Pedroto faleceu há 40 anos: “Continua a marcar profundamente” o FC Porto, afirma André Villas-Boas | OneFootball

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·07 de janeiro de 2025

Pedroto faleceu há 40 anos: “Continua a marcar profundamente” o FC Porto, afirma André Villas-Boas

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O presidente do FC Porto, André Villas-Boas, afirmou que José Maria Pedroto “continua a influenciar profundamente a identidade portista”, na véspera do 40º aniversário da sua morte.

Durante a apresentação do documentário “José Maria Pedroto, um Homem Superior”, o líder do clube recordou que o legado do ‘mestre’, como é carinhosamente chamado no universo ‘azul e branco’, permanece relevante no clube e no futebol português até aos dias de hoje.


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“Não foi apenas um treinador inovador, mas também um líder visionário que moldou e continua a moldar a identidade portista de forma profunda. José Maria Pedroto não é apenas uma figura do passado, é uma fonte de inspiração para o clube e para os seus sócios e adeptos. Tal como o FC Porto, José Maria Pedroto é maior do que a vida e a sua presença é sentida através do legado que deixou”, afirmou Villas-Boas, em seu discurso.

Enquanto treinador, o ex-médio é recordado como o responsável pelo bicampeonato conquistado pelos ‘dragões’ em 1977/78 e 1978/79, que pôs fim a um ‘jejum’ de 19 anos. Na sua terceira e última passagem, em conjunto com Jorge Nuno Pinto da Costa, que não esteve presente no evento, lançou as bases do FC Porto, que se tornaria campeão europeu com Artur Jorge, dois anos e meio após a sua morte (1986).

O atual presidente do clube salientou a “singularidade” com que Pedroto transmitia a sua mensagem, enfatizando a sua habilidade em transformar esse “dom da palavra” numa mentalidade de luta que se refletia nas vitórias dos seus jogadores.

“Essa comunhão de vontades, esse vício de vencer que se enraizou no FC Porto, esse orgulho de sermos construtores do nosso futuro e de valorizarmos o trabalho diário, muito se deve a um homem simples que apenas desejou ser respeitado pelo seu trabalho e por ter defendido com sabedoria e dignidade a sua família e o FC Porto. Partiu demasiado cedo e deixou saudades”, recordou o atual presidente do FC Porto.

Entre os que se juntaram ao ‘coro de elogios’ estava João Pinto, o jogador com mais partidas de sempre pelos ‘dragões’ (586), que foi orientado por Pedroto no início da sua carreira, antes do afastamento do treinador por motivos de saúde.

Em declarações aos jornalistas, o emblemático capitão do FC Porto afirmou que a atualidade do clube deve aprender com as memórias do ex-treinador, especialmente em termos de competitividade com os seus rivais.

“O que o FC Porto de hoje deve aprender com o senhor Pedroto é que, na sua época, o clube lutava contra os dois rivais da capital, o Benfica e o Sporting. Como foi mencionado no documentário, passei por isso várias vezes ao iniciar a minha carreira profissional, atravessando a ponte e já a perder 3-0. As pessoas em Lisboa brincam com isso, mas nós, que o vivemos, sabíamos que era uma realidade. A chegada do senhor Pedroto, junto com a entrada de Pinto da Costa na presidência, fez-nos perceber que teríamos de lutar muito para conquistar o que nunca tínhamos alcançado”, afirmou.

Rui Pedroto, filho do homenageado e escolhido por André Villas-Boas para ser vice-presidente responsável pelos projetos sociais, também expressou, de forma visivelmente emocionada, a certeza de que o pai estaria a torcer pelo sucesso da “nova era” do clube.

“Ele está a acompanhar o FC Porto. Estaria a viver com entusiasmo esta nova era e a torcer de lá de fora para que consigamos conquistar o título de campeões nacionais. Tenho a certeza de que, lá onde ele está, e se ‘Memória desta vida se consente’, citando Camões, ele estará a repousar eternamente e a desejar que o FC Porto tenha muito sucesso. Um sucesso que é de outros, mas que é como se fosse dele”, concluiu.

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