Papo na Colina
·11 de fevereiro de 2025
Opnião: Vasco e o reflexo da falta de planejamento
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Papo na Colina
·11 de fevereiro de 2025
Assistir aos jogos do Campeonato Carioca do Vasco já se tornou um exercício de paciência. Pouca qualidade, gramados ruins e um nível técnico questionável transformam a competição em um espetáculo muitas vezes sofrível. O que se viu na partida entre Vasco e Sampaio Corrêa foi a personificação desse desinteresse: um jogo pobre, travado e que, mesmo dentro do contexto de mediocridade do estadual, conseguiu ser pior que a regra.
O Vasco entrou em campo com a mesma apatia que tem marcado suas performances recente. O empate sem brilho escancara os problemas estruturais que a equipe enfrenta. A grande questão não é apenas o jogo ruim, mas a falta de um planejamento que permitisse ao técnico Fábio Carille ter opções no elenco. Estamos no dia 10 de fevereiro e, até agora, o time não conta com um único reforço de velocidade no ataque. Para um clube que prometia mudanças estruturais, esse cenário é um verdadeiro escárnio com o torcedor.
A diretoria, que deveria liderar esse processo de reconstrução, segue inerte. O torcedor se vê preso em um ciclo vicioso, onde os erros se repetem ano após ano sem qualquer correção. Se o Vasco pretende se tornar competitivo na Série A, precisa urgentemente mudar sua abordagem no mercado. A cada jogo, a falta de velocidade e intensidade fica mais evidente. Um time previsível e burocrático dificilmente terá sucesso em um futebol cada vez mais dinâmico e físico.
O jogo contra o Sampaio Corrêa não deveria ser um desafio. A disparidade de investimento entre as duas equipes é gritante. No entanto, dentro de campo, a diferença não apareceu. E isso diz muito sobre o atual momento do Vasco. Não há imposição, não há repertório, não há identidade. O primeiro tempo foi um retrato fiel do que o time tem apresentado: uma equipe lenta, sem criatividade e incapaz de oferecer perigo real ao adversário.
É preciso destacar também as falhas do treinador. Carille, em suas entrevistas, insiste na ideia de controle de jogo e posse de bola. Mas a verdade é que isso nunca fez parte do seu estilo. Sua carreira foi construída em times que exploravam intensidade e velocidade pelos lados do campo. O problema é que, hoje, ele não tem essas peças no elenco. A questão, então, é simples: ou a diretoria entrega os reforços necessários, ou será impossível cobrar um futebol minimamente competitivo.
O cenário é preocupante. Se nada mudar, o Vasco pode acabar fora da Copa do Brasil de 2026, um desastre esportivo e financeiro. E se as atuações não melhorarem, os clássicos contra Botafogo e Flamengo prometem ser um pesadelo. O tempo está correndo. E, no futebol, a paciência tem limite. E, mais uma vez, o clube corre sérios riscos de comprometer a temporada antes mesmo dela realmente começar.
Esta matéria reflete apenas uma análise opinativa sobre a atual situação do Vasco, baseada em percepções da torcida e no cenário esportivo recente. Não há intenção de afirmar fatos de maneira absoluta, mas sim de trazer um ponto de vista sobre a gestão e o desempenho do clube.
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