O Milan jogou mal, mas venceu o Estrela Vermelha e sonha com o G8 da Champions League | OneFootball

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Calciopédia

·11 de dezembro de 2024

O Milan jogou mal, mas venceu o Estrela Vermelha e sonha com o G8 da Champions League

Imagem do artigo:O Milan jogou mal, mas venceu o Estrela Vermelha e sonha com o G8 da Champions League

Buscando se aproximar da zona de classificação direta para as oitavas de final da Champions League, o Milan recebeu o Estrela Vermelha, em San Siro. O Diavolo também queria confirmar a boa fase, apesar da derrota contra a forte Atalanta na última rodada da Serie A. Antes disso, eram sete partidas sem perder, com dois empates e cinco vitórias, incluindo duas na Liga dos Campeões, ambas fora de casa. Em uma temporada de muitos altos e baixos, a torcida começou a ver os primeiros sinais de estabilidade do time italiano, apesar da má atuação no triunfo por 2 a 1 sobre os sérvios. E de uma bombástica entrevista de Paulo Fonseca após o o jogo.

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Para a sexta rodada do torneio europeu, Paulo Fonseca não contou com o craque do time na temporada, Pulisic, lesionado, e decidiu voltar a utilizar um 4-3-3, com Loftus-Cheek acompanhando Fofana e Reijnders no meio de campo. Musah foi o escolhido para ser o ponta pela direita, oferecendo maior segurança defensiva, e o crescente Rafael Leão, que finalmente começou a apresentar seu bom futebol, atuou pela esquerda. No centro do ataque, Morata tornou a ser titular, após, suspenso, não ter jogado contra o Slovan Bratislava.


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Já os sérvios, acostumados a serem extremamente dominantes nos torneios locais, chegaram empolgados pela vitória por 5 a 1 contra o Stuttgart na rodada anterior da competição continental. O técnico Vladan Milojevic mandou seu time a campo em um 4-2-3-1, tendo em um dos volantes um velho conhecido do torcedor rossonero: Krunic. Apesar da inferioridade de orçamento e talento, não era esperado que a equipe visitante atuasse retrancada, apenas esperando os italianos para sair no contra-ataque.

A partida começou estudada, com os dois times preferindo não assumir muitos riscos. Ao menos até os 13 minutos, quando o espaço apareceu para o Milan. Morata, após executar uma ótima roubada de bola no meio de campo, encontrou Rafael Leão na velocidade, saindo do meio para a esquerda. O português venceu o marcador e bateu com a perna menos favorecida, mas não conseguiu superar o goleiro Gutesa, que manteve o placar em branco.

Três minutos depois, foi a vez de o Estrela Vermelha assustar. Em um bate-rebate na grande área, o jovem Maksimovic acertou o travessão. A sobra ficou com Seol, que finalizou de longe, obrigando Maignan, o goleiro que mais realizou defesas em toda a competição, a fazer uma intervenção simples.

Aos 25, Loftus-Cheek sentiu sozinho e teve que ser substituído. Paulo Fonseca decidiu deixar a equipe mais ofensiva, colocando o ponta Chukwueze e recuando Musah para o meio-campo. Menos de cinco minutos depois, mais problemas para os rossoneri. Morata também precisou ser substituído, dando lugar para Abraham. O Milan, portanto, além de ter duas baixas, passou a ter apenas mais três alterações e uma janela para mudanças no decorrer do jogo. O centroavante britânico, contudo, entrou muito bem, já criando duas oportunidades logo nos primeiros minutos no gramado.

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No primeiro tempo, Rafael Leão abriu o placar para um Milan que já havia perdido duas peças por lesão (Getty)

O tempo foi passando e o Milan foi passando a ter maior controle da posse de bola, porém sem grande efetividade, praticamente sem chegadas de perigo. Até que, aos 41, quando parecia que a etapa inicial se manteria no marasmo, Fofana observou a movimentação de Rafael Leão e efetuou um belíssimo lançamento. O português saiu na cara do goleiro, dominou com muita categoria e chutou com firmeza para tirar o primeiro zero do marcador.

