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Calciopédia

·01 de outubro de 2024

O Milan acordou tarde contra o Bayer Leverkusen e perdeu a segunda na Liga dos Campeões

Imagem do artigo:O Milan acordou tarde contra o Bayer Leverkusen e perdeu a segunda na Liga dos Campeões

Neste 1º de outubro, o Milan enfrentou o Bayer Leverkusen, pela segunda rodada da Liga dos Campeões da Europa. Uma batalha entre dois times que, nesta temporada, trazem mais perguntas do que respostas. O desfecho, ao menos para os rossoneri, não mudou essa situação: derrota por 1 a 0 na Alemanha.

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Na BayArena tínhamos, de um lado, o atual campeão invicto da Bundesliga, que vem apresentando grandes dificuldades no setor defensivo, apesar de ainda conseguir bons resultados – o Leverkusen saiu vencedor de sua primeira partida na competição continental e vinha de um empate contra o Bayern de Munique. Do outro, um gigante em reconstrução, heptacampeão europeu, com um trabalho no início, buscando ainda encontrar sua identidade. O Milan somou duas vitórias seguidas na Serie A, sendo uma delas contra a rival Inter, mas perdeu em casa, para o Liverpool, o seu primeiro compromisso na Champions League.


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O time da casa, comandado por Xabi Alonso, entrou em campo com seu tradicional 3-4-2-1, com total liberdade para os alas Frimpong e Grimaldo serem protagonistas e explorarem as fragilidades defensivas do adversário de Milão. O Bayer Leverkusen vem tentando reencontrar o futebol da última temporada, um jogo envolvente e completo, com pressão muito alta, recomposição defensiva, boa construção e força nos contra-ataques.

Já os visitantes surpreenderam na escalação. Paulo Fonseca abriu mão do 4-2-2-2 que trouxe as melhores atuações dos rossoneri na temporada, e voltou ao 4-3-3, sacando Morata do time titular e colocando Loftus-Cheek. O time vinha dando seus melhores sinais com o quarteto ofensivo, com um jogo mais agressivo, de pressão alta e muita velocidade nos contra-ataques. Apesar disso, a defesa vinha sendo muito exposta, permitindo muitas oportunidades aos adversários e exigindo muito do goleiro Maignan. A mudança no esquema tático aparentemente visava encorpar o meio-campo e corrigir estes defeitos. Mas não foi o que aconteceu.

Os primeiros minutos foram extremamente complicados para os rossoneri. O Bayer Leverkusen criou um grande volume de oportunidades de todos os jeitos que acostumou seu torcedor a ver: em contra-ataques, em construções ou na pressão alta… Um domínio territorial e de posse que fez com que o goleiro Maignan se tornasse um destaque do jogo logo aos 10, quando já tinha feito três grandes defesas.

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Após um primeiro tempo ruim, o Milan só foi melhorar na etapa complementar, quando já estava atrás no placar (Getty)

O grande volume de jogo alemão quase foi recompensado aos 20 minutos, quando a bola foi invertida para Frimpong, que cruzou para Boniface escorar para as redes. Para a sorte do time italiano, o ala holandês estava em posição de impedimento e o tento foi invalidado.

Além da ótima partida de seu goleiro, pouco se viu do Milan além de alguns lampejos individuais, especialmente de Pulisic e Reijnders, sendo o holandês fundamental para esfriar o jogo nos momentos de maior dificuldade dos italianos. Os visitantes até conseguiram começar a chegar em contra-ataques nos últimos minutos do primeiro tempo, mas sem levar perigo real em momento algum.

A superioridade do Leverkusen, tanto técnica quanto taticamente, foi flagrante a cada lance. Um time fazia exatamente o que seu treinador desejava, estando apenas a detalhes de abrir o placar, enquanto o outro parecia mais a equipe que havia sido empurrada em casa pelo Liverpool do que a que venceu a poderosa Inter no dérbi. A mudança de esquema de Paulo Fonseca para a partida não deixou a formação rossonera defensivamente mais equilibrada e ainda piorou a produção ofensiva. Ainda assim, italianos e alemães voltaram do intervalo sem alterações.

O segundo tempo não começou diferente do primeiro. Maignan seguia sendo protagonista. Mas, com 51 minutos, a barreira se quebrou. Aleix García achou uma fantástica enfiada de bola para encontrar Grimaldo, que deixou para Frimpong finalizar. Mais uma vez, o goleiro conseguiu fazer a defesa, mas Boniface foi mais rápido do que os defensores no rebote e o francês nada pode fazer. Com atraso, pelo que era a partida, o Leverkusen abriu o placar na BayArena. E finalmente o Milan entrou em campo.

Dois minutos após sofrer o gol, os rossoneri deram um tremendo susto nos mandantes, com uma grande jogada de Pulisic, que achou Reijnders em ótima posição para finalizar – porém, o holandês foi pego desprevenido e acabou perdendo um pouco de tempo. Ainda assim, ele conseguiu se livrar da marcação e finalizar, mas foi parado pelo goleiro Hradecky. Na sobra, o bombardeio seguiu com Emerson Royal e Rafael Leão, mas sem sucesso.

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Uma cochilada de Emerson Royal permitiu que o Bayer Leverkusen abrisse o placar contra o Milan (Getty)

Os italianos subiram a pressão, começaram a chegar, mas passaram a deixar espaços para contra-ataques. O jogo deixou de ser um domínio do Leverkusen e virou trocação, algo mais próximo do que os dois times mostraram na temporada: mais qualidade ofensiva do que defensiva e muitas chegadas dos dois lados.

A metade final do segundo tempo viu o time italiano melhorar ainda mais, impedindo contra-ataques e conseguindo suas melhores oportunidades, de acordo com o crescimento de Fofana na partida. Presente e eficiente em todos os momentos, tanto ofensivos quanto defensivos, o francês formou um ótimo trio com Reijnders e Loftus-Cheek, tomando o meio-campo.

O lateral e capitão Hernandez, aos 80, arriscou e, com desvio, a bola ficou no travessão. O rebote ficou para Morata cabecear com consciência, tirando do goleiro, porém também da meta. Vale destacar o vacilo de Fofana, que teve a oportunidade de empurrar a pelota para a baliza, mas preferiu não “roubar” o gol do companheiro. A redonda, contudo, não tinha a direção certa. O Diavolo não parou de atacar, transformando o goleiro adversário, também, em protagonista.

A partida acabou deixando a impressão de que os visitantes poderiam ter conseguido mais se tivessem atuado, desde o início, da forma que jogaram após ficarem atrás no marcador. No primeiro tempo, nada funcionou para os comandados de Paulo Fonseca. No segundo, mesmo sem alterações táticas, o Milan cresceu na partida e foi melhor do que seu rival, mantendo viva a expectativa de uma boa temporada, porém trazendo à tona o questionamento sobre as razões pelas quais o time não performou bem nos 45 minutos iniciais.

Duas partidas e duas derrotas na Champions League. A situação é muito complicada, mas os bons sinais deixados renovam as esperanças do torcedor de que a classificação dos rossoneri para a próxima fase é perfeitamente possível. Resta saber se o time vai ser mais consistente para dar o salto esperado. Para tal, o Milan precisa reagir na terceira rodada, quando encara o Club Brugge, um adversário bem mais acessível do que Liverpool e Bayer Leverkusen.

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