FNV Sports
·22 de julho de 2020
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Nesta quarta-feira (22), a coluna Parabéns ao Craque é ainda mais especial com a homenagem a um dos heróis imortais da Chapecoense. Isso porque, caso ainda estivesse entre nós, o zagueiro-artilheiro Willian Thiego completaria 34 anos. Infelizmente, o jogador foi um dos vitimados da terrível tragédia com o avião da Lamia, em 2016. No entanto, enquanto esteve em campo, foi um destacado beque fazedor de gols que brilhou por Figueirense e no eterno time campeão da Copa Sul-Americana.
Filho da cidade de Aracaju, em Sergipe, Willian Thiego começou a se destacar nos gramados bem cedo, com menos de 20 anos, no Sergipe. Assim, em 2006, foi contratado para as categorias de base do Grêmio. No entanto, somente em 2007, viria a ter a primeira experiência entre os profissionais do Imortal Tricolor. Nessa época, como havia no elenco dos gaúchos dois jogadores com o mesmo nome Willian, nosso eterno campeão passou a adotar apenas o Thiego.
Logo, sob o comando do técnico Mano Menezes, Thiego chegou a jogar pela lateral-esquerda, apesar de ser zagueiro de origem. Dessa forma, os gols que tanto marcaram sua carreira, especialmente, na Chapecoense, vieram logo cedo. Assim, o primeiro tento com a camisa do Grêmio foi em uma partida contra o Goiás pelo Campeonato Brasileiro de 2008. Com o bom desempenho, teve seu contrato renovado até 2012. No entanto, em 2009, passou a ser emprestado ao Kyoto Saga, do Japão, e Bahia.
Após voltar dos empréstimos, o Grêmio vendeu Thiego para o Ceará. Inicialmente, se destacou com bons jogos e sendo titular absoluto, conquistando o Cearense. No entanto, no Vozão conviveu com uma grande lesão que o afastou da Série B, em 2012. Assim, foi negociado com o Figueirense para enfim viver seu primeiro grande momento na carreira. Isso porque, apesar das enormes dificuldades por conta de uma nova lesão, dessa vez, no músculo adutor do púbis, nosso aniversariante foi exemplo de superação e raça.
Pois, mesmo desenganados pelos médicos, que davam a temporada como encerrada, Thiego voltou antes do previsto e foi fundamental na arrancada que levou o Figueira à Série A, em 2013. Um dos grandes jogos do zagueiro pelo Figueirense foi no clássico contra o Avaí, em que marcou um gol na goleada por 4 x 0. Apesar do momento e do interesse do Alvinegro, o jogador não seguiu, em 2014, no clube para a disputa da Série A. Assim, teve uma passagem pelo Khazar Lankaran, do Azerbaijão.
Dessa forma, retornou para o futebol brasileiro em 2015, acertando com a Chapecoense. Assim, quase dois anos antes, mal sabia ele que ficaria eternizado na história do Verdão. Isso porque, em 84 jogos, Thiego marcou nove gols, sendo o mais importante o da classificação à final da Copa Sul-Americana. Logo, foi pela Chape que ganhou a alcunha de zagueiro-artilheiro. Pois, somente em 2016, anotou oito tentos, sendo seis deles no Brasileirão, que o fez o maior goleador da posição naquela edição. Além disso, foi campeão catarinense, em 2016.
Titular, artilheiro, bom na marcação e reposição de bola, Thiego esteve na delegação que embarcava para Medellín para a final da Copa Sul-Americana, em 2016, contra o Atlético Nacional-COL. Junto a ele, a tragédia com o avião da Lamia vitimou mais 70 profissionais do futebol catarinense, entre jogadores, técnico, funcionários e jornalistas.
Naquele ano, Santa Catarina e Chapecó, especialmente, vivia uma temporada de sonhos com a Chapecoense superando adversários tradicionais da América do Sul como Independiente, San Lorenzo e Junior Barranquilla. No entanto, infelizmente, no voo que não chegou ao seu destino, dezenas de famílias choraram e o mundo da bola não foi mais o mesmo.
Dessa forma, Thiego agora estará nas páginas imortais do maior título da Chapecoense, que foi declarado o campeão da Copa Sul-Americana daquele ano. Além disso, estará na memória de milhares de torcedores do Furacão do Oeste e em milhões de cartoleiros que comemoravam seus gols no fantasy game, como este que vos escreve.
Para sempre, Chape! Para sempre, campeões! Obrigado, Willian Thiego! #EternoThiego
Foto Destaque: Reprodução / Giba Pace Thomaz