Ainda antes do intervalo, os italianos conseguiram criar mais duas grandes oportunidades seguidas. Primeiro, quando o autor do gol quis também dar assistência com um belo passe em profundidade para Abraham, que finalizou, obrigando Gutesa a fazer uma grande defesa e jogar para escanteio. Hernandez cobrou o corner e, após uma dividida, Fofana cabeceou, forçando mais uma intervenção providencial do arqueiro sérvio já no último lance do tempo inicial.

No intervalo, a única alteração foi feita pelos visitantes: Ivanic entrou no lugar do angolano Milson. E logo no começo da etapa complementar, fez uma bela jogada e só não empatou o jogo por conta de mais uma boa participação de Maignan. Mas o time da Sérvia decidiu ir para cima desde o início, pressionando e criando diversas ocasiões.

Contudo, a estratégia mais ofensiva daria espaço para a equipe mandante, que quase aproveitou aos 53. Um cruzamento de Calabria chegou limpo para Abraham dominar e finalizar. Entretanto, o inglês foi impedido por uma ação fantástica do zagueiro Djiga, que estava caído, mas conseguiu se colocar à frente da bola e impedir o tento.

O ritmo dos sérvios diminuiu e o jogo ficou mais equilibrado, porém com pouca vontade do Diavolo de tentar crescer na partida e ampliar a diferença. E aos 67, essa falta de ímpeto para definir cobrou um preço, quando Radonjic, ex-Torino, roubou a bola de Musah na entrada da área e disparou um excelente chute para acertar a bochecha da rede e deixar tudo igual no San Siro.

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Alívio no fim: Abraham salvou a pele do Milan, mas não impediu declarações bombásticas do técnico Fonseca (Getty)

Já aos 82, vendo que o Milan vivia uma situação delicada, Paulo Fonseca usou sua parada final para fazer as últimas duas substituições. Calabria e Musah deram lugar a Emerson Royal e Camarda. O time de Milão, precisando do resultado para seguir sonhando com a classificação direta para as oitavas de final, se lançaria para o ataque. E a mudança demorou menos de cinco minutos para dar frutos.

Chukwueze cruzou e o jovem Camarda, de forma muito inteligente, cabeceou para encobrir Gutesa, que se esticou e conseguiu dar um tapa para fazer a bola bater no travessão. Entretanto, a sobra ficou para Abraham, que não desperdiçou, recolocou os rossoneri na liderança do marcador e deu números finais à partida: 2 a 1 para o Milan sobre o Estrela Vermelha, com sufoco.

Como tem sido a tônica milanista na temporada, o ataque funcionou muito melhor do que a defesa, embora a falta de Pulisic tenha sido muito sentida. A fase é de evolução e a equipe tem sofrido um pouco menos no primeiro terço do campo, porém ainda há muito a melhorar. Maignan segue sendo o principal destaque do time e uma das razões para haver a possibilidade de qualificação direta à fase de mata-mata sem passar pelos playoffs.

O time italiano chegou a sua quarta vitória consecutiva na Liga dos Campeões e, apesar de não apresentar um futebol convincente, segue na briga pelas oito primeiras colocações, especialmente considerando que enfrenta ainda o Girona, em casa, e encerra a fase inicial visitando o Dinamo Zagreb. O Diavolo, agora, soma 12 pontos e ocupa a 12ª posição, mas a apenas um ponto do G8. Segundo estatísticas, a probabilidade de uma equipe que alcance pelo menos 17 se classifique diretamente às oitavas é de 96%.

Longe da briga pelo título italiano e tendo a seguir uma pausa dentro da Champions League, existe a possibilidade de o rossonero concentrar todas as suas forças nas copas, ainda que não esteja entre os favoritos em nenhuma delas. Se Paulo Fonseca conseguir corrigir os problemas defensivos, talvez o Milan de fato possa surpreender. Porém, o técnico não quis saber de tranquilidade neste momento, que poderia ser positivo para o clube.

Na entrevista coletiva que sucedeu o triunfo sobre o Estrela Vermelha, Fonseca fez queixas contundentes ao elenco. “Eu sei que trabalho duro todos os dias para fazer o melhor. Nem todos aqui [no plantel] podem dizer o mesmo. Não vou dizer quem. Isso é um assunto que trato diretamente com os jogadores. Se for necessário agregar garotos da base ou do Milan Futuro para completar o time, farei isso”. E agora? Depois dessa bomba, como fica o ambiente no vestiário rossonero?

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