O Alianza Lima superou problemas e, de novo com Barcos protagonista, é bicampeão peruano | OneFootball

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Trivela

·15 de novembro de 2022

O Alianza Lima superou problemas e, de novo com Barcos protagonista, é bicampeão peruano

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O Alianza Lima deveria ter disputado a segunda divisão do Campeonato Peruano em 2021, não fosse uma virada de mesa que safou os Potrillos. Do rebaixamento ocorrido em campo à salvação nos tribunais, os aliancistas foram campeões nacionais já em 2021. E consumam um bicampeonato em 2022, algo que não conseguiam há quase duas décadas. Vencedor do Clausura, o Alianza pegou o Melgar na decisão da Liga 1. Apesar da derrota por 1 a 0 em Arequipa, o time da capital deu a volta por cima em Lima e faturou o troféu com o placar de 2 a 0, diante da enlouquecida torcida no Estádio Matute. Com isso, os blanquiazules ficam a só um título de alcançarem o rival Universitario na lista de maiores campeões peruanos.

Não foi uma temporada que começou tão bem para o Alianza Lima. A equipe encerrou o Apertura na quarta posição, nove pontos atrás do campeão Melgar, e fez uma campanha péssima na fase de grupos da Libertadores. O Clausura também não animava e até troca no comando aconteceu no meio da disputa. Quando o time deu a volta por cima, conseguiu prevalecer na corrida apertada com o Sporting Cristal e terminou com o título. Por ter a melhor campanha entre os dois campeões dos torneios curtos, o Alianza avançou diretamente à decisão. Já o Melgar ainda precisou superar uma semifinal diante do Sporting Cristal, equipe de melhor campanha que não faturou nenhum dos torneios.


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O que interessava, de qualquer maneira, era a finalíssima. Embalado por uma temporada em que foi destaque na Copa Sul-Americana, o Melgar saiu em vantagem na decisão contra o Alianza Lima. O time da casa pressionou bem mais em Arequipa e ganhou por 1 a 0, com um gol contra de Yordi Vílchez aos 30 do segundo tempo. O Alianza precisava reagir no Estádio Matute. Com massivo apoio das arquibancadas, os Potrillos aproveitaram o caldeirão para ganhar por 2 a 0. O abafa blanquiazul rendeu o primeiro gol nos acréscimos do primeiro tempo, com a redenção de Vílchez, que anotou de cabeça. Já no segundo tempo, o time da casa assegurou a taça com mais um gol de cabeça, aos 29 minutos. Foi um lance estranho de Pablo Lavandeira, que desviou meio sem querer, mas valeu como tento do título.

O Alianza Lima possui algumas figurinhas carimbadas em seu elenco. A começar por Hernán Barcos, um dos símbolos desse bicampeonato. O centroavante marcou 18 gols, entre Apertura e Clausura, terminando a Liga 1 como vice-artilheiro. Até de goleiro atuou na campanha, enquanto entrou na final no sacrifício. Acabou premiado como o melhor jogador da competição. O elenco também conta com Jefferson Farfán, mas o herói da seleção sofre com as lesões e disputou apenas 14 minutos da campanha. Não saiu do banco nas finais. Outros companheiros de seleção também estão no grupo, como o zagueiro Christian Ramos e o volante / capitão Josepmir Ballón. Já entre os estrangeiros, Gino Peruzzi foi peça importante na lateral e Pablo Lavandeira saiu como figura decisiva no meio-campo, depois de chegar sob desconfiança por seu histórico no Universitario.

Outra curiosidade é que o Alianza Lima conquistou o título com um técnico interino. O troféu de 2021 veio sob as ordens de Carlos Bustos, mas o comandante foi demitido no meio de setembro de 2022, numa sequência de tropeços que teve derrota no clássico com o Universitario e a perda da liderança. Antigo assistente, Guillermo Salas comandou a recuperação e conseguiu conquistar o Clausura. Já nas finais, terminou de cumprir o serviço. Antigo ídolo do Alianza nos tempos de lateral, Salas faz parte das comissões técnicas desde 2016. Esse é o seu quinto título nacional, quatro deles faturados como jogador. Mais do que isso, ele encerrou um hiato de 47 anos sem que um treinador peruano fosse campeão pelo Alianza. Vai ser efetivado.

O Alianza Lima alcança os 25 títulos no Campeonato Peruano. O Universitario soma 26, enquanto o Sporting Cristal completa o trio de ferro com 20. A última vez que os Potrillos tinham sido bicampeões foi em 2003 e 2004 – com Guillermo Salas e Farfán na equipe. Resta saber se o novo título auxiliará o fim do assombroso jejum na Copa Libertadores. A última vitória na competição aconteceu em 2012. Desde então, são 26 partidas em jejum, com 21 derrotas nesse intervalo. Os aliancistas estarão diretamente na fase de grupos em 2023, tal qual o Melgar. Sporting Cristal e Sport Huancayo jogarão as preliminares.

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