não teve grandes incômodos para defender a liderança da chave. Nos sete jogos que fez, venceu quatro e empatou três, levando apenas três gols e marcando 16. Poderia ter sido ainda mais superior, é verdade, mas não parecia ser ameaçada de verdade por ninguém da chave. A vitória contra a Finlândia, na última rodada, encaminhou bem a noite histórica para o Parc des Princes, de maneira que a missão contra os cazaques era a mais simples possível. Mesmo com os dois pés no Catar, a França de Didier Deschamps não quis passar de ano com uma nota 6.

A cara de uma potência

O ciclo vencedor de Deschamps parece estar longe do fim. Logo ele, que vinha sendo bastante criticado por não fazer o time render seu pleno potencial, e reagiu bem após a frustrante queda na Eurocopa diante da Suíça, de maneira quase vexatória com grande vantagem no placar. Depois desse ponto, a França mostrou uma seriedade muito maior e seus atletas mais decisivos, Benzema e Mbappé, demonstraram muita fome de bola para recolocar a seleção em uma condição de favorita ao Mundial. O jogo de hoje, ainda que contra um adversário fraquíssimo, é uma prova disso, sem falar no desempenho do Final Four da Liga das Nações.

É difícil estimar qual é o teto dessa geração francesa. Com Mbappé em alta, Benzema no seu auge e Griezmann voltando a se sentir à vontade, o limite não é visível. De todas as seleções que contam com alguma chance de vencer a Copa do Catar, a França é a que está mais pronta.

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