Peruano será monitorado por tornozeleira após fala homofóbica contra Bap | OneFootball

O processo movido por Luiz Eduardo Baptista, presidente do Flamengo, pelas declarações homofóbicas de José Carlos Peruano, ex-conselheiro do clube, chegou a uma decisão nesta terça-feira (1º).

O pedido de prisão feito por Bap não foi acatado pela Justiça, mas Peruano recebeu uma série de outras ordens. Entre elas, estão: monitoramento eletrônico, comparecimento em juízo e bloqueio de redes sociais.

Peruano terá de comparecer em juízo bimestralmente, como forma de atualizar suas atividades e se fazer presente em todos os atos do processo. Além disso, não pode se aproximar de Bap.

A proibição de aproximação também se estende a qualquer tipo de contato com o presidente do Flamengo ou as testemunhas do caso, independentemente dos meios de comunicação empregados.

Duas contas de Peruano nas redes foram bloqueadas, no Instagram e no YouTube. Além disso, o ex-conselheiro está proibido de criar novos acessos pelos próximos 30 dias.

Por fim, Peruano será monitorado eletronicamente por meio de tornozeleira. Ele tem 24 horas, a partir da comunicação da decisão, para comparecer em local determinado e fazer a instalação do equipamento.

A Justiça ainda frisou que, caso Peruano desobedeça a alguma ordem, a prisão preventiva poderá ser decretada de acordo com o Artigo 312 do Código de Processo Penal.

Constantes falas homofóbicas

As ofensas de Peruano contra Bap começaram após o presidente atual vencer a eleição, no fim do ano passado. A maioria delas, porém, com conotações homofóbicas e preconceituosas.

"Esse filho da p*ta ganhou a eleição no Flamengo. Agora, o Flamengo vai ter o primeiro presidente veado de sua história", disse Peruano em uma das ocasiões.

Após a não assinatura do Flamengo em uma carta da Libra contra o racismo, Peruano voltou a usar as redes sociais para criticar e citou até o Dia Internacional do Orgulho LGBT.

"O presidente não assinou a nota de racismo contra a Conmebol, que é um preconceito. Não abraçou a causa. Em 25 de março, que é o Dia do Orgulho Gay, ele assina e coloca nas redes sociais do Flamengo. Então, é o seguinte: a diretoria dele não tem o negro, mas, como é o dia dele, ele está perdoado", disparou.