Zerozero
·18 de janeiro de 2025
Zerozero
·18 de janeiro de 2025
29 de outubro de 2023 - 18 de janeiro de 2025. Foi o tempo que durou a invencibilidade do Rio Ave a jogar em casa.
Volvidos, sensivelmente, um ano e dois meses, o emblema vilacondense viu a muralha quebrada (0-3) por um Sporting pujante, destemido e de orgulho ferido, após a derrota desapontante na final da Taça da Liga. Resposta a roçar a perfeição do campeão.
Tudo isto sublinhado por um contexto incomum no mundo leonino: várias mudanças, uma estreia na baliza, Gyökeres no banco e ainda uma surpresa de relevo (Debast juntou-se a Hjulmand no meio campo a dois).
Do lado rioavista, a principal nota vai para o jovem israelita de 18 anos (Karem Zoabi) que assumiu a responsabilidade da ausência por castigo de Clayton.
Primeiros 45 minutos de domínio total do Sporting. Não há como escapar: o emblema vilacondense revelou-se completamente impotente perante um leão sagaz, agressivo, pressionante e, diga-se, algo feliz.
No primeiro lance do jogo, Quenda - com demasiado espaço para executar - cruzou com qualidade para a entrada rompante de Iván Fresneda que surpreendeu toda a defensiva rioavista e, em especial, Aderllan Santos.
O espanhol, no coração da área, até falhou a receção, contudo, o central, numa tentativa desesperada de resolver o lance, introduziu a bola na própria baliza.
Depois da entrada em falso, o Rio Ave até procurou assumir alguns riscos, mas revelou-se incapaz de ultrapassar a linha defensiva leonina (Diomande, em especial, esteve excecional).
Com isto, o Sporting ganhou ainda mais confiança e, ao minuto 21, uma mão na bola de Pancho Petrasso dentro de área levou Hjulmand, da marca dos 11 metros, ao segundo golo do jogo.
Vantagem clara e justa dos leões que podiam - se não fosse uma bola no poste de Quenda e uma série de defesas de alto nível de Cezary Miszta - sentenciar a partida ainda no primeiro tempo.
Segunda parte bem menos intensa por parte do Sporting - natural, face ao desgaste físico - e ligeiramente mais ambiciosa do Rio Ave.
Ainda assim, excetuando algumas tentativas tímidas dos homens da casa, foi o conjunto de Rui Borges que, mais uma vez, esteve sempre mais perto do golo. Quenda (bela exibição do jovem luso), dos mais irreverentes, tentou por duas ocasiões, mas os maiores falhanços pertenceram a Harder e Trincão.
O avançado norueguês vai ter dores de cabeça com Miszta durante vários dias. Ora de pé esquerdo/direito, com força, em jeito... nada resultou para o jovem avançado. Trincão, por sua vez, também se pode queixar do polaco (e de si próprio): aos 71', o português - na cara do guardião - permitiu uma tremenda defesa.
Até final, Gyökeres ainda foi a tempo de entrar e 'picar o ponto', num remate sem hipóteses de pé direito, e - já nos descontos - esteve a centímetros de bisar. Sporting é líder isolado; Rio Ave segue na 11ª posição.